Caro Monsieur Nicolas BOLLE:
Agradeço a sua resposta escrita de 9 de Março de 2009 não só por cortesia mas também e sobretudo porque permitiu que fosse cumprido o objectivo da viagem a Genebra durante o decurso da 10ª Reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU que não era outro que informar à opinião pública genebrina, europeia e mundial relativamente ao desrespeito do Reino da Espanha para os direitos civis, políticos, económicos, incluído o direito ao DESENVOLVIMENTO, sociais, culturais, linguísticos do povo galego. Informação a meio de panfletos que em número de 500 por tema e com cinco diferentes temas, direitos políticos do povo galego, direitos económicos, direitos culturais, direitos linguísticos, direito de livre determinação e a se dotar livremente da sua condição política, seriam distribuídos entre as pessoas assistentes à dita 10ª Reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
Em Domingo, 8 de Março, os quinhentos panfletos com a informação intitulada Galice dans le monde foram distribuídos sem mais novidade que os insultos racistas de alguns espanhóis e algum alegado «galhego» do teor que se segue: «só um louco pode escrever isso», «aqui por menos arrojam-te ao lago», «pitoresco, tirano, ditador, etc.» tudo perante o Palácio Wilson, eu envolvido nas bandeiras galega e portuguesa.
Em Segunda-Feira, 9 de Março, a 40 metros da barreira da porta de entrada ao Palâcio das Nações Unidas, na Route Pregny, enfrente da Cruz Vermelha, no lado da porta da ONU, não no da Cruz Vermelha, ubicado numa área pedonal que divide o passo de zebra em dois, desde as 8,15 até às 9 h. envolvido nas bandeiras galega e portuguesa distribui sem qualquer problema os panfletos intitulados Le Linguicide Espagnol en la Galice às pessoas que entravam ao Palácio da ONU quer a pé quer em carro; às 9 h. estacionou no passeio um carro identificado da polícia suíça, baixaram dois agentes fardados, camisa azul, calças escuras, cabeças sem cobrir, atravessaram o passo de zebra para em chegando onde eu estava IMPEDIREM a distribuição da informação até às 10,40 h, quer dizer, durante o tempo no que as pessoas a participarem na 10ª Reunião, ENTRAVAM. Durante esse tempo estive RETIDO/DETIDO arrodeado de quatro agentes, um pouco depois do primeiro chegou um segundo carro da polícia suíça, PRIVADO do meu passaporte e de um ticket de avião sempre nas mãos da polícia, reiteradamente solicitado me tornassem ticket e passaporte e reiteradamente NEGADO; ameaçaram-me com arrestar-me, EXPULSAR-ME da Suíça metendo-me no avião e regressando-me à casa, EXIGIRAM-ME AUTORIZAÇÃO ESCRITA DA ACTIVIDADE LEGAL que eu reiteradamente lhes dizia e explicitava era o que estava a eu fazer, MENTIRAM ao me dizer que era precisa não uma, duas autorizações escritas para a actividade legal que eu estava a desenvolver: uma da Comuna e outra da própria polícia, nunca esclareceram as minhas demandas para saber se estava detido ou retido. Numa palavra, os quatro agentes da polícia suíça ABUSARAM, VIOLARAM A LEI E OS MEUS DIREITOS PARA IMPEDIR que a informação que eu distribuía relativa à Galiza chegasse às pessoas que, durante esse tempo, para assistir à 10ª Reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, entravam: IMPEDIRAM REALIZAR UMA ACTIVIDADE PERMITIDA PELA LEI. Às 10,40 h., aquando a evidência mostrou que CESSARA a entrada de pessoas à ONU eis que me tornaram o ticket do avião e o passaporte, requisando-me, roubando-me, mais de duzentos panfletos, dizendo-me que os podia apanhar na polícia do aeroporto no meu regresso, deixando-me ir livre.
Desde as 10,40 até às 14,45 horas empreguei o tempo em me deslocar ao Hôtel de Ville e ao Hôtel de la Police para apresentar os escritos que lhe remeto solicitando as pertinentes autorizações que segundo a polícia se precisava.
Com o seu escrito de 9 de Março às 16,15 h. estava na porta da ONU da Route Pregny, enfrente da Cruz Vermelha, para lho mostrar e falar com o chefe ou responsável de segurança dos guardas da ONU, com placa identificativa, LOISON ??, que o leu demoradamente, para depois de uma troca de impressões AFIRMAR que chamava à polícia se eu distribuir a informação no lugar onde a distribuía essa manhã. Desloquei-me para a Praça das Nations e desde as 16,30 até às 19 h. distribui os panfletos que me restavam sem qualquer incidência.
Terça-Feira, 10 de Março, Dia da Classe Operária da Galiza. Direitos Políticos da Galiza:
Na Praça das Nations, às 8,15 h. comecei a distribuir a informação, às 9 h. dois polícias suíços interrompem o trabalho solicitando-me o passaporte que lhes entrego junto com o seu escrito de 9 de Março para durante 15 minutos escreverem não sei o quê, tornaram-me tudo e foram embora. Ao pouco tempo, talvez às 9,30 h., tornaram os mesmos polícias para me solicitar FOTO do seu escrito, mais uma vez, a interromper o trabalho de distribuir a informação. Feitas as fotos não tornaram a INCOMODAR e eu estou obrigado a pensar que tinham cópia a police e servicé de la securité et de l'espace publics de la Ville de Genève.
Nos dias seguintes, Quarta e Quinta-Feira, quer na Praça das Nations quer na Gare du Cornavin tudo decorreu sem incidências de tal maneira que às 14,45 horas do dia 12 de Março de 2009, uma parte fundamental do trabalho previsto estava feito e quero reiterar-lhe que graças a Você: a Galiza está em dívida com a sua pessoa.
Em Sexta-Feira, 13 de Março, apresentei-me no Hôtel de Ville para colocar a questão de suíço advogado oficiado me representar contra a polícia por alegados abusos e violações da lei perante a Justiça Suíça. Fui recebido pelo Sr. Cruz Melchor EYA NCHAMA que, comunicando-nos em espanhol, depois de escutar o que acontecera e o meu intuito recomendou-me lhe escrever para pôr no seu conhecimento as nossas actividades em favor dos direitos civis, políticos, económicos, o direito ao desenvolvimento, os direitos linguísticos, culturais e sociais do povo galego. Eis uma sucinta cronologia:
10, 11, 12, 13 de Março de 1995: Cimeira do ONU na Copenhaga (Dinamarca). Participamos ACREDITADAS duas pessoas de GALIZA SOLIDÁRIA no foro paralelo de ONGs. sendo ilegalmente arrestados pela polícia que graças a dinamarqueses advogados oficiados nos tivera que indemnizar com 90.000 pesetas a cada uma das duas pessoas ilegalmente arrestadas.
17 e 18 de Julho de 1996, Lisboa (Portugal): Constituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Fomos convidados oficialmente pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da República portuguesa à constituição da CPLP e depois recebidos pelo Presidente, Secretário Executivo e Secretário Executivo Adjunto da recem constituída CPLP. A consideração que recebemos quatro pessoas e a Galiza foi a mesma que receberam o Sr. Ramos Horta e o Timor Leste.
17 e 18 de Julho de 1997, Salvador de Bahia (Brasil): Reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP: CONVIDADO ESPECIAL COM VOZ PELA GALIZA, Manuel Lopes [Zebral] junto com Ramos Horta pelo Timor Leste. Brutal ingerência do Reino da Espanha nos assuntos internos da CPLP, a ponto de a rebentar, contra os direitos da Galiza.
8-12 de Agosto de 1998, Lisboa (Portugal): Conferência Internacional de Ministros Responsáveis pela Juventude auspiciada pela ONU: Assistimos ACREDITADAS diferentes pessoas da COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL, eu entregando em mão ao Secretário Geral da ONU, Sr. Kofi Annan, dois escritos em inglês solicitando o seu apoio para uma Resolução da ONU reconhecer o direito de Livre Determinação, Independência e Soberania da Galiza. A Declaração de Lisboa, por aclamação, de 12 de Agosto de 1998 reconhecia a ONU implementar o direito de Auto-determinação dos povos que se concretou pouco mais de um ano depois com o Referendo de Independência do Timor Leste.
Abril de 2003, Genebra (Suíça): Comissão do Direitos Humanos da ONU: Assisti acreditado pela Associação Americana de Juristas à 59ª Sessão da Comissão dos Direitos Humanos da ONU (maré negra Prestige, pessoas desaparecidas pelo franquismo, auto-determinação da Galiza, etc.)
Abril de 2005, Genebra (Suíça): Comissão do Direitos Humanos da ONU: Assisti acreditado pela Federação Sindical Mundial à 61ª Sessão da Comissão dos Direitos Humanos da ONU.
23, 24, 25, 26 de Outubro de 2006, Estrasburgo (França): Parlamento Europeu: Assisti acreditado por diferentes parlamentares à sessão que aprovou uma Resolução em favor da PAZ E A DEMOCRACIA para «all people of Spain», para todos os povos da Espanha.
Março de 2009, Genebra (Suíça):10ª Reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU: não consegui acreditação portanto não assisti à 10ª Reunião embora o trabalho de informação acerca da Galiza fora desenvolvido durante os dias previstos.
Este trabalho em favor dos direitos do povo galego que vimos desenvolvendo durante mais de dois decénios em diferentes países e foros internacionais, continua o trabalho que outras pessoas, entidades e instituições da Galiza desenvolveram nomeadamente o governo galego no exílio de Buenos Aires, o Conselho da Galiza, integrado por Castelão, Alonso Rios, Suarez Picalho e Elpídio Villaverde e os seus representantes em París Céssar e Xavier Alvajar, pai e filho, cuja correspondência com os anteriores tive a IMENSA sorte de ler durante a viagem de ida e volta a Genebra para me REAFIRMAR no CORRECTO, NECESSÁRIO, IMPRESCINDÍVEL LABOR DE A GALIZA ESTAR PRESENTE NOS FOROS INTERNACIONAIS nomeadamente na ONU, sabendo, como agora sei, as condições de adversidade, miséria, precariedade, velhice, indigência pessoal e colectiva de todos eles SEM ABDICAR durante decénios dos princípios e direitos POLÍTICOS QUE REGEM A ACTIVIDADE DE UMA NAÇÃO QUE ASPIRA A SER LIVRE, tudo o qual os torna GIGANTES e porventura por isso SEQUESTRADOS E CENSURADOS à opinião pública galega, portuguesa, europeia e internacional. Durante decénios, Céssar e Xavier Alvajar, sozinhos, queixam-se ao Conselho da Galiza da falta de dinheiro e meios para o seu labor ter a dignidade e eficácia mínima, sempre se comparando com o labor de bascos e catalães, RICOS e pouco solidários.
Nós, setenta anos depois, podemos e devemos afirmar o mesmo: a carência de dinheiro, de meios e sobretudo a REPRESSÃO DA POSSANTE DIPLOMACIA FRANQUISTA ESPANHOLA IMPEDEM a população galega determinar, LIVRE, a sua UNIÃO com Portugal na República Federativa da Galiza e Portugal e a meio de ameaça e terror dissuadem Portugal e a CPLP de qualquer iniciativa favorável aos direitos do povo galego.
E, se eu em particular como o genebrino Jean Jacques Rousseau em geral colocasse a questão de qual é a origem da desigualdade entre as pessoas da Galiza e o resto da Humanidade e se ela é autorizada pela lei natural, responderia sem duvidar, «A ESPAÑA UNA, GRANDE Y LIBRE» e se ela não é autorizada pela lei natural É-O PELA COMUNIDADE INTERNACIONAL, as suas entidades e instituições que a dia de hoje AUTORIZAM a continuidade do franquismo com El-Rei, o Reino da Espanha, a sua diplomácia e as suas leis a VIOLAREM as leis internacionais desrespeitando as resoluções da Sociedade das Nações e da própria ONU com danos para gerações e gerações de pessoas da Galiza e não apenas que frustram o seu presente e hipotecam o seu futuro em liberdade.
Quanto à Comissão Para a Reunificação Nacional da Galiza e Portugal e ao meu trabalho, o franquismo que não cessa de tiranizar à Galiza tomou, toma e tomará as medidas para o impedir e/ou dificultar e agora com novos brios depois de, mais uma vez, impor a sua FRAUDE eleitoral que todos consentem e ninguém investiga; não encontrará pessoas, entidades e/ou instituições que desenvolvam o trabalho que a CPRNGZ-PT e eu, a seu nome, vimos desenvolvendo, trabalho que precisa financiamento e meios para ter a dignidade e eficácia mínima portanto, o meu dever, a causa da Galiza obriga-me, é humildemente SOLICITAR de Você e a instituição que representa SOLIDARIEDADE E AJUDA com a causa do povo galego e a Galiza.
Com os melhores cumprimentos
Em Ferrol (Galiza), Sábado, 28 de Março de 2009
ASSDO: MANUEL LOPES ZEBRAL
Cher Monsieur Nicolas BOLLE :
Je vous remercie de votre réponse écrite du 9 mars 2009, non seulement par courtoisie mais aussi et surtout parce qu'elle a permis l´accomplissement de l'objectif du voyage à Genève au cours de la 10ª Réunion du Conseil des Droits Humains de l'ONU, qui n'était autre que celle d´informer à l'opinion publique genevoise, européenne et mondiale à l'égard du manque de respect du Royaume de l'Espagne pour les droits civils, politiques, économiques, sociaux, culturels et linguistiques, y inclus le droit le DÉVELOPPEMENT, du peuple Galicien.
Des informations seraient distribués entre les personnes des assistants à la dite 10ª Réunion du Conseil des Droits Humains de l'ONU. La diffusion de celle-ci se ferait par le biais de 500 tracs pour chaque des cinq sujets traités, à savoir: les droits politiques du peuple galicien, les droits économiques, les droits culturels, les droits linguistiques, le droit à la libre détermination et à décider librement de son organisation politique.
Dimanche, le 8 mars 2009, les cinq cents brochures contenant les informations intitulées "La Galice dans le monde" ont été distribués sans aucun incident, à l´exception des insultes racistes, prononcés juste devant le Palais Wilson, de la part de quelques espagnols et de quelques soi-disant « galhegos » de la teneur qui suit : « seulement un fou peut écrire cela », « ici on jette les gens au lac par moins que ça», « pittoresque, tyran, dictateur, etc. ». Pendant les faits référés, je m´étais couvert avec les drapeaux galicien et portugais.
Lundi, le 9 mars, à 40 mètres de la barrière de la porte d'entrée au Palais des Nations Unies, dans la Route Pregny, en face de la Croix Rouge, du côté de la porte de l'ONU, pas de celui de la Croix Rouge, me trouvant dans une zone piétonnière qui divise en deux le pas de piétons, entre 8 h15 et 9 h., à nouveau habillé avec les drapeaux galicien et portugais, j´ai pu distribuer sans aucun problème les brochures intitulées "Le Languicide Espagnol en Galice" aux personnes qui accédaient au Palais de l'ONU, soit à pied soit en voiture ; à 9 h. une voiture appartenant à la police suisse, et identifiée comme telle, s´est garée dans la chaussée. Deux agents en uniforme, chemise bleue, pantalon foncé, tête découverte, sont descendus de la voiture, ont traversé le pas de piétons pour rejoindre l´endroit où je me trouvais et m´EMPÊCHER la distribution des informations jusqu'à 10h40, c’est-a-dire, pendant que les personnes participant à la 10ª Réunion ACCEDAIENT au bâtiment. Pendant tout ce temps j'ai été RETENU/ARRÊTÉ entouré par les quatre agents. Peu après, une deuxième voiture de la police suisse s´est arrêtée, les agents m´ont DÉPOURVU de mon passeport et de mon billet d'avion. J´ai demandé avec insistance de me rendre mon ticket et mon passeport, à ce qu´ils se sont refusés maintes fois. Ils m'ont menacé de m'arrêter, avec l'EXPULSION immédiate de la Suisse. Ils M'ONT EXIGÉ UNE AUTHORISATION ÉCRITE POUR UNE ACTIVITÉ LÉGALE comme celle que je réalisais. À plusieurs reprises j´ai essayé de leur expliquer que ce que je faisais était une activité légale. ILS ONT MENTI en me disant que j´avais besoin de deux autorisations écrites pour l'activité légale que je me menais: une de la Commune et une autre de la police elle-même. Ils n´ont jamais répondu à mes demandes de clarification à propos de si je me trouvais retenu ou arrêté. Bref, les quatre agents de la police suisse ONT ABUSÉ, ONT VIOLÉ la LOI ET MES DROITS POUR EMPÊCHER que les informations que je distribuais concernant la Galice puissent arriver aux personnes qui entraient pendant ce temps pour assister à la 10ª Réunion du Conseil des Droits Humains de l'ONU. ILS M´ONT EMPÊCHÉ DE RÉALISER UNE ACTIVITÉ PARFAITEMENT LÉGALE. À 10h40, quand c´était évident que l´accès des délégués à l´ONU était arrivé à sa fin, ils m'ont rendu mon ticket de l'avion et mon passeport, en me réquisitionnent, soit en me volant, plus de deux cents brochures. Ils m´ont laissé partir en suite, ajoutant que je pourrais récupérer les brochures chez la police aéroportuaire avant mon retour.
Entre 10h40 et 14h45, j´ai consacré mon temps à me déplacer à l'Hôtel de Ville et au commissariat de police pour présenter mes demandes pour obtenir les autorisations pertinentes, dont j´avais besoin d´après la police.
Muni de ces documents, le 9 mars à 16h15, je me suis dirigé vers la porte du bâtiment de l'ONU à la Route Pregny, en face de la Croix Rouge, pour les montrer au responsable de la sécurité et du gardiennage de l'ONU, un certain monsieur LOISON d´après son badge. Il les a lus attentivement, par après on a procédé à un échange de points de vue, pour finir par AFFIRMER qu´il aurait appelé la police si je procédais à la distribution des informations à l´endroit où je l´avait fait le matin. Je me suis déplacé à la Place des Nations où j´ai pu distribuer entre 16h30 et 19 h les brochures restantes sans aucune incidence.
Mardi, le 10 mars, Jour de la Classe Ouvrière Galicienne et des Droits Politiques de la Galice: À la Place des Nations, à 8h15, j'ai commencé à distribuer les informations. À 9 h. deux polices suisses sont venus interrompre mon activité en me demandant mon passeport, que je leur ai livré avec les documents du 9 mars mentionnés. Pendant 15 minutes ils ont pris des notes, en suite ils m´ont tout rendu et sont partis. Peu après, vers 9h30, les mêmes agents se sont présentés pour me demander une PHOTO des documents expédiés par la police, une nouvelle entrave à la distribution des informations. Après la prise des photos, ils ne m´ont plus DÉRANGÉ, ce que me fais conclure qu´ils disposaient d´une copie, ainsi que la police et le Service de la sécurité et des espaces publics de la Ville de Genève.
Dans les jours qui ont suivi, mercredi et jeudi, aucune incidence n´est intervenue, ni dans la Place des Nations, ni dans la Gare du Cornavin, de sorte que à 14h45 du 12 mars 2009, une partie fondamentale du travail prévu était faite. Je veux souligner que c´est grâce à vous que ceci a été possible: la Galice est en dette avec vous.
Vendredi, le 13 mars, je me suis présenté à l'Hôtel de Ville pour demander si un avocat d´office suisse pourrait me représenter devant une cour suisse contre la police, à cause d´abus présumés et de violations de la loi. J'ai été reçu par Mr Cruz Melchor EYA NCHAMA qui, en espagnol, après avoir écouté mon récit des faits et mes intentions, il m´a proposé de lui écrire pour lui faire part de nos activités en faveur des droits civils, politiques, économiques, le droit au développement, les droits linguistiques, culturels et sociaux du peuple galicien. Voici une succincte chronologie :
10, 11, 12, 13 mars 1995 : Sommet de l'ONU à Copenhague (Danemark): Deux personnes ACCRÉDITÉES de GALICE SOLIDAIRE on participé dans le forum parallèle d'ONG. Après avoir été illégalement arrêtés par la police, c´est grâce à des avocats d´office danois qu´ils ont obtenu une indemnisation de 90.000 pesetas pour chacune des deux personnes illégalement arrêtées.
17 et 18 juillet 1996, Lisbonne (Portugal) : Constitution de la Communauté des Pays de Langue Portugaise. Nous avons été invités officiellement par le ministre des Affaires Étrangères de la République Portugaise à l´acte de constitution de la CPLP et ensuite nous avons été reçus par le Président, le Secrétaire Exécutif et le Secrétaire Exécutif Adjoint de la nouvellement constituée CPLP. La considération reçue par nos quatre représentants de la Galice a été la même que celle reçue par Mr Ramos Horta de la délégation de Timor Est.
17 et 18 juillet 1997, Salvador de Bahia (Brésil) : Réunion du Conseil de Ministres des Affaires Étrangères de la CPLP. INVITÉ SPÉCIAL de la GALICE AVEC VOIX, Manuel Lopes [Zebral], conjointement avec M. Ramos Horta du Timor Est. Brutale ingérence du Royaume de l'Espagne aux sujets internes de la CPLP, au point de casser la réunion, contre les droits de la Galice.
8-12 d'août de 1998, à Lisbonne (Portugal) : Conférence Internationale de Ministres Responsables de la Jeunesse sous l´égide de l'ONU: Plusieurs membres de la COMMISSION POUR la RÉUNIFICATION NATIONALE de la GALICE ET du Portugal y ont participé dûment ACCRÉDITÉS. J´ai mis dans les propres mains du Secrétaire Général de l'ONU, Mr Kofi Annan, deux écrits en anglais en sollicitant son aide pour une Résolution de l'ONU reconnaissant le droit de Libre Détermination, Indépendance et Souveraineté pour la Galice. La Déclaration de Lisbonne, approuvée par acclamation le 12 août 1998, reconnaissait le droit de l'ONU pour mettre en œuvre le droit d'Autodétermination des peuples, qui s´est mis en pratique peu plus d'une année après avec le Référendum d'Indépendance du Timor Est.
Avril 2003, Genève (Suisse) : Commission des Droits Humains de l'ONU : J'ai assisté à la 59ème Session de la Commission des Droits Humains de l'ONU accrédité par l'Association Américaine de Juristes (marée noire Prestige, personnes disparues pendant le franquisme, autodétermination de la Galice, etc.)
Avril 2005, Genève (Suisse) : Commission des Droits Humains de l'ONU : J'ai assisté à la 61ème Session de la Commission des Droits Humains de l'ONU, accrédité par la Fédération Syndicale Mondiale.
Le 23, 24, 25, 26 octobre 2006, Strasbourg (France) : Parlement européen : j'ai assisté à la session qui a approuvé une Résolution pour la PAIX ET la DÉMOCRATIE pour « all people of Spain », pour tous les peuples de l'Espagne, accrédité par plusieurs parlementaires.
Mars 2009, Genève (Suisse) : 10ème Réunion du Conseil des Droits Humains de l'ONU: je n'ai pas pu participer à la 10ème session parce que j´ai failli obtenir une accréditation, bien que le travail d'information concernant la Galice ait été développé pendant les jours prévus.
Ce travail en faveur des droits du peuple galicien que nous menons depuis plus de deux décennies dans des différents pays et forums internationaux, continue le travail développé par autres personnes, entités et institutions galiciennes, notamment le gouvernement galicien en l'exil de Buenos Aires, le Conseil de la Galice, intégré par Castelão, Alonso Rios, Suarez Picalho et Elpídio Vilhaverde et leurs représentants à Paris, Cessar et Xavier Alvajar, père et fils, dont la correspondance j'ai eu l'IMMENSE chance de pouvoir lire pendant le voyage aller-retour à Genève. Cette lecture m´a permis de ME RÉAFFIRMER dans le CORRECT, NÉCESSAIRE et INDISPENDABLE PRESENCE de la GALICE DANS LES FORUMS INTERNATIONAUX, notamment à l´ONU, en connaissant, comme je les connais maintenant, les conditions d'adversité, la misère, la précarité, la vieillesse, la pauvreté personnelle et collective d´eux tous, SANS pourtant ABDIQUER pendant des décennies des principes et des droits POLITIQUES QUI RÉGISSENT l'ACTIVITÉ D´UNE NATION QUI ASPIRE à ÊTRE LIBRE. Tout ceci les rend des GÉANTS à nos yeux et peut être ceci explique pourquoi ils ont été KIDNAPPÉS ET CENSURÉS devant l´opinion publique galicienne, portugaise, européenne et internationale. Pendant des décennies Cessar et Xavier Alvajar ont été tous seuls à se plaindre au Conseil de la Galice du manque de moyens financiers et de toute sorte, pour doter à leur travail de la dignité et de l´efficacité nécessaire, au moins en comparaison avec le travail des basques et des catalans, RICHES certes, mais peu solidaires.
Soixante-dix ans après, nous pouvons et nous devons même réitérer que: le manque de budget, de moyens et surtout la RÉPRESSION de la PUISSANTE DIPLOMATIE FRANQUISTE ESPAGNOLE EMPÊCHENT la population galicienne de décider LIBREMENT de leur UNION avec le Portugal dans la République Fédérative de la Galice et du Portugal, pour ensuite à travers de menaces et de la terreur, dissuader le Portugal et la CPLP de toute initiative favorable aux droits du peuple galicien.
Si comme le faisait le genevois Jean Jacques Rousseau au niveau général, je me posais en particulier la QUESTION de savoir quelle est l'origine de l'inégalité entre les galiciens et le reste de l'Humanité, et si celle-ci est-elle autorisée par la loi naturelle, JE répondrais sans doute comme suit: toute la responsabilité tombe sur «l´ESPAGNE UNI, GRANDE ET LIBRE». Et bien que cette inégalité ne soit pas autorisée par la loi naturelle, elle L'EST de faite PAR la COMMUNAUTÉ INTERNATIONALE, leurs entités et institutions, qui jusqu´à présent ONT AUTORISÉS la continuité du régime de Franco avec le Roi, par le Royaume d'Espagne, par sa diplomatie et par ses lois QUI VIOLENT les principes internationaux, qui ne respectent pas les résolutions de la Société des Nations ni de la propre ONU, avec les prejudices qui s´en suivent pour des générations et générations de citoyens de la Galice, et pas seulement de la Galice, qui frustrent leur présent et hypothèquent leur avenir en liberté.
Concernant la Commission Pour la Réunification Nationale de la Galice et du Portugal et mon travail, le franquisme qui ne cesse de tyranniser la Galice, a pris, prend et prendra toute mesure à leur disposition pour l'empêcher et/ou le rendre plus difficile et imposer encore une fois, maintenant avec un élan renouvelé, la FRAUDE électorale que tous approuvent et sur laquelle personne ne mène des enquêtes. Inutile de chercher des personnes, des entités et/ou des institutions qui réalisent un travail comparable à celui mené par la CPRNGZ-PT et par moi même, dans son nom. Mais ce travail a besoin de financement et de moyens pour atteindre la dignité et l´efficacité nécessaire. Mon devoir donc, la cause de la Galice oblige, est de vous SOLLICITER humblement de votre personne et de l'institution que vous représentez, une manifestation de SOLIDARITÉ ET de l´AIDE pour la cause du peuple galicien et de la Galice.
Recevez cher monsieur l´expression de mes sentiments les meilleurs,
Ferrol (Galice), Samedi, le 28 mars 2009
MANUEL LOPES ZEBRAL