TEXTO QUE O ALCAIDE DE FERROL, JORGE SOARES PROIBIU LER NO PLENÁRIO DE ONTEM quinta-feira, 31 de março de 2016 A PARTIR
DA LINHA «CORRUPÇÃO DO PP em Madrid e Valência» PERANTE OS IRADOS PROTESTOS DO
PP. CENSURA E VIOLA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO ÀS ORDENS DO PP. CONCEDEU-ME A
PALAVRA PARA MA CORTAR E LEVANTAR O PLENÁRIO.
Boa
noite. Proposta de rectificação de erro no acordo UNÂNIME dos assistentes da
moção do PP para construir corvetas para a Arábia Saudita. Não existe tal
proposta nem propósito de rectificação. Ratificais-vos em construir e vender
armas a uma monarquia, a dos genocídas Xeques da Arábia Saudita, que comete
atrocidades emulando o nazismo e VIOLA sistematicamente os direitos humanos. As
leis espanholas o PROÍBEM e o próprio governo espanhol as VIOLA vendendo em
2015 à Arábia Saudita mesmo aviões de combate para o Estado Islâmico que é a
Arábia Saudita bombardear a Síria produzindo o êxodo de pessoas refugiadas que
dizeis apoiar. Nós não acreditamos. Pensamos que sodes uns hipócritas.
O
apoio que lhe destes em 25 de fevereiro ao Estado Islâmico que é a Arábia
Saudita favoreceu a sequência de atentados jihadistas de Boko Haran na Nigéria,
em Bruxelas, no Iemem, no Iraque e mesmo no Paquistão, todos eles contra os
pobres, contra o proletariado seja qual for a sua nacionalidade, identidade,
idade, sexo. Quantas vítimas? Centos de pessoas, a maioria mulheres e crianças.
Se pode e se deve afirmar que esse apoio a construir corvetas para a Arábia
Saudita vos torna colaboradores necessários do terrorismo jihadista da Arábia
Saudita e por muito que tenteis ocultar a vergonha para vós, Ferrol, o seu
proletariado e o seu povo ficará para sempre como uma ignomínia própria do mais
abjeto do capitalismo mundial.
Também
não há uma proposta de rectificação do erro de responsabilidade do alcaide cometido
ao lhe aplicar a Lei de Proteção da Segurança Cidadã, lei franquista dita lei
mordaça, a um representante de uma entidade, Galiza Solidária, registada neste
Concelho e com duas décadas de atividade exigindo democracia. Quer dizer, o
mesmo que no Plenário Municipal do 25 de fevereiro se apoiou aos operários
Carlos e Serafim e a derrogação do artigo 135 do Côdigo Penal tinha de haver uma
outra moção de reconhecimento do erro cometido comigo e a exigência da
derrogação da lei franquista dita lei mordaça.
Os
factos continuam a afirmar que neste Concelho nem democracia nem transparência.
Continuamos sem receber a informação relativa às despesas de diferentes Festas
e Campanhas, tudo da responsabilidade de Beatriz Sestaio. Passaram-se sete
meses e nada. Sabemos que veu a Ferrol uma representante do Conselho de Contas
que se reuniu com o alcaide Jorge Soares para, diz-que, seica, nós o não
sabemos, comprovar a legalidade de quatro anos de facturas extrajudiciais do
governo municipal do PP presidido pelo JMRei do que há fortes indícios
racionais de roubar dinheiro público para se enriquecer ele, seus familiares e
financiar as campanhas eleitorais do PP que evidentemente dispunha de muito
mais dinheiro do que os outros partidos concorrentes em quaisquer eleições,
municipais, autonómicas, espanholas ou europeias. Se os média informam da
CORRUPÇÃO DO PP em Madrid e Valência, na Galiza não informam porque se o
fizerem, em nossa opinião, apareceria CORRUPÇÃO FRANQUISTA NARCOTRAFICANTE com
Mariano Rajoy primeiro, Fraga depois e até hoje em que notáveis cargos públicos
da AP-PP em concelhos, deputações, a da Ponte Vedra presidida por Mariano
Rajoy, como o «Nené» Barral andam ceivos pelo mundo todo adicados às suas lavouras
de sempre: enriquecer-se com todos os tráficos ilegais (droga, mulheres,
armas…) e financiar o partido dos seus amores que lhe garante IMPUNIDADE
judicial. A CORRUPÇÃO FRANQUISTA NARCOTRAFICANTE na Galiza rebentará quer
queira quer não a juíza Lara Lara ou o juiz Taím.
Dar
conta do número de mulheres assassinadas pelos seus homens é correcto. Dar
conta do nº de vítimas mortais por violência capitalista do Decreto de
Reconversão Naval de Felipe González e João Carlos I em ASTANO? Da violência
capitalista do trabalho com AMIANTO? Da violência capitalista dos mal ditos
«acidentes de trabalho»? Da violência colonialista nas letais estradas da
Galiza nos mal ditos «acidentes de tráfico»? Da violência dos megadoutores, dos
Mengele do SERGAS, particularmente dos ginecólogos OBJETORES do Hospital
Arquitecto Marcide dirigido pelo histórico e rico megadoutor Facio, que negam o
direito ao aborto a cerca de cem mil mulheres na Área Sanitária de Ferrol? Com
certeza, como não. É um dever de qualquer representante democrático. Achamos o
teu dever Beatriz Sestaio. Mas não vale se disfarçar de feminista para defender
a ESPOLIAÇÃO do trabalho das mulheres proletárias pelas mulheres capitalistas,
a metade dos Conselhos de Administração. As quotas que tu e o teu partido
reivindicais. Nós reivindicamos o que vós não reivindicais: ASTANO CONSTRUIR
BARCOS com dez mil empregos, 5001 para mulheres. Eis as nossas proletárias quotas!
O
Tratado TTIP é para os «quatro milionários» canalhas como o Trump, dominar o
mundo. Isso é em duas palavras o diagnóstico Álvaro, do que não falas é do
remédio, isto é, a mobilização proletária e popular para ASTANO CONSTRUIR
BARCOS, para aumento de salário, taxar o capital e 35 horas semanais ou para
construir socialismo na União de Repúblicas Socialistas Europeias e com a
Revolução Socialista Mundial na União de Repúblicas Socialistas Mundiais.
A
monarquia espanhola atual foi imposta por Franco em pleno Estado de Guerra por
ele decretado, isto é, imposta pela força das armas de Hitler e Mussolini, sobre
o genocídio, o extermínio franquista de republicanos e República. Não há
referendo nenhum a fazer. O que fazer é, mais uma vez, mobilizar para acabar
com o franquismo, com o de Romero Caramelo, por exemplo, que VIOLA a Lei da
Memória Histórica no Arsenal de Ferrol: O que viola a lei é delinquente,
criminoso. Organizar e mobilizar o povo pela democracia. Eis o que fazer…
A
democracia é reconhecer o direito dos povos, a Galiza, à autodeterminação e
independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à INSURREIÇÃO contra
todas as formas de opressão, artigo 7.3 da Constituição da Galiza Sul,
Portugal. Preâmbulo da Carta dos Direitos Humanos. Protocolo Internacional para
os Direitos Civis e Políticos. Protocolo Internacional para os Direitos
Económicos [não se pode privar os povos dos seus próprios meios de
subsistência, isto é, ASTANO CONSTRUIR BARCOS], Sociais e Culturais. Os ditos
Protocolos, leis espanholas, assinadas e ratificadas, que obrigam Mariano Rajoy
e Felipe VI a promover o exercício de autodeterminação da Galiza para esta se
UNIR a Portugal se assim for decidido. Mariano Rajoy e Felipe VI VIOLAM estas
leis porque não apenas não promovem na Galiza o exercício de autodeterminação
como também são contrários ao reconhecimento à Galiza desse direito. É pena
Jorge que isto não lho disseras a El-Rei, exigindo-lhe o cumprimento da lei.
Exigir-lhe ao TIRANO cessar a TIRANIA. Cessar a TIRANIA só se consegue com um
ato de força. AS TIRANIAS DERROCAM-SE, mas é preciso ter a força suficiente. A
força suficiente no-la dá a UNIDADE da classe obreira e a UNIDADE sindical na
MOBILIZAÇÃO. A União Operária Galego-Portuguesa. A República da Galiza Sul. A
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A força no-la dá a Revolução dos
Cravos, a Revolução do 25 de Abril, data que temos de comemorar em Ferrol e na
Galiza. Jorge convoca para criarmos uma Comissão em Ferrol para comemorar o 25
de Abril. Galiza Solidária é sócio colectivo da Associação José Afonso – AJA. O
Concelho de Ferrol pode e deve ser sócio colectivo da AJA. Apenas porque o Zeca
Afonso veu à Galiza em 10 de maio de 1972 para cantar pela primeira vez em
público o GRÂNDOLA VILA MORENA, o himno da Revolução dos Cravos. Apenas porque
o Zeca veu à Galiza solidário connosco pelos assassinatos de Amador e Daniel em
Ferrol em 10 de março de 1972. Nós propusemos a AJA comemorarem em Portugal,
também, o Dia da Classe Operária da Galiza. E não entendemos por que é que em
Ferrol, particularmente este governo municipal, não se tomam iniciativas para
esclarecer, investigar, julgar e condenar os culpáveis do massacre contra a
classe obreira ferrolana e galega. Porventura entendemos porque o mesmo que nós
nos dirigimos à juiza argentina Servini [Jorge convida-a vir a Ferrol] e à
Fiscal General da República Bolivariana da Venezuela podia-o ter feito qualquer
outrem, qualquer iniciativa para acabar com a IMPUNIDADE DOS CRIMES
FRANQUISTAS, DO GENOCÍDIO FRANQUISTA com as armas de Hitler e Mussolini.
Em
Ferrol, quinta-feira, 31 de março de 2016
ASSDO: MANUEL LOPES ZEBRAL