Caras amigas e amigos da Fundação Bautista Alvárez:
QUEM NOS DERA!
A Galiza com categoria de Observador Associado da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa como afirma João Costa Casas na página
184 do Terra e Tempo nº 171 «Cinquenta perguntas, cinquenta
argumentos para a soberania da Galiza» num seu artigo intitulado
«Qual seria a relação com Portugal? [da Galiza]
Quem nos dera a Galiza como Observador Associado à CPLP porque
teríamos vencido a IMENSA força que exerce o COLONIZADOR espanhol
sobre nós próprios, a Galiza, sobre Portugal, sobre TODOS os países
que a integram (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e o
Timor-Leste) e sobre a CPLP.
IMENSA força exercida pelo Reino da Espanha que EVITOU a presença e
reconhecimento da Galiza ou de organizações da Galiza no seio da
CPLP embora as iniciativas e trabalho realizado por alguns de nós,
algumas organizações e do próprio governo galego, iniciativas e
trabalho que no nosso caso são anteriores à criação da CPLP em 17
de julho de 1996 em Lisboa.
Pode-se afirmar que o que singularizou, caracterizou ou significou à
CPLP desde antes da sua criação foi o SILÊNCIO ou a CENSURA
imposta em tudo o relativo às iniciativas e trabalhos visando para a
Galiza ou organizações galegas terem presença na CPLP com a
categoria de Observador Associado ou Observador Consultivo.
Embora tentássemos contactos com o Sr. Aparecido de Oliveira, embora
fossemos oficialmente convidados pelo Ministro dos Negócios
Estrangeiros, Sr. Jaime Gama, quatro ex-operários de ASTANO, e
depois recebidos pelo presidente, secretário executivo e secretário
executivo adjunto da CPLP, embora Manuel Lopes [Zebral] pela Galiza e
Ramos Horta pelo Timor-Leste fossemos «convidados especiais COM VOZ»
na Reunião do Conselho de Ministros da CPLP realizada em 17 e 18 de
julho de 1997 em Salvador da Bahia.
Embora em 1998, na Cimeira Internacional de Ministros Responsáveis
pela Juventude entregássemos em mão ao Secretário-geral da ONU,
Kofi Annan, duas petições de Resolução da ONU que reconhecesse o
direito de livre determinação, independência e soberania à
Galiza, tudo graças a Portugal e ao Brasil; embora acompanhássemos
em Oslo Ramos Horta e o bispo Ximenes Belo na entrega e cerimónias
do Prémio Nobel da Paz.
Embora outras iniciativas e trabalhos de outras entidades e mesmo do
governo do Tourinho, TUDO FICOU NO SILÊNCIO E NA CENSURA da própria
CPLP imposta pela Espanha; mesmo a CIG integrante de pleno direito da
Comunidade Sindical dos Países de Língua Portuguesa fica OCULTA na
relação de Observadores Consultivos da CPLP, categoria que tem a
CSPLP.
Numa palavra, todas iniciativas e trabalhos, nossos ou doutros
durante cerca de duas décadas FICARAM ABAFADAS, OCULTAS E CENSURADAS
no seio da CPLP, para a opinião pública galega, portuguesa e a dos
países da CPLP.
Pode-se afirmar, também, que desde a Galiza, desde as pessoas,
entidades e instituições da Galiza, as iniciativas e trabalhos
foram só de uma MINORIA da que fomos pioneiros e combatidos e
desprestigiados por defendermos duas ideias, aliás, aprovadas na
Assembleia Nacionalista de Lugo das Irmandade da Fala da GALIZA (…)
e PORTUGAL [significantes e significados estes (TERRITÓRIOS) SEMPRE
CENSURADOS]: 1.- Português, língua da Galiza e 2.- Galiza e
Portugal nação ÚNICA.
Pode-se afirmar que o governo de Tourinho (PSOE-BNG) SILENCIOU a sua
iniciativa de SOLICITAR integrar à Galiza com a categoria de
Observador Associado à CPLP e que se submeteu à negativa do
Moratinos, Ministro de Exteriores de ZP, a autorizar a operação.
Pode-se dizer que o posicionamento do Terra e Tempo através de
Carlos Callon Torres e João Costa Casas e das pessoas a integrarem o
Padroado da Fundação Bautista Alvárez chega com cerca de duas
décadas de retraso e com o ERRO, grosso, da Galiza Observador
Associado à CPLP (quem nos dera!) MAS como entendemos que vai na
direcção correcta e envolve, assim o consideramos, à União do
Povo Galego e porventura ao BNG e ao dito nacionalismo e não apenas,
ao proletariado e ao povo galego, PROPOMOS a Bautista Alvárez e à
Fundação convocar pessoas, entidades e instituições da Galiza e
da CPLP para INFORMAR, DEBATER E APROVAR o que cumpre para a Galiza
se integrar na CPLP e esta defender o seu direito à autodeterminação
como defendeu o do Timor-Leste. QUEM NOS DERA!
E peço licença para encorajar dizendo que o que aconteceu o 22 de
julho de 2014 na Cimeira de Díli com a integração da
Guiné-Equatorial com moratória da pena de morte, com a concessão
da categoria de Observador Associado ao Japão que em 26 de junho de
2014 aplicou a pena de morte, candidatou-se em 4 de julho e 18 dias
depois recebe a concessão, à Turquia que aboliu a pena de morte
embora Erdogan proclame para a restaurar e que se candidatou em 3 de
março de 2014 e outras cousinhas ENCHEM-NOS de razões, ENCHEM de
razões à Galiza para nos chantar no Palácio de Penafiel da rua de
S. Mamede em Lisboa e nos MANIFESTAR com o apoio do povo lisboeta,
português e as suas organizações EXIGINDO a Galiza na CPLP com ou
sem autorização do governo espanhol.
Em Ferrol, terça-feira, 29 de julho de 2014
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