(publicado em www.sermosgaliza.com e www.plaza.com)
Ligações em
http//praza.com/opinion/1546/astano-trinta-anos-de-colonizacao-da-galiza/
http//www.sermosgaliza.com/opinion/manuel-lopes-zebral/astano-trinta-anos-colonizacao-da-galiza/20131223073017022599.html
ASTANO, TRINTA ANOS DE COLONIZAÇÃO DA GALIZA
No Setor da Construção Naval, a luta do proletariado
dos estaleiros navais galegos tem sido historicamente o MOTOR PRINCIPAL do
barco cuja navegação acabou com o franquismo e nos aportou à DEMOCRACIA
«daquela maneira». Hoje este motor está TRAVADO como consequência de políticas
partidárias e/ou sindicais. Este é um problema, o TRAVÃO da luta operária e
sindical, que tem a ver com o outorgamento ao PP dos títulos de condes, duques,
marqueses da DEMOCRACIA da parte da dita oposição partidária e sindical, problema
que se faz mais agudo na Galiza pelo elevado número de falangistas e
franquistas que aninham no PP. Não é o mesmo para a atividade política ou
sindical definir como DITADURA ou TIRANIA o que o PP está a exercer do que
DEMOCRACIA embora das direitas.
É um problema que se faz mais agudo na Galiza pela
existência de Portugal: as sentinelas da UNIDADE da Espanha extremam a
vigilância onde consideram maior o PERIGO de rotura da Espanha.
É um problema que se faz mais agudo na Galiza porque
o imperialismo mundial encabeçado pelos EUA determinou uma DIVISÃO
INTERNACIONAL DO TRABALHO nos estaleiros navais de «TUDO para os da Coreia do
Sul e NADA para os galego-portugueses (ASTANO-LISNAVE)»; o imperialismo estava
ciente do perigo do proletariado SOCIALISTA da Revolução dos Cravos
particularmente do proletariado dos estaleiros navais de LISNAVE e de que
contagiasse o operariado galego nomeadamente o dos estaleiros navais de Ferrol
e Vigo, numa UNIDADE cuja necessidade proclama a história e que é história com
a União Operária Galaico-Portuguesa.
É um problema que se faz cada vez mais agudo na
Galiza e Portugal (estaleiros navais de Ferrol-Vigo-Viana do
Castelo-Lisboa-Setúbal) porque os capitalistas em épocas da mal dita CRISE
CAPITALISTA [descreve melhor o que está a acontecer dizer «épocas em que se
acentua a guerra do Capital contra o proletariado e os povos ou países
colonizados»] agudizam mais a COLONIZAÇÃO em particular a galego-portuguesa no
espaço da União Europeia e na fase do CAPITALISMO globalizado.
Cada dia nos estaleiros navais do mundo o
proletariado CONSTRÓI mais barcos particularmente na Coreia do Sul. Os
estaleiros navais da Galiza, os de Ferrol (ASTANO-BAZAN) e os de Vigo têm
experiência e tecnologia; o que não têm é proletariado empregado, têm
operariado sem emprego e sobretudo não têm FINANCIAMENTO ESTATAL-PÚBLICO
ILIMITADO como os da Coreia do Sul para CONSTRUIR BARCOS.
O nulo financiamento dos estaleiros navais de Ferrol
particularmente ASTANO com mais de trinta anos sem financiamento quer do
governo espanhol quer do governo galego para CONSTRUIR BARCOS é um dos eixos da
política COLONIAL OU COLONIALISMO a que submetem à Galiza cujo alvo principal é
derrotar a LUTA do proletariado, preso no DESEMPREGO, MOTOR PRINCIPAL da
liberdade nacional e social da Nossa Terra.
A política de COLONIZAÇÃO da Galiza da parte dos
EUA, UE, governo espanhol e governo galego tem particularidades sempre
DIVISIONISTAS, sempre CONTRÁRIAS à máxima de Carlos Marx «proletariado de todos
os países, UNI-VOS!» para derrubar as fronteiras que DIVIDEM o proletariado, «a
começar pela fronteira que DIVIDE a Galiza de Portugal» que disse a máxima da
União Operária Galaico-Portuguesa concretizando a de Marx, sempre procurando
políticas que enfrentem o proletariado galego com o português, o de Vigo com o
de Ferrol, o de Bazan com o de ASTANO, o de Navantia de Cartagena e Cádis com o
de Ferrol…
Madrid só se ocupa do interesse do IMPERIALISMO
mundial particularizado nos seus interesses IMPERIALISTAS locais. Para o Reino
da Espanha tem interesse ESTRATÉGICO impedir a União Operária
Galaico-Portuguesa porque é IMPEDIR A UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL e daí
que priorize a Baia de Cádis ou qualquer outra como aríete contra nós; já acontecia
no franquismo com Puerto Real contra ASTANO pelo perigo que significamos do que
os Franco, Francisco e Nicolás, e o falangista Suevos tinham esclarecida
consciência e sobretudo praxe em Portugal.
E isto tem
sido assim com governos de distinto signo político em Madrid, PSOE-PP, e mesmo
galegos com o PSOE-BNG: o compromisso do Anjo Quintana com ASTANO galego,
público e com o concurso dos trabalhadores, claramente VIOLADO pelo Conselheiro
de Indústria, Fernando Blanco.
A política de COLONIZAÇÃO de Madrid agudiza-se a dia
de hoje, indistinta, sem máscara, proclamada, pela posição pública de Rubalcaba
CONTRÁRIA ao direito de autodeterminação da Catalunha: negar a democracia e a
legalidade internacional assinada e ratificada pelo Reino da Espanha!
Nos LUCROS de Navantia-Ferrol face as perdas de Cádis-Cartagena
perdemos ou NÃO UTILIZAMOS uma possante arma DEMOCRÁTICA como é DENUNCIAR A
CORRUPÇÃO de almirantes e generais na compra-venda-construção de armamento da
que o submarino a construir em Cartagena e as perdas de Cádis são CLAMOROSOS
INDICADORES.
São horas de tomarmos consciência de onde está o
fulcro da solução política para a Galiza: na UNIÃO DO PROLETARIADO E DO POVO
GALEGO criando a Assembleia Nacional da Galiza para CONSTRUIR O BARCO cujo
MOTOR PRINCIPAL, a luta do proletariado galego, o faça navegar com rumo certo
para a derrocada do PP e o exercício do nosso direito legal à livre
determinação para a Galiza independente decidir livre a UNIÃO DA GALIZA COM
PORTUGAL.
Em Ferrol, segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
MANUEL LOPES ZEBRAL foi operário de ASTANO desde
1974, despedido por Decreto de El-Rei e F. González em 1985
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