A sequência de mobilização INSURRECIONAL do
11-15 de Setembro com dous milhões de pessoas a reclamarem a Independência da
Catalunha, um milhão em Portugal para a derrocada do governo de Passos Coelho e
centenas de milhares em Madrid contra o governo de Rajoy tem a maior
importância política, não porque o diga o Financial Times mas porque demonstra
os avanços e as carências da luta proletária e popular INSURRECIONAL na
Península Sud-pirenaica e na Europa.
Em termos relativos a manifestação de Barcelona
é como se se tivessem manifestado mais de treze milhões de pessoas nos
territórios do Reino da Espanha e nós apenas colocamos a questão de quais
seriam os efeitos políticos em termos democráticos, livredeterministas e
proletários, para acrescentarmos que a quimera é pensar que SÓS podemos, que
Euskal Herria e a Catalunha, apenas os dois hem! Porque esse pensamento é
PERFEITA E RIGOROSAMENTE CONTRÁRIO ao que a história das lutas de libertação
nacional e das classes da Península e das Ínsulas REITERA com a exceção de
Portugal, a Galiza Sul. Podemos afirmar que o poder monárquico espanhol sempre
utilizou a força das nações submetidas para DERROTAR a nação rebelde, umas
nações contra as outras, bem enfrentadas, divididas e fracas para imperar o
Reino da Espanha. E o contrário, a mais AMPLA UNIDADE livredeterminista e
proletária DERROTA irremissivelmente a FALSIFICAÇÃO histórica do constructo
nacional denominado Espanha e as classes que o sustentam, sejam espanholas,
bascas, catalãs ou andaluzas, CAPITAL FINANCEIRO, que sempre recorrem à força
MILITAR, bem protegido pelo CAPITAL FINANCEIRO MUNDIAL, para abafar a liberdade
nacional e a democracia proletária. E é uma quimera não pensar em quais os
objetivos políticos das manobras navais da NATO em águas galego-portuguesas ou
da CPLP, no Mediterrâneo ou nas frequentes manobras militares em território de
Euskal Herria. É uma quimera não pensar que nos pode acontecer como na Líbia,
na Síria, etc.
É uma quimera perigosa. Daí nós acharmos
exigível da Assemblea Nacional Catalana, de Bildu, particularmente de bascos e
catalães, uma política de SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA com as outras nações,
as Ilhas Canárias e particularmente a Galiza contra a que praticam um RACISMO
que se tem que acabar de uma vez. É intolerável que António Alvárez-Solís e
Gara estejam em exercício permanente de RACISMO contra os galegos, o último e o
mais INDIGNANTE foi considerar «CULTURAL» (ALUCINEM!) E NÃO INDEPENDENTISTA,
portanto INFERIOR ao basco e catalão, o nacionalismo de Castelão e Rosália. Nós
suspeitamos que António Alvárez-Solís e mesmo em Gara, ninguém tenha lido o
«grão Castelão», daí Gara não publicar a VERDADE de que o «Sempre em Galiza» é
um TRATADO POLÍTICO DE UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL. Gara contribuindo para
inferiorizar, espanholizar e desorientar as dezenas de milhares de galegos que
em Eukal Herria e nas próprias fileiras abertzales contribuem para a liberdade
basca: nós apelamos para se manifestarem contra Gara exigindo peça perdão e
retifique. Gara contribuindo para o RACISMO institucional espanhol suporte da
ESPOLIAÇÃO da Galiza da parte do capital financeiro espanhol-basco-catalão. Nós
apelamos para que desde a Galiza se lhe exija a Gara pedir perdão e retificar.
Apelamos mesmo para a Laura Mintegui.
E se o Parlament da Catalunha não fizer um
apelo EXPLÍCITO À SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA de reciprocidade com a
Galiza-Portugal, Ilhas Canárias, Euskal Herria e outras nações da Europa e do
mundo, ter-se-á perdido uma ocasião histórica. Nós apelamos para a Assemblea
Nacional Catalana e o Parlament fazer um são exercício de SOLIDARIEDADE
INTERNACIONALISTA.
Sabendo como sabemos que os lugar-tenentes da
classe capitalista Tojo e Mendez, como Rubalcabra, estão e estarão enfrente da
Independência da Catalunha e da liberdade dos povos. Só que
Tojo-Mendez-Rubalcabra não representam nem defendem os interesses do
proletariado e a sua DEMOCRACIA, O SOCIALISMO. Representam e defendem os
interesses do CAPITALISMO FINANCEIRO ESPANHOL que o que quer é adiar a GREVE GERAL
INSURRECIONAL em Portugal, no Reino e na Europa. Daí uma e outra vez ADIAREM A
CONVOCATÓRIA DE GREVE GERAL EUROPEIA ATÉ O MÊS DE DEZEMBRO.
É neste adiamento permanente que se insere a
luta proletária na Galiza: a CIG não foi a Madrid o dia 15 de Setembro e também
não foi a Portugal nem convocou na Galiza, no entanto em Portugal, GREVE GERAL
IBÉRICA é palavra de ordem PROCLAMADA. Os dirigentes da CIG, perdido o
referente basco de ELA-STB, não lhes queda Portugal; «menos mal», suspira
aliviado o CAPITAL FINANCEIRO ESPANHOL-BASCO-CATALÃO A COLONIZAR A GALIZA E
PORTUGAL. A mesma coisa para a luta proletária em Ferrol: aquando o que faz
falta é barricada com lume cada dia, o Comité de Empresa e os sindicatos
encerram-se no Concelho para que os do PP casem sem problemas na Colegiata da
Sar e na Concatedral de São Gião, em «atos pessoais», NÃO POLÍTICOS
(ALUCINEM!), um PP de Rajoy-Feijó que trata os galegos, pelo facto de o ser,
como TERRORISTAS, sem que ninguém se queira inteirar do GOLPE DE ESTADO
permanente e sequenciado em que o PP avança para na Galiza e no Reino se
garantir o poder a meio da FRAUDE ELEITORAL E OS MÉTODOS MAFIOSOS o qual só se
pode EVITAR COM A SUA DERROCADA exercendo o direito e o dever da
INSURREIÇÃO.
Em Ferrol,
Terça-Feira, 25 de Setembro de 2012
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E
PORTUGAL