Durante anos vimos reivindicando CONSTITUIRMOS,
CRIARMOS a Assembleia Nacional da Galiza, um ponto de encontro sem excluir
ninguém em que pessoas, entidades e instituições puderam falar e agir, se assim
fosse acordado, em defesa dos interesses do povo galego e da Galiza cujo status
legal é o de NACIONALIDADE HISTÓRICA, quer dizer, uma nação com muita história,
tanta que mesmo abrange o nascimento de Portugal, a Galiza Sul INDEPENDENTE, a
lutar pelo Republicanismo, o Federalismo e o Socialismo, a lutar pela
REUNIFICAÇÃO DAS DUAS GALIZAS DESLOCADAS. Os nossos apelos apenas tiveram
resultados efémeros, conjunturais, a Plataforma Cidadã «Nunca Mais», a
Plataforma da Defesa do Galego, nascidas e fenecidas porque os interesses
eleitoreiros REBENTARAM a hipótese da GALIZA UNIDA na Assembleia Nacional da
Galiza criada e a perdurar no tempo e sempre pronta a organizar e responder às
inúmeras agressões contra o proletariado, o povo galego e a Galiza.
Eis que na Catalunha criaram a Assemblea
Nacional Catalã, cientes da potência MOBILIZADORA da ideia que continuamos a defender,
e os resultados, em muito pouco tempo, deram a volta ao mundo pela sua imensa
importância política e significância universal mesmo com a falta de contidos
proletários, anticapitalistas e de SOLIDARIEDADE internacionalista
particularmente connosco da dita Assemblea Nacional Catalã. A manifestação da
Diada abre um novo tempo em favor da Independência e o Socialismo e no nosso
contexto, em favor da República Socialista da Galiza e Portugal.
Contidos que a nossa Assembleia Nacional da
Galiza desbordaria pelo facto da Galiza em si que ultrapassa qualquer limite. A
brutal agressão colonial que está a sofrer o proletariado galego e a Galiza com
mais de três décadas de rigorosa PROIBIÇÃO DE ASTANO CONSTRUIR BARCOS, e agora
TODOS os estaleiros navais galegos, PÚBLICOS OU PRIVADOS, com a Assembleia
Nacional da Galiza teria a resposta nacional que se merece a dita agressão e
não uma fenecida, dividida, dispersa e lastimeira luta que produz o desânimo
endémico que padecemos só roto aquando, como com a Plataforma Cidadã «Nunca
Mais», a potência MOBILIZADORA da Galiza rompe águas para nascer uma nova vida
que dura pouco tempo antes de ser matada. Alguém pensou em mais de 800.000
pessoas a se manifestarem em Compostela convocadas pela Assembleia Nacional da
Galiza, não por um Novo Estado na Europa como a manifestação da Catalunha, mas
por uma VELHA República e galego-portuguesa? Nós não paramos de trabalhar essa
realidade.
Temos que realçar factos do que nos acontece
para serem vistos na sua justa dimensão: o Tribunal Europeu dos Direitos
Humanos de Estrasburgo acordou por UNANIMIDADE que o Reino da Espanha está a
VIOLAR os direitos de Inês del Rio por diferentes condenas relacionadas com a
sua pertença a ETA. O juiz holandês Myjer foi um dos UNÂNIMES. Esse mesmo juiz
holandês Myjer, sozinho, um 23 de Fevereiro, em espanhol, NEGOU admitir a
trâmite uma nossa queixa em favor de ASTANO CONSTRUIR BARCOS com nós no
estaleiro naval readmitidos. Conclusão: nos tratam como se fôssemos mais
terroristas do que ETA.
Daí os nossos apelos permanentes à UNIDADE da
luta proletária do Setor Naval de Ferrol e Vigo. Não chega com que o Comité de
Empresa de Navantia se encerre no Concelho de Ferrol, é preciso OCUPAR O
ARSENAL porque nem o operariado de Navantia nem os que estão dentro do Arsenal
cobrarão a paga do Natal: eis uma óbvia e contundente razão para a ocupação.
AUDÁCIA, mais AUDÁCIA e sempre AUDÁCIA contra os lugar-tenentes da classe
capitalista que mobilizam em 15 de Setembro contra a greve geral do 26 de
Setembro. Mobilização fracassada se se comparar com a Diada.
Em Ferrol somos o centro de gravidade da luta
proletária da Galiza, daí o plus de repressão e agressão que padecemos. Nesse
quadro é onde temos que colocar a agressão que sofreu uma mulher integrante de
APRES FERROL TERRA, da parte de um energúmeno ajudado pela polícia aquando
estávamos a reivindicar o NOSSO DINHEIRO perante NGB na rua Galiano, também
como o intento de identificação e a detenção, incomunicação, brutalidade no
tratamento, golpes, roupa rachada, roubo de dinheiro, ameaças, insultos,
intimidações dos nazis fardados de Polícias Nacionais. E um juiz asturiano a
falar galego, Alexandre Morão Lhordens, que ameaça coima porque não lhe
firmamos NADA e afirma «SE NEGA A DECLARAR» e não recolhe a nossa declaração
aquando «PROCLAMAMOS que um poder político como o de Rajoy ou Feijó a se
LUCRAR, DIRIGIR E PROTEGER a delinquência estadual do Reino da Espanha tem de
ser DERROCADO exercendo o direito e do DEVER À INSURREIÇÃO».
Em Ferrol,
Segunda-Feira, 17 de Setembro 2012
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E
PORTUGAL
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