SECRETÁRIO DO CONSELHO DA CULTURA GALEGA (por que não da Galiza?): Ex.mo Senhor Henrique Monte Agudo
COORDENADORA DO LIVRO «NA NOSA LYNGOAGE GALEGA»:
PROFESSORA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA:
1.- A qual Ramón Lorenzo Vazquez dedicam, consagram, tributam? Ao que em 12 e 15 de Fevereiro de 1960 em La Noche compostelã considerava INTERESANTE acomodar el gallego a los lectores luso-brasileños e MARAVILHOSO a literatura galega ser conhecida no mundo luso-brasileiro Y ROMPER EL CERCO QUE HOY LE TIENEN TRAZADO? Ao que não lhe parecia DESCABELLADO hacer una acomodación (nosotros, gallegos) A LOS FONEMAS PORTUGUESES, apenas ALGUNS FONEMAS (sic) como «nh», «lh», «g», «j» (como Pondal), o «ç» mais complicado? Ao que AFIRMAVA que LO PROPIAMENTE GALLEGO ES LA «s» porque la «z» (agora sim está a falar de fonemas, não da sua representação na ORTOGRAFIA) es PARTICULARIDAD del castellano en toda la Romania (e Andaluzia e satélites, seseantes ou sibilantes?)? Ao que escreveu «Pero nosotros escribimos com «z» aunque pertenezcamos a una zona de SESEO»? Ao que repetia que era INTERESANTE a ideia de escrevermos na nossa ORTOGRAFIA secular, a do Português, como publicava com Galaxia em 1960!!! a nossa excelência galega, portuguesa, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, universal, ERNESTO GUERRA DA CAL? Ao que achava que havia que LUTAR PELO FUNDAMENTAL que seria que nos acercasemos al mundo luso-brasilenho siempre que no perdiesemos nuestros derechos y nuestro patrimonio?. Ou ao que em 1985, pago pelos espoliadores franquistas-nazistas da Galiza, Barrié de la Maza, Conde de FENOSA, A FE NOSA EN FRANCO, para com «RIGOR CIENTÍFICO», como o seu, PONTIFICAR que a linguagem galega da CRÓNICA TROIANA é já MUITO DIFERENTE DO PORTUGUÊS, com oitenta e seis páginas (81-167) de «babalhadas» infinitas próprias de um «chiquiliquatro» IDEOLOGIZADO pago, repetimos, para DIZER o que o NACIONAL-SOCIALISMO ESPANHOL, segurado por Rodolfo Almirón, quer que se diga? Saibam que todas as «babalhadas» para atribuir SINGULARIDADE E DIFERENÇA AO GALEGO FACE O PORTUGUÊS estão em este, do pouco que eu sei, até 1595, publicado nada menos que em Coimbra, na altura filipina?. Ou ao «DEMOCRATA» MONÁRQUICO PARLAMENTAR, elevado ao governo par Deus, que durante décadas como ÚNICO catedrático de galego-português na Galiza na Universidade de Santiago de Compostela exerceu o mais ABJECTO, BRUTAL, PATRANHEIRO DESPOTISMO «para alumbrar los espacios de obscuridad de la lengua gallega de todos los tiempos», das cortadas pela Spanish Inquisition e das outras, nas cabeças de gerações de jovens licenciados em distinguível galego-português?. A qual dos três?. Ao totum revolutum para nos adequar aos tempos?. Servirá a dedicatória, consagração, tributo a Ramón Lorenzo e a NOSA LYNGOAGE GALEGA à estratégia do tudo vale mesmo normativa AGAL para EVITAR o inevitável PORTUGUÊS de/na Galiza?
2.- How much does it cost? A nossa linguagem galega não tem financiamento de um cêntimo de euro do dinheiro público da Galiza entrementres A NOSA LYNGOAGE GALEGA e outras empresas contra a nossa língua ESBANJAM dinheiro público sem o democrático controlo da cidadania. Serão capazes de fazer públicas as contas dos trabalhos todos da publicação nomeadamente dos receptores das verbas empregues?
3.- O desejo de dinheiro como o desejo sexual misturam-se na natureza humana produzindo monumentos como o que se segue: «E depois de ele (confrare eu escolho face confrade) que fique por herdade para sempre a seus filhos varões, assim legítimos como BASTARDOS. E não a nenhuma filha nem filho que dela descer nem CLÉRIGOS NEM FILHOS DE CLÉRIGOS possam herdar em ela salvo havendo-a novamente. Por quanto sempre foi antigamente assim». Porventura, hoje quer na Universidade de Santiago de Compostela quer na Conferência Episcopal Espanhola não poderíamos, com certeza, escrever nem esculpir monumentos assim?
4.- «X.- Item que nenhum confrare da dita confraria quando se ver a cambear não possa falar nenhuma linguagem estrangeira ainda que a saiba. Salvo na nossa linguagem galega ou Castelhana (COM SIGNIFICATIVA MAIÚSCULA NO ORIGINAL!!!). E sendo-lhe visto ou provado que fala outra linguagem com os que quererem (sic) cambear que pague por cada vez uma libra de cera à dita confraria e o vigário o possa penhorar logo por ela e que o degrade por quinze dias do cambio que não possa ali pôr ucha nem cambiar excepto o contar». Também temos a certeza de que hoje não acontece nada que se lhe paresça (sob licença) quanto ao Castelhano com Maiúscula, sinal da sua superioridade racial que estabelece que tudo é seu, seja o que for, lyngoage galega e/ou recursos naturais da Galiza. Tudo é espanhol!!! A escolha do texto é muito expressiva, parabéns!!! Só que surdem interrogações; por que escolheram um texto já publicado e abaratado por Ricardo Carvalho Calero, Carmo Garcia Rodríguez e Lídia Fontoira Súris da Cátedra de Linguística e Literatura Galega da USC, na Editorial Galaxia em 1980 em Vigo e não quaisquer outro dos textos da dita publicação? Para baratear o custo? Ou para marcar referentes de indignidade, hipocrisia e ideologia nazi mais intensos e para além disso muito próprios do poder vaticano-castelhano-espanhol durante séculos na Galiza e no mundo? Lançarote do Lago, Relação da Morte do Marechal Pedro Pardo de Cela Saavedra Bolanho não lhes advertiu de mais, melhor e próximo referente?, e reparem que o «toudos» (25) da Carta Executória de mil e quatro centos e oitenta e três, é o mesmo empregue na fala e na escrita, a dia de hoje na Ilha do Faial onde faias poucas, vacas muytas...
5.- O Forro de Castro, Inezela, é o mais antigo monumento escrito em UNIDADE galego-portuguesa com consequências de morte por real degolamento embora a literatura e a sua universal projecção OCULTE tudo o que enchia e reforçava interiormente a convicção da mais perigosa, por isso assassinada, pensadora, inspiradora intelectual, inspiradora sentimental, etc. da UNIÃO POLÍTICA e territorial da Galiza e o Portugal da primeira metade do século XIV. A mártir da nossa UNIÃO, não pita Maria, cantada na nossa lyngoagem galega por neto de galego UNIONISTA, com as mesmas singularidades atribuídas por D. Ramón ao seu galego diferente do Português, tão perigosamente bela e inspirada, a mártir galega Inês de Castro desaparece como MULHER com projecto político relativo a uma Galiza, territorialmente desde a Ponte Ferrada até A Crunha, e Portugal UNIDOS.
6.- Como quer que o território da Galiza mudou muyto durante a nossa história, a nossa linguagem galega, a fonética, o léxico, a ortografia, não mudaram tanto, vejo-me na obriga, muito obrigado, de lhes fazer a sugestão, que no caso do governo galego torna-se exigência, para que resgatem e façam públicos os documentos da nosa lyngoage galega da Corte de Oviedo, da de Leão e a lyngoaje da Corte de Castela, também como a nossa lyngoagem galega da Universidade e o território de Salamanca, porventura o Foro de Bêjar ou quaisquer cartas ou documentos de Cidade Rodrigo, Badajoz, Mérida, Cáceres ou Walv. Também como exercício comparativo a lyngoajen da Universidade de Palença, toudo, para verificar o pensamento de Dom Ramón relativo a que houve um texto galego=português anterior à versão castelhana? de Afonso XI da Crónica Troiana. Talvez confirmem o meu pensamento relativo a que o Castelhano é um dialecto envergonhado e matricida da nosa lyngoage galega, inspirado, alentado, inventado e construído pelo Vaticano não pela população que segundo o Marquês de Santilhana era competente na nosa lyngoage galega. É, também, uma imensa necessidade confirmar qual foi a lyngoagem dos reis asturianos, leoneses, castelhanos porque aos reis galegos se lhes pressupõe; qual a linguagem dos habitantes da Terra de Campos aquando Henrique de Borgonha a reclamava para Portugal. No que diz respeito às políticas linguísticas do Reino de Leão-Castela parece obrigado saber quais as políticas linguísticas, se existirem, dos reis Afonso VI, Imperador de Leão e notável versejador em galego, Afonso VII, Imperador de Leão, cujos domínios chegavam, diz que, aquém-Ródano, Fernando II, Imperador da Galiza, Afonso IX, rei de Leão e Galiza para além dos excomungados pelo Papa, como os galegos, reis portugueses nomeadamente o rei D. Dinis, toudo comparado com as políticas linguísticas, as leis que as regem, o seu cumprimento e fazê-las cumprir pelas pessoas a exercerem os poderes públicos da dita Comunidade Autónoma da Galicia actual, particularmente os oito centos mil euros anunciados nos média pela Directora de Política Linguística da Junta da Galiza para fomento da nosa lyngoage galega nos liceus, quer dizer, pagar para se cumprir a incumprida lei.
7.- Para acabar, os moços árabes e as moçárabes das patranhas de Menéndez Pidal, Lapesa e outros «pesos pesados» da justificação histórica, política, monárquica da Espanha UNA, GRANDE, LIBRE, o dialecto leonês, o Bable, melhor dito a Babel do racista espanhol Jovellanos e, sobretudo, o romance latino, nada a ver com a Arrrrabia, da Andaluzia que fazia parte da Lusitânia antiga e a unia a Portugal e a Galiza, segundo o republicano revolucionário Teófilo Braga, fortemente desvirtuado pelo salazarismo e não apenas, toudo, recende à nosa lyngoage galega e é difícil de a não cheirar por muyto fedor com que se tente ocultar pelo poder político-militar e ideológico espanhol ou pelas pessoas por ele pagas para tal fim; e mais uma vez, a independência de Portugal e a sua República, como aconteceu com a maré negra do Prestige, são fonte de VERDADE galega, o mesmo que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, face a CRIMINOSA PATRANHA espanhola. Se quiserem beber em essa fonte vejam a «Grammatica da língua portuguesa com os mandamentos da santa mádre igreja. A louvor de Deos e da gloriosa virgem maria, acábasse a Cartinha como os preceitos da santa mádre igreja e cõ os misterios da miβa e responsores della, empremida em a muy nóbre e sempre leál cidáde de Lisboa per autoridáde da santa inquisiçam em Cása de Luis rodriguez liurero delrey noβo senhor com priuilegio reál aos .xx. de Dezembro de 1539 annos» ou «ARTE DE GRAMMATICA DA LINGOA mais usada na costa do Brasil pelo padre Ioseph de Anchieta da Cõpanhia de IESV. Com licença do Ordinario & Preposito geral da Companhia de IESV. Em Coimbra per Antonio de Mariz. 1595». Em Ferrol, terça-feira, 25 de Março de 2008
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL,