Estamos a nos manifestar hoje
onze anos depois da resposta do povo galego aos responsáveis da maré
negra do Prestige, os governos de Aznar-Fraga, resposta que dou a
volta ao mundo, que rompeu o RACISMO que sofremos como povo e que nos
inferioriza sobretudo em termos de comportamento político
alegadamente virado para a direita, e que nos colocou no lugar de
vanguarda que nos corresponde, elevou a nossa autoestima, causou
admiração além-fronteiras e produziu uma SOLIDARIEDADE connosco da
que destacou a do povo português e mesmo as suas instituições como
o Instituto Hidrográfico e Augusto Ezequiel.
O mais importante foi a nossa
auto-organização, fomos capazes de responder como povo porque
criamos a Plataforma Cidadã «Nunca Mais», uma Assembleia Nacional
da Galiza, pessoas, entidades e instituições para defender-nos da
imensa agressão, sermos ressarcidos dos danos e castigar os
culpáveis. É de justiça reconhecer, lembrar, que a convocatória
fora feita pelo BNG: Anjo Quintana e Beiras a moderarem uma reunião
onde Dongil de CCOO e Golpe da UGT fracassaram no seu intento de a
REBENTAR. Essa Assembleia Nacional da Galiza que foi «Nunca Mais»,
GARANTIA E PROJETAVA A UNIÃO DO POVO GALEGO e este respondia
ORGULHOSO, UNIDO E MOBILIZADO até que a dirigência do BNG decidiu
UNILATERALMENTE desorganizar «Nunca Mais» matando, eliminando, as
Assembleias Nacionais da Galiza para «LETARGO ATIVO» e depois de
cerca de uma década de «LETARGO» eis que a resposta, mais uma vez,
do povo galego os fez acordar, a INDIGNAÇÃO popular contra a
IMPUNIDADE dos governos do PP obriga-os à convocatória da
mobilização que hoje estamos a realizar e que em Ferrol tem um
duplo caráter: o da maré negra e CONSTRUIR BARCOS, questão que nós
ligáramos há onze anos ao conseguir que «Nunca Mais» assumira a
defesa de «ASTANO construir petroleiros de casco duplo» porque o
facto de «ASTANO PROIBIDO CONSTRUIR BARCOS» foi o que favoreceu e
propiciou que os piratas armadores com sucatas de mais de vinte anos
arrasassem as nossas costas, questão, a de ASTANO, que durante mais
de TRINTA ANOS e agora é o centro de gravidade da EXPLORAÇÃO
COLONIAL DA GALIZA, hoje imensamente INTENSIFICADA pelo fascismo
narcotraficante e ladrão encabeçado por Rajoy-Feijó.
Cada vez mais vozes estão a
demandar UNIDADE, a mobilização UNIDA de todas as VÍTIMAS das
políticas do PP, vítimas que constituem o povo galego e a Galiza. É
só que a primeira VÍTIMA desta permanente política do PSOE-PP é o
proletariado dos estaleiros navais de Ferrol e Vigo e é só a nossa
voz a ÚNICA, infelizmente, que clama e proclama a necessidade e
urgência de UNIR Ferrol e Vigo na MOBILIZAÇÃO do operariado dos
estaleiros navais galegos e também reclamamos a UNIÃO com o
proletariado dos estaleiros navais de Viana do Castelo, anunciada a
sua subconcessão e o despedimento de seis centos operários que
apelam para a REVOLTA. Qual a causa de que esta elementar UNIDADE não
se realize, não a promova a dirigência sindical? A CORRUPÇÃO
ECONÓMICO-IDEOLÓGICA.
O caso da demissão do secretário
da UGT de Andaluzia, milionárias festas e folias em «feiras
sindicais», não será nada, aventuramos, comparado com o que F.
González «UNTARIA» a UGT-Corcuera pelo apoio de Gácio Caeiro ao
Decreto de Reconversão Naval para encerrar ASTANO, ou o dos Fundos
de Formação de CCOO na Gândara e muita outra coisa que continua
IMPUNE. A CORRUPÇÃO IDEOLÓGICA é brutal mesmo CRIMINOSA porque no
nosso caso, o povo galego, a Galiza tem o reconhecimento legal de
NACIONALIDADE HISTÓRICA e as leis UNIVERSAIS e espanholas lhe
reconhecem o direito de livre determinação e uma boa parte da
dirigência sindical e política LHO ESTA A NEGAR sempre com a escusa
de culpar ao proletariado e ao povo galego das suas próprias CULPAS
dentre as que destaca não promover Assembleias Nacionais da Galiza
do operariado submetido a EREs ou Conferências de Comités de
Empresas submetidas a EREs, a imensa maioria das galegas... Na Galiza
levamos ONZE anos com o caminho marcado para o povo galego UNIDO e
MOBILIZADO atingir a sua liberdade nacional e social: a Assembleia
Nacional da Galiza que foi a Plataforma Cidadã «Nunca Mais» e que
hoje temos de criar para SAFAR à Galiza das garras assassinas do PP
de Aznar e o seu mafioso Partido Republicano norte-americano.
Criarmos a Assembleia Nacional da Galiza, uma NACIONALIDADE HISTÓRICA
que tem legalmente reconhecido o direito de LIVRE DETERMINAÇÃO –
quem lho pode NEGAR? – é um dever imperioso de pessoas, entidades
e instituições para o povo galego UNIDO E MOBILIZADO derrocar os
governos do PP exercendo o direito à INSURREIÇÃO.
Em Ferrol, domingo, 1 de dezembro de 2013
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO
NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
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