- Artigo de opinião enviado em 28 de abril de 2014 para o Sermos Galiza sem que o publicassem.
- Aduzem muita extensão, mais de 39.000 caracteres.
- É verdade mas podia ter sido publicado por partes.
- Em qualquer caso, cumpria terem explicitado e regulamentado a extensão para nos cingir a ela. Estabelecem agora, verbalmente, 5000 caracteres máximo.
- Não podemos fazer muito mais do que lamentar que o não publiquem.
JOÃO VICENTE BIQUEIRA & ERNESTO GUERRA DA CAL TRUST
As pessoas que promoveram a
Iniciativa Legislativa Popular Valentim Paz Andrade (ILPVPA)
encabeçadas por Isaac Alonso Estraviz, por boca de Morell, acham que
a UNANIMIDADE, 75 votos favoráveis no Parlamento galego, representa
a MAIOR GARANTIA PARA A FUTURA APLICAÇÃO DA LEI. Uma consideração
que continua a filosofia que inspirou a realização em Lisboa em 3,
4 e 5 de junho de 1994 do «I Encontro sobre Língua e Cultura
Galega: o Português, língua da Galiza» que um semanário português
definiu assim: «António Cruz Rodrigues e Isaac Alonso Estraviz: a
direita INTEGRALISTA portuguesa e a esquerda INTEGRACIONISTA galega,
lado a lado pelo galego-português» em pé de foto do abraço dos
dois. Acrescentemos que António Cruz Rodrigues foi DEPURADO pelos
Cravos da Revolução do 25 de Abril... por FASCISTA.
A
UNANIMIDADE como GARANTIA da futura APLICAÇÃO DA LEI?
Respondamos
à questão com o dito na sessão parlamentar por Ana Pontão (BNG)
«levamos TRINTA ANOS DE NORMALIZAÇÃO que leva o nosso idioma a uma
SITUAÇÃO LIMITE... Com MUITAS DIFICULDADES para VIVER em galego no
nosso país. E com o dito por Ron Fernández (AGE): luta de classes e
GALEGO FOBIA
da Junta. E com o dito pelo Agostinho Vaamonde Dias, o «animal»
FRANQUISTA sem dissimulo do PP: Português, língua ESTRANGEIRA,
OPCIONAL E NORMATIVA OFICIAL do galego OBRIGATÓRIA!
Respondamos com o que nós
pensamos é uma VERDADE OBJETIVA: levamos TRINTA anos de LINGUICÍDIO,
RACISMO E REPRESSÃO LINGUÍSTICA DO FRANQUISMO que aninha no PP
contra o povo galego e contra o seu direito a ser ALFABETIZADO na sua
própria língua [e cultura] SECULAR, que não é outra que o
Português, quer dizer, GUERRA de classe do capitalismo financeiro
espanhol e adláteres contra o proletariado, as classes
trabalhadoras, o povo galego e a NAÇÃO que a Galiza é. GUERRA DE
CLASSE para impedir a UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL, para
impedir em primeiro lugar a UNIDADE LINGUÍSTICA SECULAR da Galiza e
Portugal, GUERRA DE CLASSE focada principalmente na ORTOGRAFIA.
O
sofisticado «animal» franquista reconhecia galego e português
IDÊNTICOS
até ao XV século: identidade ORTOGRÁFICA, léxica e sintática...
mas NORMATIVA OFICIAL OBRIGATÓRIA «sobretudo no tocante à
ORTOGRAFIA». E nele e em Fraga, os dois vilalveses, da Terra Chã,
CONDENSA-SE a metodologia da GUERRA DE CLASSE: proclamas
«democráticas e patrióticas» favoráveis ao «aproveitamento da
língua portuguesa e vínculos com a lusofonia» entrementres
empregam a mais dura REPRESSÃO, que muitas pessoas sofremos e
estamos a sofrer, contra os «perigosíssimos LUSISTAS», nas suas
bastardas palavras que não são as nossas.
Guerra
de classe contra a IDENTIDADE do povo galego, determinada pela sua
língua, que se concreta no Decreto 173/1982 de 17 de novembro de
«NORMATIVIZAÇÃO da língua galega». E a ideologia NAZI do PP
define-a Ana Pontão ao afirmar que FAZ JUSTO O CONTRÁRIO DO QUE
PROMETE: «A NORMATIVIZAÇÃO para a SUPERVIVÊNCIA da língua galega
[é justo para o contrário: MATAR o galego] prudente previsão que o
[clandestino e a traição] Acordo
Real
Academia
Galega com o Instituto da Língua Galega fez possível em 3 de julho
de 1982... A Normativização... CRUCIAL... para a NORMALIZAÇÃO
linguística do galego».
NORMATIVIZAÇÃO
E NORMALIZAÇÃO VERSUS ALFABETIZAÇÃO
Normativização
para continuar o ANALFABETISMO existente porque «o galego não
estava na escola, nem era a língua do poder, nem corria (sic.) na
escritura». Normativização para ERRADICAR A ORTOGRAFIA SECULAR DO
GALEGO e confundir o povo galego para que escrevesse mal e
continuasse ANALFABETO. Normativização para que o povo galego
continuasse ANALFABETO e ignorante da sua própria língua e
literatura escrita na ORTOGRAFIA pretensamente ERRADICADA.
Normativização para IMPEDIR que o povo galego pudesse ler e
entender os seus cancioneiros, as suas cantigas, a sua poesia, a sua
música, a sua prosa, a sua literatura escrita na Galiza atual, no
Portugal atual, na Castela atual, na Andaluzia atual durante séculos,
tantos e tão vasta literatura que tudo é mais do que suficiente
para a abafante conclusão de que o galego foi língua peninsular
(povo e Cortes) até aos começos do XV século [porventura até ao
XVI século] como parece indiciar o Cancioneiro de Baena (prov.
Córdova, 1430-35-55?) compilado para João II de Castela, nascido em
Touro, pai de Isabel I de Castela proprietária do original, hoje na
França. Normativização que, numa palavra, pretende IMPEDIR ao povo
galego VER A IDENTIDADE DA GALIZA COM PORTUGAL, a sua língua e
ORTOGRAFIA COMUM,
a sua história COMUM e a sua COMUNIDADE NACIONAL: A UNIDADE NACIONAL
DA GALIZA E PORTUGAL. Normativização, a traição, o golpe de
Estado contra as «Normas ORTOGRÁFICAS do idioma galego» elaboradas
pela Comissão Linguística presidida por Ricardo Carvalho Calero,
criada pela Junta Pre-autonómica presidida pelo franquista Rosón em
1979. Normativização, a traição, o golpe de Estado contra a
ORTOGRAFIA galego-portuguesa, contra a UNIDADE linguística do galego
e do português. Quer dizer, Normativização para continuar o
franquismo e o bilingüismo de 1971 de Villar Palasí, a RAG e o ILG.
Normativização
contra Ernesto Guerra da Cal que em 1959 e muito antes ESCREVIA COM A
NOSSA ORTOGRAFIA, a do galego e a do português, e publicou com
Galáxia
«LUA de alén MAR» com uma nota de autor em que PROCLAMAVA EMPREGAR
A ORTOGRAFIA PORTUGUESA PARA O GALEGO por razões HISTÓRICAS
E
CIENTÍFICAS e considerar INADIÁVEL A UNIFICAÇÃO [não
escreve reintegração]
LINGUÍSTICA COM PORTUGAL seguindo a Murguia... E quanto antes
reconheçamos esta VERDADE, antes recuperaremos a nossa antiga voz e
a vista dos olhos para vermos vastas perspetivas [concretizadas
hoje na CPLP].
Numa
palavra, NORMATIVIZAÇÃO dos inimigos de classe e de nação para
submeter-nos à mais abjeta condição de seres humanos.
Normativização e depois NORMALIZAÇÃO para estabelecer e IMPOR
como NORMAL O ANALFABETISMO do povo galego na sua própria língua e
cultura. Para IMPOR A REPRESSÃO às
pessoas por razão de língua [a última publicada, negar uma beca
por a solicitar em galego]. Normalização para que todos os galegos
tenham o direito de usar o galego mas não para garantir e assegurar
os direitos individuais e coletivos do povo galego de ser
ALFABETIZADO na sua própria língua e cultura. Normalização para
os poderes públicos «promover» mas não para assegurar, garantir,
estar OBRIGADOS por lei para em cinco anos ter uma geração de
pessoas com estudos universitários na sua própria língua e
cultura, crianças ALFABETIZADAS e jovens com estudos meios na sua
própria língua e cultura. NORMALIZAÇÃO para que em todos os
âmbitos da VIDA, e da morte, das pessoas galegas, dentro e fora da
Galiza, IMPERE o espanhol, sejam submetidas por força a VIVEREM
assediadas e abafadas pelo espanhol IMPOSTO pelos mesmos de sempre, a
secular monarquia, o franquismo e os seus continuadores atuais.
A luta das classes manifesta-se
não apenas nas línguas mas também nas palavras. A TIRANIA da
classe dominante tenta ocultar-se com palavras bastardas, utilizando
sempre uma linguagem que mascare os seus crimes. NORMATIVIZAÇÃO E
NORMALIZAÇÃO contra ALFABETIZAÇÃO. ALFABETIZAÇÃO define um
direito basilar das pessoas particularmente das crianças e tudo o
que atentar contra essa palavra e o seu significado é CRIME DE LESA
HUMANIDADE. NORMATIVA-NORMAS é sanção. NORMALIZAR a colonização
é CRIME.
Reintegracionismo
são dezassete letras contrárias à didática e a pedagogia
da ALFABETIZAÇÃO e mesmo PATRANHA: à Galiza não há que a
integrar em Portugal, há que ALFABETIZAR a população galega na sua
própria língua e cultura para que ela em por si veja que a Galiza é
Portugal e ao invés.
É uma questão de sujeito político, de direitos civis e políticos,
de direitos económicos, sociais e culturais. É utilizar a linguagem
e as palavras que mais cumpre para as entender a população. À
Galiza não há que a REINTEGRAR em Portugal, há que a LIBERTAR DA
TIRANIA espanhola para a sua população exercer os seus direitos, os
direitos que como povo e nação lhe correspondem, direitos
reconhecidos nas leis internacionais e nas espanholas a começar pelo
direito à INSURREIÇÃO.
LUSO, LUSOFONIA, LUSISTAS,
LUSITANO, LUSITANISTAS e todas as derivadas são mais NADA do que uma
PATRANHA que mais uma vez nos NEGA, uma PATRANHA para NEGAR à Galiza
e ao povo galego, para NEGAR A IDENTIDADE E UNIDADE DA GALIZA E
PORTUGAL. Vejam o que escreveu Castelão no que diz respeito: «[a
lírica dos trovadores] passou da Galiza para o reino vizinho, COM
TODOS OS ELEMENTOS DA NACIONALIDADE PORTUGUESA, condecorando-a logo
com o pomposo nome de LUSITANA para dissimular [NEGAR, OCULTAR] as
suas verdadeiras origens que só na Galiza e Leão podem buscar-se e
não no decantado cruzamento com os moçárabes da Estremadura
convertidos por Teófilo Braga em FANTÁSTICAS lendas [a mesma
PATRANHA que a de Menendez Pidal e Constantino Garcia, este para
negar a unidade da língua]. T. Braga retifica e reconhece a ORIGEM
GALEGA dos Cancioneiros de Roma [Cancioneiro da Vaticana: 75 poetas
galegos, 30 portugueses (alguns na dúvida se galegos se portugueses)
e 11 do resto da Espanha, ver http://cantigas.fcsh.unl.pt] e,
continua Castelão, nada mais longe do pensamento de T. Braga de
inventar uma RAÇA portuguesa...». [Teófilo Braga deixou escrito
que «o afastamento da Galiza de Portugal provém da falta de estudo
da tradição e da falta de PLANO POLÍTICO dos que nos têm
governado». A ameaça de GUERRA espanhola contra a República e o
extermínio republicano-burguês do proletariado português impediram
qualquer plano].
Normalizar o disparate, o crime,
o linguicídio, o racismo, a ignorância, o analfabetismo, a
patranha, o acientífico, eis o crucial.
Normalizar a língua? Normalizar
o exercício dos direitos linguísticos da população galego-falante
e da outra que TODA tem o direito, também como o dever, a ser
ALFABETIZADA na sua própria língua e cultura e os poderes públicos,
a Junta e o governo espanhol, têm o DEVER, A OBRIGA legal de
assegurar, garantir o exercício de esse direito basilar.
E como a luta das classes existe
e os governos galego e espanhol representam o capitalismo espanhol,
imperialista e colonialista, e adláteres, fazem a política que lhes
cumpre: GUERRA contra o proletariado e a nação galega. Em 13 de
outubro de 1983, Felipe González, presidente do governo espanhol
ataca com recurso de inconstitucionalidade o povo galego O PRIVANDO
do reconhecimento legal do seu DEVER DE CONHECER O GALEGO e uns meses
antes, em 30 de março, El-Rei assina o Real Decreto 736/1983 de
medidas complementares para a Reconversão Naval contra o
proletariado galego de ASCON E ASTANO, estaleiros navais.
Normativização é crucial,
angustiante, capital, crítica, cruciforme, decisiva, essencial,
mortificadora, terminante para a Normalização.
A Normalização, a UNANIMIDADE,
o CONSENSO, o DIÁLOGO... tudo durante três décadas determina
chegarmos à situação atual: situação limite do galego...
Os poderes institucionais não
querem ALFABETIZAR o povo galego, querem-no ANALFABETO e todas as
medidas que tomam têm este objetivo. O poder institucional na Galiza
desde Rosón até Feijó foi um poder político de ideologia
franquista sem qualquer oposição significativa, eficaz.
O
poder NÃO institucional, os movimentos em favor da língua, eram e
são em favor da língua, mas NÃO SÃO EM FAVOR DAS PESSOAS A
EXERCITAREM OS SEUS DIREITOS, pessoas que têm direitos, um deles, o
direito à EDUCAÇÃO na própria língua e cultura, à
ALFABETIZAÇÃO. Mesmo foi criada e tem muita presença uma Mesa em
favor da NORMALIZAÇÃO linguística que no presente afirma ser Mesa
pola NORMALIZAÇÃO e nega ser Mesa pela NORMATIVIZAÇÃO, como se
uma e outra não fossem durante trinta anos INDISSOLUVELMENTE
ANALFABETIZADORAS, LINGUICÍDAS, RACISTAS E REPRESSORAS, e tudo com
UNANIMIDADE, CONSENSO, DIÁLOGO, PROPOSTAS INTEGRADORAS...
E no meio de tudo, o Tratado de
Relações Culturais entre a Galiza e Portugal, proposição NÃO de
lei apresentada em 22 de fevereiro de 1983 (para comemorar o 23-F)
por Camilo Nogueira no parlamento presidido pelo ASSASSINO (clamava o
Obradoiro em 25 de julho de 1978) Rosón e também foi aprovada por
UNANIMIDADE e até hoje continuamos com analfabetismo, linguicídio,
racismo e repressão...
Tudo
porque os movimentos ditos em favor da língua não foram o que
tinham e têm de ser: movimentos em FAVOR DA ALFABETIZAÇÃO das
pessoas; grupos de pessoas ALFABETIZADORAS QUE PERMANENTEMENTE E
ORGANIZADAMENTE desenvolvessem campanhas de ALFABETIZAÇÃO, DIFUSÃO
E CONHECIMENTO da língua e cultura galega e portuguesa no rural, na
cidade e no mar. O Voluntariado ALFABETIZADOR seguindo nos factos a
ERNESTO GUERRA DA CAL, desde 1959 até ao 2014, 55 anos passados,
meio século de trabalho ALFABETIZADOR, quais seriam os resultados?
«Gallego como tu»? E mesmo sem fazermos caso do Ernesto e do seu
Eça de Queirós, se fizermos caso do João Vicente Biqueira e
estudarmos galego (ALFABETIZAR-NOS) com gramáticas e dicionários
portugueses, desde que o propus em a Nossa Terra, idearium das
Irmandades da Fala da Galiza … e Portugal, vai fazer um século,
quanto não teríamos avançado? E quanto não avançamos desde que
em 6 de dezembro de 1991 proclamamos em Compostela: GALIZA-PORTUGAL,
UNIDADE NACIONAL? Desde que CONFRONTAMOS, DENUNCIAMOS, SINALAMOS o
inimigo de classe, o inimigo da Galiza, o inimigo da IDENTIDADE E
UNIDADE da Galiza e Portugal e os que se lhes submetiam, colaboravam,
unanimizavam, dialogavam, consensuavam, desde que começamos a luta
ideológica contra a ideologia LINGUICÍDA, RACISTA E REPRESSORA dos
inimigos do galego e dos mornos ou falsificadores do pensamento dos
nossos e das nossas melhores: a UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL,
quanto não avançamos? E quanto não avançaríamos se a dia de hoje
nos UNÍSSEMOS
para criar a UNIÃO NO PORTUGUÊS
NA GALIZA para ALFABETIZAR, organizar e mobilizar o proletariado e as
classes trabalhadoras galegas contra os ANALFABETIZADORES,
LINGUICÍDAS E REPRESSORES?
A
experiência destas duas últimas décadas de cursos, panfletos,
propaganda, etc. TUDO em língua portuguesa, não em normativa AGAL
que ficou no XVI século, NÃO DÁ
PARA ESCLARECER O QUE FAZER de Lenine?
O
QUE FAZER?
1º ASSUMIR, PROCLAMAR E PRATICAR
nacionalistas, independentistas, TODOS, a identidade e unidade do
galego e o português (AGE, BNG, PSOE, CIG, CCOO, UGT, USO, SLG, etc.
quantas campanhas de alfabetização não poderiam fazer?)
2º Dirigentes e não dirigentes
cursos ACELERADOS de galego com gramáticas e dicionários
portugueses para ALFABETIZAÇÃO acelerada que elimine castrapos e
instalações mentais do espanhol (a reiterada leite)
3º Parlamentares a falarem
português com sotaque galego nos Parlamentos TODOS. Por que
permanecem CENSURADAS, PROIBIDAS no Parlamento galego as falas
galegas demográfica e geograficamente maioritárias, as do galego
não «seseante» mas do português sibilante, sem que haja o menor
confronto dos ditos defensores da língua galega; por que não
defendem os seres humanos concretos com o seu rouco ou sibilante som?
Parlamentares a utilizarem ORTOGRAFIA galega que PROÍBE A
NORMATIVIZAÇÃO E NORMALIZAÇÃO em parlamentos TODOS, quer dizer,
escreverem em português.
Que fazer? Lutar, combater,
vencer o inimigo, não proclamar a UNANIMIDADE como o maior valor
para que este, o franquismo fuzilador que aninha no PP, cumpra a lei
que promulgam para a VIOLAR como durante trinta anos vem acontecendo.
Ajudar a mascarar o inimigo
afirmando que Tourinho e Fraga tentaram integrar a Galiza na
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa não é VERDADE nem com
Tourinho e muito menos, tudo o contrário, com Fraga.
Do que nós pudemos saber,
Tourinho ordenou duas pessoas com representação institucional da
Junta viajar a Lisboa para ter com o Secretário Executivo da CPLP
para a Galiza se integrar nela com Estatuto de Observador Associado,
depois de nós nos apresentar na entrada de uma reunião do Conselho
de Governo e rodeiado de polícias lhe dizer a Tourinho parado detrás
de dous «Sr. Tourinho, Galiza na CPLP»; respondeu: «o Governo
galego temos a nossa política», mais nada. Fomos falar com esses
dous cargos institucionais para saber qual o resultado da reunião
com o Secretário Executivo da CPLP e responderam que o Secretário
Executivo dissera que a CPLP não quer questões com a Espanha; se
esta consentir, tudo bem. Depois colocaram a questão da Galiza na
CPLP ao Moratinos, Ministro espanhol na altura dos Negócios
Estrangeiros com ZP e com ZP nada de nada: Tourinho não apelou à
mobilização do povo galego para obrigar ZP a dar licença para
integrar a Galiza na CPLP. FOI TUDO CALADO, CLANDESTINO, SECRETO...
Fraga
para além de assanhado perseguidor e repressor das pessoas a
defendermos nos factos o português, língua da Galiza, muitas o
podem contar, Morell NÃO conta, foi um dos que em 17 e 18 de julho
de 1997 cometeu o CRIME de ingerência interna nos assuntos da CPLP
que esteve a ponto de a DESINTEGRAR.
Nessa
data realizou-se em «Salvador da Bahia» reunião do Conselho de
Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa à que
assistimos como «convidados especiais com voz» Manuel Lopes pela
Galiza e Ramos Horta pelo Timor Leste. Estava concertado para ser
ratificado pelo Conselho de Ministros da CPLP que ONGs a defenderem o
português no mundo poderiam ter o Estatuto de Observador Consultivo
e nós cumpríamos essa condição. Havia uma outra questão de muita
maior categoria,
a defesa da Autodeterminação do Timor Leste que felizmente foi
assumida pela CPLP com os resultados conhecidos. Fraga Iribarne e
outros integrantes do Governo galego estavam em «Salvador da Bahia»
aquando o cônsul espanhol do Estado da Bahia (onze milhões de
habitantes na altura), Alonso Dezcallar, às ordens de Aznar e de
Fraga, foi-lhes contar aos ministros angolano e moçambicano que ETA,
Euskadi, a Galiza embora o representante esteja aí, o ministro
angolano dirigindo-se a mim em plena reunião do Conselho de
Ministros do dia 18, é uma grave questão que a um bebé como é a
CPLP lhe pode impedir o crescimento, e continuou, estamos de acordo
no do Timor Leste? (pergunta-afirmação) MAIS NADA. Para a Galiza
NADA. O riso de VITÓRIA do Alonso Dezcallar, a cabeça virada para
mim, sentado a dous metros, não é para esquecer nem eu nem a
Galiza. O ministro moçambicano martelou no mesmo e o CONCERTADO
ficou DESCONCERTADO com tal intensidade que só as reiteradas
intervenções do ministro português, Jaime Gama, puderam ACALMAR a
tensão e SALVAR A CPLP. Tudo causado pela nossa presença, a da
Galiza. Regressaram Fraga e governo galego no mesmo avião que eu.
Eles VITORIOSOS, a Espanha VITORIOSA e nós, a Galiza e Portugal e a
CPLP DERROTADOS e até hoje.
Que
éramos
nós? NADA, um mosquito num oceano.
Que era o que nos defendíamos e defendemos? TUDO E TODA A POTÊNCIA
ENDÓGENA do proletariado e do povo galego, a que a Espanha não pode
tolerar nem suportar porque MORRE E ESCACHA [«se deshilacha» Aznar
dixit]: A UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL.
Se
não queremos entender isto, não o mosquito mas a força da razão
do mosquito, a potência endógena da Galiza, continuaremos a «andar
à minhoca» sempre inferiores/inferiorizados relativamente à
Catalunha e a Euskal Herria que celebrou o Aberri Eguna com
assistência à manifestação de Xavier Vence e outras pessoas do
BNG; Sr. Vence, vira-se referenciado no Gara que informa em Euskara
da presença na manifestação da Palestina, a Escócia, a Catalunha
e hu é a Galiza em Gara, Sr. Vence?
Vejam a potência endógena do
povo galego. Meçam a potência endógena do povo galego: são 17.000
assinaturas mais possantes do que 17.000 pessoas a se manifestarem em
Compostela em favor do Português, língua da Galiza integrada na
CPLP? Nós achamos que a segunda. Meçam a potência endógena do
proletariado galego: são 31.000 assinaturas mais poderosas do que
31.000 pessoas desempregadas a se manifestarem em Compostela EXIGINDO
EMPREGO particularmente EM ASTANO A CONSTRUIR BARCOS? Nós achamos
que a segunda. Por que outros acham a primeira e não querem
encontrar a segunda? Será porque no terreno do inimigo PERDEMOS
melhor UNANIMEMENTE? As pessoas, o tempo, o dinheiro e atividade
empregada em apanhar 17 ou 31.000 firmas não dá para manifestação
doutras tantas pessoas?
Uma outra UNANIMIDADE: Plano
Geral de Normalização Linguística, aprovado no Parlamento em 22 de
setembro de 2004, editado em livro de 324 páginas pelo Sr. Tourinho
e Marisol López Martínez, Diretora Geral de Política Linguística
sem consultar o BNG e sem este obrigar o PSOE a cumprir o pactuado
noutro exercício de UNANIMIDADE.
O que nós defendíamos e estamos
a defender, 1. Português, língua da Galiza; 2. ALFABETIZAÇÃO do
povo galego na sua língua e cultura; 3. Galiza integrada na CPLP; 4.
UNIDADE NACIONAL da Galiza e Portugal, É TODA A POTÊNCIA ENDÓGENA
do proletariado e do povo galego, a potência que nos dá sermos
Portugal, a que nos dá o povo português, a República portuguesa e
os princípios da sua Constituição e a CPLP, potência endógena do
povo galego MUITO SUPERIOR à da Catalunha e Euskal Herria JUNTAS.
Se
quatro ex-operários de ASTANO fomos convidados oficialmente pelo
Ministro dos Negócios Estrangeiros da República portuguesa, Sr.
Jaime Gama, à constituição da CPLP em Lisboa em 1996 e uma vez
constituída recebidos pelo presidente do Conselho de Ministros, o
Secretário Executivo e o Secretário Executivo Adjunto,
respetivamente Sr. Jaime Gama, Sr.
Marcolino
Moco e Sr.
Joaquim
Rafael Blanco, o primeiro dos quais, o Sr. Gama, afirmou que a
relação futura seria pela língua, qual seria o tratamento que a
Galiza receberia se ali estiver uma outra representação mais
abrangente? Qual seria a potência endógena da Galiza? Se em 1997,
em «Salvador da Bahia» a Galiza estivesse mais e melhor
representada, qual seria a potência endógena do povo galego? A do
povo Maubere? A potência endógena da Galiza seria a do Timor Leste
que logrou que a CPLP defendesse o seu direito de Autodeterminação?
Qual seria a potência endógena da Galiza se a CPLP defendesse o seu
direito de Autodeterminação? Qual seria a potência endógena do
povo galego se uma representação de parlamentares do BNG e do PSOE,
os Sr. Francisco Rodríguez, Sr.
Bautista
Alvárez, Sr.
José
Manuel Beiras e os Sr. Tourinho, Sr.
Cortiço
e Sr.
Romeu
se apresentassem, como nós fizemos, perante o Sr. Kofi Annan,
Secretário-geral
da ONU, na abertura do Congresso Internacional de Ministros
Responsáveis pela Juventude em Lisboa em 8 de agosto de 1998 para
lhe solicitar por escrito uma resolução da ONU em favor da Livre
Determinação, a Independência e a Soberania da Galiza? Qual a
nossa potência endógena se uma outra representação, que não
fossemos nós, lhe colocasse a questão da defesa da Autodeterminação
da Galiza ao presidente da República portuguesa, Sr. Jorge Sampaio,
ao tempo que lhe presenteávamos um «Manuel Galego-Português de
História», e respondia a sorrir «Isso é MUITO COMPLICADO»? Seria
MUITO COMPLICADO se a questão fosse colocada à presidência da
República
portuguesa e à CPLP a meio da criada Assembleia Nacional da Galiza,
ou da Galiza e Portugal? Qual seria a potência
endógena do povo galego se eu aceitar o convite de Ramos Horta, já
nomeado Prémio Nobel
da Paz em Oslo, para participar na conferência internacional de
imprensa que ia começar de imediato, o Ramos Horta na porta
acenando-me para eu entrar com ele e eu por não lhe ROUBAR
protagonismo NÃO ENTREI: a Galiza a dar a volta ao mundo da mão do
Timor Leste! Ainda hoje me pergunto se fiz bem... E se em vez de ser
eu fossem alguns dos anteditos parlamentares? Uns e umas outras
viajaram faz muito pouco ao Sara Ocidental mas não aos países da
nossa língua.
E assim poderíamos contar um e
outro ensejo para DESPREGAR a potência endógena do povo galego,
sempre sem a Companha Santa dos e das que juraram defender à Galiza
com a mão sobre o «Sempre em Galiza» para a UNIR com Portugal, de
Castelão, sempre com a hostilidade quando não o combate ao que nos
fazíamos e tentamos continuar a fazer, sempre com o DESPRESTÍGIO,
criminoso DESPRESTÍGIO, mas também a fazer parte da luta das
classes, da GUERRA de classe...
A potência endógena do povo
galego em 1 de dezembro de 2002 ninguém a discutiu nem a comparou
nem a considerou inferior à da Catalunha e Euskal Herria e embora a
primeira SOLIDARIEDADE recebida na Galiza «enchapapotada» falava a
nossa língua e a VERDADE na nossa língua DERROTAVA A MENTIRA de
Mariano Rajoy em espanhol, ninguém se quer lembrar de Portugal. A
chave da MOBILIZAÇÃO, da potência endógena do povo galego, foi a
ORGANIZAÇÃO em Plataforma Cidadã «Nunca Mais», tudo até que a
força que a hegemonizava, o BNG, por boca de Bieito Lobeira,
determinou: 1. Eliminar as Assembleias Nacionais que se celebravam em
Compostela; 2. Matar a MOBILIZAÇÃO, a potência endógena do povo
galego, deixando «Nunca Mais» em «letargo ativo» nas suas
palavras.
A
potência endógena do povo galego em 21 de janeiro de 2010 com
50.000 pessoas convocadas por «Queremos Galego» a encherem o
Obradoiro bradando contra o governo galegófobo e exterminador do
galego foi tal que o deixou know out, à deriva, o afundimento
era iminente... Seguiram-se DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO do PP-PSOE
até que, perante o perigo de derrocada, no Parlamento às 11h00 da
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010, o galegófobo e exterminador do
galego, Rueda, assina com o defensor do galego NORMATIVIZADO E
NORMALIZADO, Guilherme Vázquez, do BNG e por sua iniciativa, e
CIG-CCOO-UGT, o salva-vidas do governo galegófobo, um documento
denominado «Galicia ten direito»... Mais uma vez, UNANIMIDADE,
consenso, diálogo, pacto... Acabou a querença
do galego e continuou a galego fobia
e o extermínio até hoje em que se anunciam para 17 de Maio, oito
manifestações para multiplicar por oito a do passado ano com coima
governativa que confirma a REPRESSÃO, anúncio tutelado por Bieito
Lobeira (BNG); nós mais uma vez queremos que se manifeste a potência
endógena do povo galego enchendo o Obradoiro com 50.000 pessoas,
coisa difícil dada a convocatória em oito lugares, oxalá que a
totalidade ultrapasse oito vezes as 50.000 de 21 de janeiro de 2010
sem que haja um 5 de fevereiro com iniciativa do BNG para salvar o
PP. Nós alertamos em base à experiência, à MEMÓRIA HISTÓRICA
recente que tem de ser contada, sobretudo para conhecimento e
adquisição de experiência da juventude.
Contar
coisas como as acontecidas no Parlamento europeu em que Ana Miranda
pretendeu IMPOR e de facto impus a uma representação galega de
preferentistas FALAR ESPANHOL devido, segundo ela, a um «problema
técnico» que consistia em que nos consideraram espanhóis e
portanto puseram tradutores de espanhol para o «gabacho» de turno
se rir dos «pobres gallegos» BURLADOS e a falar espanhol. Não
levará o meu voto, nem ela nem Jesus Domingues a falar espanhol em
Europa e a USURPAR a representação dos preferentistas da Galiza que
ninguém lhe outorgou: um caso de protagonismo ESPÚRIO
que Xavier Vence não critica. Não nos parece honesto nem da sua
parte nem do BNG o não respeito à INCOMPATIBILIDADE elementar de
representações e que está agora a acontecer: aquando fala nos
média Jesus Domingues, a nome de quem fala? Da Plataforma de
Compostela, das Plataformas da Galiza ou do BNG como candidato nº 4
ao Parlamento europeu? Nós NUNCA faríamos isso, respeitaríamos
a INCOMPATIBILIDADE, o mesmo que nos NEGAMOS a falar espanhol
derrotando a IMPOSIÇÃO da Ana Miranda e exercendo os direitos
reconhecidos na Carta Europeia dos Direitos Linguísticos: tradutores
PORTUGUESES para nós!
Durante muitos anos a defesa da
parte do proletariado galego da sua língua é um facto
inquestionável. Em ASTANO foi língua oficial nas assembleias de
milhares do operariado. Em Bazan podemos e devemos contar que em
1974/75 Rubem Ferreiroá Pernas falou em galego numa assembleia geral
onde estava PROSCRITO: os apupos foram IMENSOS mas aí ficou tudo.
Depois o galego tornou língua oficial nas assembleias proletárias
em Bazan e mesmo nas que se faziam no Inferninho, ASTANO-BAZAN, com
8.000 ou mais participantes.
Também
achamos que é um facto inquestionável que na brutal luta de classes
que se dou e se está a dar no campo da língua desde 1979-80:
espanhol, classe dominante, galego-português, classe dominada, a
defesa estava liderada por curas, professorado, intelectuais e mesmo
empresários, algum em favor da Reconversão de ASTANO, agora
empresários com filhos, como confessa
Morell, todos sem qualquer contacto com a classe obreira ou as
classes trabalhadoras e sobretudo com pensamento de categorização
ou de superioridade de classe que excluía
a classe obreira do seleto clube do «professor» ou «professora»,
«doutor
ou doutora»,
aristocrático título que se outorgavam e com que se elevavam. Este
elitismo classista
tresnoitado,
sustentado em alegados vastos conhecimentos TÉCNICOS da linguística,
a nosso ver, é o que os CEGA para ver ou ouvir que as línguas as
fonam PESSOAS, que as PESSOAS são primeiro que as línguas e as
pessoas para além de terem reconhecidos nas leis direitos
inalienáveis, também estão divididas em classes sociais e que uma
delas, o proletariado, com as suas lutas leva DEMOCRATIZANDO mais e
mais o Planeta até ao extremo
que esses inalienáveis direitos das pessoas foram reconhecidos
graças às suas lutas em todos os campos particularmente no campo da
educação cuja base é a ALFABETIZAÇÃO. Dito de outra maneira,
todos os alegados vastos conhecimentos técnicos linguísticos das
elites não valem nada, não servem para nada se não estão ao
dispor da IMENSA maioria da população, quer dizer, o proletariado e
as classes trabalhadoras, operariado, campesinato, as pescas,
soldad@s e marinheir@s. Para que sirvam
para ALGO, as elites, os intelectuais, o professorado, os empresários
com filhos, etc. para além das suas atividades profissionais têm o
DEVER de realizar outras muito menos brilhantes embora muito mais
eficazes, se o que se quer é que o Português seja a língua da
Galiza e o Português será a língua da Galiza aquando a população,
a começar pelo proletariado fabril, assim o interiorize,
e para isso acontecer não podemos esperar, tudo o contrário, que o
governo galegófobo e exterminador, linguícida, racista, repressor,
analfabetizador, faça qualquer coisa para APLICAR a lei de
aproveitamento do português e vínculos com a lusofonia (sic). As
elites têm o dever de fazer atividades INADIÁVEIS muito menos
brilhantes tais como distribuir à entrada das fábricas panfletos
ALFABETIZADORES, explicando que o português é a nossa língua, às
feiras, às lotas do peixe, às vilas e cidades de galego sibilante,
numa palavra, UNIÃO NO PORTUGUÊS NA GALIZA para desenhar e
implementar um vasto PLANO DE ALFABETIZAÇÃO de toda a população
galega contando com TODOS OS MEIOS de que se possa dispor.
Em
pleno XXI século a população galega permanece MAIORITARIAMENTE
ANALFABETA na sua própria língua
e cultura sem NINGUÉM sequer falar disto como uma das GRAVÍSSIMAS
agressões dos poderes públicos contra ela. Sem
«os doutores e as doutoras» isto DIAGNOSTICAR e prescrever o
pertinente remédio: ALFABETIZAÇÃO.
Em
16 de abril deste ano o II Congresso da Cidadania LUSÓFONA
outorgou-lhe o Prémio PERSONALIDADE LUSÓFONA ao galego Ângelo
Cristóvão,
secretário da Academia Galega da Língua Portuguesa, «pelo
incansável trabalho por reforçar os laços da Galiza e a
LUSOFONIA», prémio promovido pelo Movimento Internacional Lusófono
(MIL) com o patrocínio do Instituto Internacional de Macau, segundo
informa o próprio MIL. A página web do dito Instituto de Macau não
fornece qualquer dado acerca deste patrocínio.
Ângelo
Cristóvão
no seu discurso lido introduz conceitos tais como: «Associações
LUSÓFONAS galegas com vocação cívica e cultural que desde a
década de 70 trabalharam para conseguir ILP VPAndrade»; «o acordo
conseguido... para integrar à Galiza no espaço LUSÓFONO»; «a
UNANIMIDADE como GARANTIA de cumprimento da Lei 1/2014 vigorante
desde 9 de abril» votada dentro do Parlamento galego em 11 de março,
fora ardiam barricadas dos pescadores a protestarem contra a
DISCRIMINAÇÃO do ministro espanhol CANHETE na distribuição da
quota outorgada à Galiza de carapau e sarda e a comemorarem nos
factos o Dia da Classe Operária da Galiza. Acrescenta Cristóvão:
«Pode IMAGINAR-SE que o Governo central não está longe destes
parâmetros»;
«a redação [da lei] é coerente com a tradição de aproximação
LUSO-galaica de INÍCIO DO XX SÉCULO e até hoje»; «IMPEDIMENTOS à
participação GALEGA no Vocabulário ORTOGRÁFICO Comum».
A
SANTA COMPANHA MANDA MATAR A LUSÓFONA PATRANHA
A «aproximação» de INÍCIO DO
XX SÉCULO (1901, 1902 e 1903) denominou-se UNIÃO OPERÁRIA
GALAICO-PORTUGUESA e os LUSOS não estavam em Tui, Viana do Castelo e
Braga: tudo muito GALEGO...
Associações
LUSÓFONAS na Galiza não se conhecem muitas; porventura
ESTATUTARIAMENTE nenhuma. Uma delas denomina-se Academia GALEGA da
Língua Portuguesa embora o seu secretário num discurso de 13,24
minutos dissera 14 vezes a palavra «luso»
e derivadas, uma por minuto...
Nós
lutávamos
e estamos a lutar por integrar a Galiza na CPLP mas não na
LUSOFONIA; são dois conceitos radicalmente diferentes: amizade e
cooperação face PATRANHA fantasiosa e imaginativa de Baco e
filhinho dele tornado som.
Como
IMAGINAR que o Governo central não está nas antípodas desses
«parâmetros»
como demonstra a realidade mas não a fantasia imaginada na
UNANIMIDADE como GARANTIA de cumprimento da lei e por fim confessa os
IMPEDIMENTOS à participação galega no Vocabulário ORTOGRÁFICO
Comum... Talvez
disfarçados de LUSOS? Com passaporte da CIDADANIA
LUSÓFONA? Se pensarmos que os galegos somos portugueses, é
solicitar ou exigir do governo passaporte português justo por sermos
galegos: é isso o que é coerente no XXI século em que a carta de
cidadania está nas Constituições particularmente a portuguesa,
VALOR a conservar e usar e mesmo melhorar. A Ernesto Guerra da Cal
foi-lhe outorgado passaporte português por motivos POLÍTICOS: ser
galego e prestar importantes e reconhecidos serviços a Portugal.
Desde
António Cruz Rodrigues & Isaac Alonso Estraviz, INTEGRALISMO
LUSITANO português & INTEGRACIONISMO «LUSISTA» galego, até ao
Ângelo
Cristóvão
& Fernando
José de La Vieter Ribeiro Nobre, UNIDOS NA LUSOFONIA premiado e
premiador, se passaram duas décadas embora há coisas que não
mudam.
Fernando
Nobre (MIL) de UNIVERSAL personalidade humanitária, no campo
POLÍTICO na Nossa Terra suleira foi candidato INDEPENDENTE à
presidência da República portuguesa em 23 de janeiro de 2011,
obtendo 594.000 votos (14,1 %) recebendo 650.000 €, a terceira
força; Manuel Alegre (19,4 % dos votos), recebendo 800.000 €, a
segunda força e a primeira, Cavaco Silva (mais do 50 % dos votos)
recebendo 2 milhões de Euros. A opinião de que Fernando Nobre
propiciara a VITÓRIA do Cavaco Silva emergiu
indignada e cinco meses depois em junho de 2011, Fernando é eleito
deputado pelo PSD de Passos Coelho que o pretendia presidente da
Assembleia da República que logo não foi, isso sim, tudo como
INDEPENDENTE. Todo o mundo sabe na Galiza o que pensam e querem em
Portugal a respeito de Passos Coelho: «Está na hora de o Governo se
ir embora» por tornar Portugal um PROTETORADO da Troica (FMI, UE,
BCE); nós continuamos a pensar na IDENTIDADE COLONIZADA pelo Reino
da Espanha da Galiza e Portugal com Troica ou sem ela...
Isto
que escrevemos para Fernando Nobre alastra para Renato Epifânio,
também INDEPENDENTE, o MIL, a
Plataforma Ativa da Sociedade Civil que coordena o MIL e a LUSOFONIA
como conceito POLÍTICO, que o é. Quanto ao Prémio Personalidade
LUSÓFONA, o MIL outorgou-o a Lauro Moreira, Ximenes Belo, Adriano
Moreira e Domingos Simões Pereira; desta feita, ao Ângelo
Cristóvão
com o patrocínio do Instituto Internacional de Macau que ainda em 25
de abril de 2014 sostiene que «Macau foi um dos centros pioneiros da
UNIDADE do Mundo e da civilização UNIVERSAL» e que vai estimular
«a CONTINUIDADE DO MODELO CIVILIZACIONAL E VIVENCIAL de matriz
ocidental-europeia». Fundado em 1999 (um país, dois sistemas) para
«elevação cultural... melhor qualificação técnico-científica
da população de Macau SOBRETUDO dos estratos etários MELHOR
SITUADOS para o desenvolvimento de Macau»; com línguas portuguesa,
chinesa e inglesa e sócios fundadores portugueses, chineses e de
Macau, outorga um Prémio Jovem Investigador de $ 25.000.
Desconhecemos se o Prémio
Personalidade LUSÓFONA tem qualquer remuneração e se a tiver a
transparência é o pertinente. Em qualquer caso não está de mais
referenciar que no II Congresso da Cidadania Lusófona, em Lisboa, o
Secretário de Estado, Manuel Pinto Abreu falou da importância
ESTRATÉGICA do mar; o que não sabemos é se falaria da importância
ESTRATÉGICA da UNIÃO da luta do proletariado dos estaleiros navais
portugueses e galegos; temos a certeza de que a UNIÃO DA LUSOFONIA
não contempla a UNIÃO proletária galego-portuguesa...
A
LUSOFONIA é um conceito profundamente reacionário e contrário a
qualquer progresso. A história do Reino de Portugal faz parte da
história da ESCRAVATURA, do GENOCÍDIO secular, mesmo contra o seu
próprio povo e da pertinente ACUMULAÇÃO DE CAPITAL para construir
o CAPITALISMO que escreveu Marx. É uma história secular
particularmente desde o Tratado de Tordesilhas que lhe outorga a
Portugal a metade do mundo em troca da Galiza que reivindicava como
própria desde Afonso Henriques,
é uma história secular mas também recente: a Cruz da Ordem de
Cristo presidia desde os helicópteros e aviões os massacres
cometidos pelo exército colonial português em África.
José
Phahlane Moiane, Tenente-General moçambicano, publicou em junho de
2009 «Memórias de um guerrilheiro» em que referencia o Massacre de
Mukunhura em 1970, em 1971 o Massacre de Wiriano na ofensiva dita
«Nó-Gordio» dirigida pelo general português, Khaúlza de Arriaga.
José Moiane, chefe do Departamento da Defesa da Província de Tete e
chefe de Operações em 1971, conta-o em primeira pessoa: «Aquilo
foi um inferno, para nós e para as populações nas regiões entre
os Rios Dhake e Zambeze, no monte Nkhalambakafué. Muita
gente morreu de fome e sede mas também de bombardeamentos, massacres
e outro tipo de chacinas.
Khaúlza de Arriaga usou a
Política de MATAR TUDO o que tem VIDA... Política de «Terra
queimada».
Também relata que o Capitão
Ramalho Eanes comandava a companhia que tinha bloqueado a zona de
Maua até Nipepe na Niassa Oriental... e até ficou chamado [a zona
de Niassa onde operava o guerrilheiro Francisco Muzuze] de «Novo
Vietname» pelos bombardeamentos... [1966]
O genocídio é um crime que
NUNCA prescreve e achamos de justiça que estes crimes não fiquem
IMPUNES e muito menos que se tentem mascarar com conceitos ou
razoamentos como os de Agostinho da Silva, inspirador do MIL, que
considerou o 25 de Abril como um «pronunciamento militar sem grande
largueza política» que «voltou as costas ao espaço LUSÓFONO».
E
acabamos pelo começo: UNÂNIMES
os países e os povos de língua galego-portuguesa, têm de rejeitar
o imperialismo e o colonialismo, condenar os seus crimes e conseguir
acabar com a IMPUNIDADE para que impere a VERDADE, o imperialismo da
VERDADE E DA JUSTIÇA no mundo particularmente
para a nossa língua na Galiza, o Português: a UNIDADE do povo
galego-português e a CPLP MOBILIZADOS é a GARANTIA do exercício
dos nossos direitos linguísticos nomeadamente a ALFABETIZAÇÃO.
Em
Ferrol, sexta-feira, 25 de Abril de 2014, quarenta anos da Revolução
dos Cravos