«O território galego segue DIVIDIDO POLITICAMENTE pela
fronteira que separa Portugal de Hespanha» escreveu Castelão há 75 anos.
Passados 75 anos podemos escrever o mesmo? «Assim, também é seguro que a Galiza
e Portugal se juntarão algum dia». Portugal é Pátria Galega? Para Castelão e
galeguistas, era. Para «Hirmandade da Fala en Galicia e nas Colónias gallegas
d'América e Portugal», era. É-o para nós? Passados 75 anos se pode afirmar que
nenhuma organização tem no seu programa «RESTAURAR A UNIDADE da Galiza, juntar
os nacos deslocados [da Galiza], UNIR AS DUAS GALIZAS DESLOCADAS».
Aquando nos manifestamos no Dia da Pátria consideramos
Portugal Pátria Galega? No último meio século em âmbitos ditos nacionalistas
não só não se considerou como também se COMBATEU, e com sanha, a ideia da
UNIDADE da Galiza e Portugal e a praxe pertinente-coerente: a nossa.
Combateu-se com campanhas INAUDITAS de desprestígio pessoal permanente
coincidentes com as do inimigo colonialista espanhol. Durante um quarto de
século mantivemos e mantemos o facho acesso: O DA UNIÃO PROLETÁRIA E NACIONAL
DA GALIZA E PORTUGAL. Não podemos nem queremos presumir de nada. Nada somos.
Apenas constatar que «o nosso caso é muito mais SIMPLES que o dos bascos e
catalães», afirmou Castelão há 75 anos, pela existência de Portugal e a
possibilidade de «um convénio, um pacto» entre a Hespanha e Portugal para UNIR
as duas Galizas. Hoje, o nosso caso, UNIR as partes da nação DIVIDIDA, é muito
mais FÁCIL do que o dos bascos e catalães pela existência da República
portuguesa e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) cuja ação
política e diplomática determinou a Independência do Timor Leste sob os
auspícios da ONU. Contribuiria para a da Galiza se não fosse impedido por
Fraga-Aznar-Alonso Dezcallar no seio da CPLP em 1997 com a indiferença,
passividade e mesmo contrariedade do dito nacionalismo. Essa contrariedade,
seja qual for o dito nacionalismo, continua a ser um TRAVÃO de primeira ordem
que está a IMPEDIR A UNIÃO OPERÁRIA E NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL. A UNIÃO do
proletariado galego e português é reivindicar, organizar e mobilizar por
ASTANO-LISNAVE CONSTRUIR BARCOS para EMPREGO, aumento de salários, jornada de
35 h/semanais, fuso horário português na Galiza, jubilação aos 60 anos (40
pagos) com 100 %, SALÁRIO SUFICIENTE, nada de mínimo. A UNIÃO NACIONAL DA
GALIZA E PORTUGAL É DEMOCRACIA. Não há democracia sem reconhecer e implementar
o direito à Autodeterminação e
Independência da Galiza e do Portugal esmagado pelo FMI, pela troika. Portugal
não pode ser um protetorado, uma colónia portanto.
Todas as proclamas de UNIDADE, «vamos junt@s», «nação
galega», conjunturais e despistadas ou mal-intencionadas, não contemplam, o
«compostelanismo» de funcionariado não quer ver o proletariado, o de Ferrol, o
de Vigo, o da Galiza, a imensa maioria da população. E para continuarmos no
submetimento em UNIDADE, substitui a palavra-conceito Galiza por «nação galega»
com bandeira incluída. «Vamos junt@s» porque «o país está roto» [a Galiza derrotada]?
Não! O diagnóstico continua a ser «o território galego segue DIVIDIDO
POLITICAMENTE pela fronteira que separa Portugal da Galiza» e o remédio:
COMBATE com todas as forças das que dispomos, Portugal e a CPLP, um exército de
250 milhões de pessoas, SUPERIORES à dos bascos e catalães, para UNIR AS DUAS
GALIZAS, para UNIÃO PROLETÁRIA E NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL. Independência,
Socialismo e Feminismo? Abstrato. Concreto: UNIÃO proletária, SOCIALISMO. UNIÃO
de mulheres proletárias, FEMINISMO. UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL,
INDEPENDÊNCIA.
«Nação galega» referencia a UNIDADE na Plataforma
Cidadã Nunca Mais. Nós levamos tempo utilizando-a como referência mas para
criarmos algo superior, melhor, para UNIR a Galiza PERMANENTEMENTE, as duas
Galizas, a ASSEMBLEIA NACIONAL DA GALIZA, pessoas (notáveis ou não), entidades
(qualquer organização) e instituições (concelhos, deputações...) para a meio do
combate, da luta, não pelo amanhado voto, DERROCAR O FRANQUISMO que aninha no
PP, derrocar os amigos de narcotraficantes, Feijó-Rajoy, para DEMOCRACIA, para
a Galiza LIVRE determinar a UNIÃO com Portugal.
Neste quadro de franquismo ladrão e narcotraficante
IMPUNE, em 15 de julho de 2015 tornamos ao franquista Decreto 1433/75 de 30 de
maio para ensino das línguas «vernacúlas». O franquista Bahamonde, a
representar o franquismo que aninha no PP, aliado com o BNG e outras
organizações para MATAREM, mais uma vez, a língua da Galiza, o Português. Um
ano atrás, em 25 de julho, Dia da Pátria, BNG proclamara os benefícios de
conhecermos e utilizarmos o Padrão Internacional da nossa língua, o Português e
mesmo nos incluía, a Galiza, na CPLP.
O proletariado e o povo galego organizado e mobilizado
na Assembleia Nacional da Galiza para a derrocada do Feijó-Rajoy e a sua monarquia
franquista, tornará a Galiza LIVRE para determinar UNIÃO COM PORTUGAL.
Comecemos por uma GRANDE MANIFESTAÇÃO NACIONAL CONTRA OS INCÊNDIOS na Alameda
de Compostela, às 12h00 do domingo, 9 de agosto de 2015. E se a lograrmos,
INSURREIÇÃO.
Em Compostela,
sábado, 25 de julho de 2015
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E
PORTUGAL
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