sexta-feira, 8 de setembro de 2006

A FORÇA DO PROLETARIADO DA GALIZA

Para serdes conscientes da vossa força, do vosso poder, é que escrevemos isto:

  1. CENSURA TOTAL -imprensa, rádio, TV- da causa e da desconvocatória da greve do operariado, oito mil, das companhias auxiliares dos estaleiros navais da Ria de Vigo. Apenas se pode encontrar informação na página electrónica (Vigo) de La Voz de Galicia.
  2. MENTE, o jornalista e o secretário comarcal do Metal de Vigo de CCOO ao atribuir a «vitória por K.O. dos sindicatos» à ameaça de boicote da imediata e futuras botaduras em Vulcano, Armón, Barreras, Freire e Metalships ou aos custos económicos da greve. NADA DISSO FOI DECISSIVO.
  3. O DECISSIVO FOSTES VÓS e o apelo que fizemos -O ÚNICO- para vos SOLIDARIZAR com as pessoas DESPEDIDAS DE MONESA fazendo greve COINCIDINDO com Vigo em 7 e 8 de Setembro. O DECISSIVO FOI O MEDO que lhes entrou aos da cruz gamada, aos do INVICTO HISPANORUM DUCE FRANCISCO FRANCO BAHAMONDE e aos sindicatos que lhes garantem a vossa escravatura e a «PAZ SOCIAL» de que houvesse uma mobilização operária UNIDA dos estaleiros navais das Rias de Vigo e Ferrol. O DECISSIVO FOI O MEDO A UMA INSURREIÇÃO OPERÁRIA NA GALIZA COMO A DE MARÇO DO 72.
    Esse é o vosso poder, e não é o único; vos construistes uma boa parte da frota de vasos de guerra navegando em missão de PAZ auspiciada pela ONU para o Líbano, reparai que não DESARMARÃO OS SIONISTAS para os julgar e condenar pelos mais de mil assassinatos perpetrados; se vós, o proletariado, e o vosso estado, a socialista República Federativa da Galiza e Portugal, governarais o produto do vosso trabalho, uma frota de vasos de guerra, os da cruz gamada e os do INVICTO HISPANORUM DUCE, como o incendiário alcaide de Barro (Ponte Vedra) e o PP, não teriam nada a fazer se não pagar os seus crimes no carcere.
    Nós REITERAMOS o nosso apelo à SOLIDARIEDADE COM AS PESSOAS DESPEDIDAS DE MONESA QUE SE MERECEM GREVE INDEFINIDA nos estaleiros da Ria de Ferrol até tornarem ao que lhes foi roubado: o seu posto de trabalho em NAVANTIA-FERROL.
    Ferrol, quinta-feira, 7 de Setembro de 2006
    COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

terça-feira, 5 de setembro de 2006

GREVE 7 E 8 DE SETEMBRO DE 2006, SOLIDARIEDADE COM O OPERARIADO DA «NERVIÓN»

Os seres humanos que trabalharam convosco, ao vosso lado, na Companhia Auxiliar «Montajes Nervión SA», MONESA, levam 67 dias DESPEDIDOS sem causa que o justifique; nesses 67 dias entraram a trabalhar nas companhias auxiliares de Navantia-Ferrol muitos mais que os 162 despedidos de MONESA; algum dos dias, na porta, diante deles, esperavam o «passe» para aceder ao estaleiro naval mais de um cento numa calculada operação para os humilhar e lhes demonstrar que é o que rege em Navantia: a cruz gamada nazi, como eles proclamaram, e o INVICTO HISPANORUM DUCE FRANCISCO FRANCO BAHAMONDE, baixo o qual entrais e saís a diário.
Emocionamo-nos com o exemplo dado pelos pescadores, alguns deles galegos, que acolheram no seu barco párias de um «caiuco» que iam a uma morte certa. A SOLIDARIEDADE OPERÁRIA comoveu muitos dos vossos corações. Nós perguntamo-nos, levamos décadas perguntando-nos se o que trabalha ao teu lado não é merecedor do mesmo exemplo de solidariedade com o que te comoves.
Afirmamos que o operariado de MONESA que leva 67 dias DESPEDIDO a lutar pela justiça, MERECE a tua, a nossa, SOLIDARIEDADE.
Afirmamos que A UNIÃO FAZ A FORÇA e estamos certos que os sindicatos que convocam o operariado, uns 8.000, das companhias auxiliares dos estaleiros navais da Ria de Vigo para os dias 7 e 8 de Setembro de 2006, têm MUITOS MAIS MOTIVOS E RAZÕES para convocar o operariado dos estaleiros navais da Ria de Ferrol.
Vo-lo dissemos convocando-vos à greve do 11 de Maio de 2006 e agora vo-lo REITERAMOS: é necessário, justo, solidário, fazer greve os dias 7 e 8 de Setembro, coincidindo com Vigo, para tornar o operariado de MONESA a onde tem que estar: TRABALHANDO CONVOSCO.
Reparai que a CONSPIRAÇÃO, A SABOTAGEM E O GOLPISMO dos da cruz gamada e o INVICTO HISPANORUM DUCE FRANCISCO FRANCO BAHAMONDE, estão numa DIÁRIA ACTIVIDADE CRIMINOSA DESAFORADA contra, como sempre, vós, contra o PROLETARIADO, contra Ferrol, contra a Galiza.
Em Ferrol, terça-feira, 5 de Setembro de 2006
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

A VOZ DAS VÍTIMAS DO FRANQUISMO

Dentre os actos de comemoração das vítimas do franquismo na Galiza que acompanham o Barco da Memória fretado pela Conselharia da Cultura, destaca, com muito, o celebrado no molhe de Ferrol às 19,30 horas da quinta-feira, 23 de Agosto de 2006 denominado A VOZ DAS VÍTIMAS DO FRANQUISMO com uma assistência de cerca de quatro centas pessoas para ouvir a voz de vinte vítimas e/ou familiares, acompanhadas doutras explicitamente IDENTIFICADAS que não quiseram falar. Embora os avisados falhos de «megafonia» e do desigual reparto dos tempos de voz que diminuíram o acto e as vozes, foi um NOTÁVEL SUCESSO ouvirmos juntos, a primeira vez em 70 anos em Ferrol, os testemunhos de tanto sofrimento, tanto massacre e tanta injustiça à força SILENCIADA: Anido, a fortaleza da resistência ao franquismo-nazismo do Exército Guerrilheiro da Galiza, Carvalho, a denúncia dos campos de concentração da Armada, o da «Escollera», a piscina da Escola de Máquinas e o massacre dos prisioneiros republicanos metralhando-os na Ponta do Martelo, familiares de Lopes Bouça, dos irmãos Pita Armada, a denúncia dos nomes dos assassinos e outros testemunhos que ouvimos, e os que não quiseram falar e os que não assistiram, DIMENSIONAM a repressão, e portanto a importância e significância, de Ferrol, quantitativamente a maior da Galiza e relativamente só superado por Tui. As muitas mais de 800 vítimas de Ferrol, com certeza, cerca das duas mil, precisam JUSTIÇA e dão-lhe um carácter PLURALISTA, ABERTO E INTERNACIONAL a qualquer comemoração que queira por em primeiro lugar a pessoa, o indivíduo, com nome, apelidos e biografia. NÓS ASPIRAMOS A ISSO, aspiramos a nos juntar as cerca de duas mil vítimas e familiares o tempo que for preciso para ninguém ficar fora e/ou SILENCIADO. O Castelo de São Filipe, a «Escollera», a Escola de Máquinas, a Ponta do Martelo, etc., têm que ser lugares onde as fotos e as biografias das vítimas pendurem das paredes, MUSEUS DA MEMÓRIA com a mesma categoria que os mais sinistros campos de concentração nazi. E este carácter pluralista, aberto e internacional colide com os interesses bastardos, os grandes, os meãos e os pequenos, dos da AMNÉSIA HISTÓRICA (PP) e os desmemoriados da MEMÓRIA HISTÓRICA (PSOE) que CENSURAM, sem o conseguir silenciar, que muitas das vítimas de Ferrol e da Galiza defendiam UMA REPÚBLICA FEDERATIVA DA GALIZA E PORTUGAL, não apenas Castelão e o Partido Galeguista, também muitas da Frente Popular, caso do notável Jaime Quintanilha Martínez, Lopes Bouça, etc., república que desfrutaríamos se não foram assassinados. Hoje representamos essa República galego-portuguesa com as bandeiras portuguesa e galega com estrela vermelha UNIDAS, e ninguém pode reprimir, como se tem feito, proclamar isso; proibiríamos nos actos as bandeiras da procedência das vítimas, da Bulgária, de México, dos EUA, de Astúrias, de Cantábria, a ikurrinha, etc. Não, com certeza; se proibimos a bandeira portuguesa unida com a galega, exercemos de TIRANOS. E a mais subtil TIRANIA exerce-se sobre Ferrol na comemoração do ANO DA MEMÓRIA; comecemos pelo princípio; a Conselharia de Cultura, por que não o governo galego?, comemora os mártires do mar, (a repressão franquista sobre os marinheiros galegos): EXCLUI radicalmente FERROL -e o resto da Galiza- onde a repressão foi operária e das classes baixas da Armada, sobretudo cabos; nós colocamos a questão na Comissão Ferrol Terra a Nossa Memória sem obtermos mais resposta que sermos vexados e insultados; na própria Comissão, a nossa proposta de dar VOZ ÀS VÍTIMAS DO FRANQUISMO foi avante graças, como sempre, ao trabalho silencioso e humilde das pessoas ANÓNIMAS, as que não saem na foto; as que saem pisam a todas as outras para por cima delas, desde a sua «superioridade» de classe, sabotar o trabalho silencioso e humilde de resgatar e projectar a voz das vítimas do franquismo, sabotagem em concordância com os bastardos interesses ppsoecialistas. A projecção dos média também põe de relevo a EXCLUSÃO DE FERROL, desde a censura quase total da Voz de Galicia -que dizer da TVG?- à «favorável» publicação do Diário de Ferrol que anunciando muito os actos de Mugardos tenta esvaziar os de Ferrol: duas primeiras páginas em destaque com duas interiores de informação diária face nenhuma primeira página e apenas uma ou quarta página diária para os actos de Ferrol ocultados com a COINCIDENTE exumação de As Pontes e o achádego dos restos do alcaide de Serantes, notícias que ocuparam o sítio que lhe correspondia á voz das vítimas do franquismo em Ferrol: a primeira página e em destaque. A publicação da resenha acerca de Francisco Martínez Leira, «Pancho», apenas pode ser interpretada como uma rectificação insuficiente da clamorosa NEGATIVA à nossa proposta de homenagem com o barco da Memória atracado em Mugardos. Em qualquer caso o ÊXITO da comemoração em Ferrol, sobretudo, o dar VOZ ÀS VÍTIMAS DO FRANQUISMO DEMONSTRA QUE A FORÇA DEMOCRÁTICA reside nelas, nas vítimas, na cidadania e não em SÁBIOS E HISTORIADORES dominados pela «glória mediática» e os «direitos de autor» ou os bastardos interesses ppsoecialistas da Reconciliação Nacional que foi, é e será garantir a IMPUNIDADE dos que em Ferrol cometeram crime de GENOCÍDIO, que nunca prescreve e do que é competente a Audiência Nacional; a que espera o Poder, e nunca melhor dito, Judicial para agir? setenta anos depois concordam com o GENOCÍDIO? haverá que os julgar a eles?. (Em Ferrol, quarta-feira, 30 de Agosto de 2006)
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL