Resulta muito difícil para os economistas e/ou «espertos» honestos fazer qualquer APROXIMAÇÃO acerca da ESPOLIAÇÃO à que é submetida a Galiza e IMPOSSÍVEL dimensioná-la com rigor, segundo reconhecem informes de entidades financeiras galegas com ânimo de lucro, devido ao que nós definimos como CONTAS SECRETAS DA MONARQUIA E O SEU ESTADO.
No panfleto anterior descrevíamos da mão de Castelão a ESPOLIAÇÃO demográfica, GENOCÍDIO equiparável ao sofrido por alguns países africanos nos que se aniquila UM TERÇO da população em muito pouco tempo, a espoliação política, a militar, etc. e, sobretudo, a ESPOLIAÇÃO ECONÓMICA, o roubo aberto, contabilizado, registado em acta, que a Monarquia espanhola perpetrava contra «os naturais, ricos e pobres, da Galiza», atracados a mão armada directamente pelo duque de Verágua ou como a Galiza regalava-lhe à Coroa de Castela TRÊS VEZES MAIS do que «pagavam» outros povos espanhóis; e isto dura séculos: reparem na significância e singularidade da Galiza que desde o ano de 1630 até ao de 1700 perde 70.000 habitantes; durante, nada menos do que setenta anos, o GENOCÍDIO mede-se por cerca de três pessoas/dia. Afinal, Castelão conclui que ACABAR COM ESSA IGNOMÍNIA era, é, uma questão de SUBLEVAÇÃO, e ARMADA, dos naturais da Galiza.
Na actualidade, se às 385.000 pessoas nascidas na Galiza, emigrantes, recenseadas noutras «autonomias» sumamos as 74.000 que abandonaram a Galiza com o mesmo destino, temos 459.000 votantes que PERDEM o direito ao voto na Galiza, que não podem votar por partidos galegos. Acrescentemos que nem estas nem as 326.000 recenseadas fora do Reino da Espanha, poderão votar em urna nas próximas eleições autonómicas e teremos um quadro em que 785.000 votantes, cerca de UM TERÇO da população galega com direito ao voto, é ESPOLIADA do seu direito político mais elementar: decidir a representação política da Galiza; isto tem uma singularidade, são pessoas jovens e pertencentes ao operariado: o carácter de classe da ESPOLIAÇÃO política é BRUTAL E EVIDENTE para benefício da FRAUDE eleitoral dos herdeiros do franquismo, o PP: nisto assenta a falácia racista de «los gallegos votais al PP», «los madrilenos no!», acrescentamos nós (...)
Quanto à ESPOLIAÇÃO ECONÓMICA da Galiza, apenas podemos conhecer parcialidades embora suficientemente significativas como para SUBLEVAR o espírito mais manso dentre as classes trabalhadoras galegas, as principais prejudicadas, não as únicas. Pepe Dias, escreveu que «a maioria das grandes empresas galegas estão sediadas fora da Galiza, maioritariamente em Madrid (...) portanto as retenções dos seus trabalhadores (IRPF) ou OS TRIBUTOS resultantes do Imposto de Sociedades, do IVA, das suas operações com o exterior, NÃO SE REALIZAM nas Delegações galegas da Agência Estatal Tributária (AEAT)» [certo para Navantia, Endesa, Fenosa, um nº significativo de Companhias Auxiliares, etc.]; no ano 2004, a arrecadação das Delegações galegas da AEAT foi de 4.571,2 M de € face Madrid que com um 17,4 % do PIB espanhol, arrecadou o 45 % dos impostos do Reino, subindo no seguinte ano ao 51 %. Depois não sabemos, sabe Solbes mas não o conta.
Pepe Dias tem dificuldades para quantificar os impostos que pagamos na Galiza e aos 7.274,6 M de € do Informe de Liquidação do Sistema de Financiamento (Sistema pactuado em 2001 por Aznar e CiU) acrescenta UM 6 % do total arrecadado pelo Estado por outros impostos não contemplados no dito Informe, obtendo UM TOTAL de 9.097 M de €. Essa percentagem do 6, população da Galiza a respeito da espanhola, coloca a questão da IMPORTÂNCIA ECONÓMICA de sabermos quantas pessoas galegas somos, existimos, qual é a população CERTA da Galiza; porque se a população da Galiza é de mais de três milhões ou de quatro como afirmam outros «espertos», esse 6 % torna-se mais de um 8 ou mais dum 9 %, subindo os 9.097 para mais de 10.000 ou mais de 11.000 M de € que é o que arrecadam no País Basco, pagando ao Estado 1.204, ficando 10.000 M de € no país.
No ano 2004, Galiza recebeu do Estado 6.139,8 M de €. É simplesmente restar para sabermos quanto regalamos ANUALMENTE ao Estado: dentre 3.000 e 5.000 M de €, no denominado Regime Comum; e assim um ano após outro. Se a Galiza estiver dentro do Regime Foral com o País Basco ou Navarra, disporia de um financiamento muito maior do que o actual.
A última: a DGT investe na Galiza muito menos do que a Guarda Civil arrecada em coimas de trânsito na Galiza. O RACISMO do Director Geral de Tráfico exprimido através dos média do «PESSIMISMO dos galegos» sem se retractar/em, acompanha a ESPOLIAÇÃO à que se nos submete.
Numa palavra, TUDO serve para as classes trabalhadoras galegas, e não apenas, termos salários mais baixos, pensões mais baixas, preços mais altos, estradas mais ruins, mais mortos nas estradas mais ruins, caminhos-de-ferro de plexi-glass, transporte aéreo se não há nevoeiro, transporte marítimo a remo, rede da saúde notavelmente insuficiente às necessidades da população, ensino só para «listos», etc.
A colonização da Galiza, hoje, é perpetrada por Solbes, Magdalena Alvárez e o governo de ZP continuando os anteriores de Aznar e F. González, TODOS ao serviço da monarquia IMPOSTA pelas armas hitlerianas e mussolinianas encabeçadas por Franco, cujo carácter ladrão e assassino, no passado e no presente, contra a população da Galiza e não apenas fica demonstrada; portanto a SUBLEVAÇÃO dos naturais da Galiza URGE. Em Ferrol, Quinta-Feira, 28 de Agosto de 2008
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL