O FUTURO DE
NAVANTIA, ASTANO CONSTRUIR BARCOS
O
meu nome é MANUEL LOPES ZEBRAL representante da COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO
NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL cujo objetivo é a defesa da Livre Determinação,
Independência e Soberania da Galiza.
1.
Manifestar
a nossa solidariedade com as VÍTIMAS particularmente as mulheres da GUERRA
imperialista encabeçada pelos EUA-UE e os seus aliados, a Turquia, Israel,
Arábia Saudita e Qatar e condenar os desmesurados esforços que estão a fazer
Hollande, para envolver na GUERRA contra a Síria de Bashar al-Assad a mais
países, e sobretudo o Erdogan da Turquia para provocar uma GUERRA MUNDIAL
NUCLEAR ao abater às ordens de um general espanhol, diz-que, um caça da Rússia
com a que manifestamos a nossa solidariedade particularmente com os pilotos do
caça abatido.
2.
Encorajamos
para convocar Plenário Extraordinário para proclamar que a luta em favor da
PAZ, contra a GUERRA imperialista, requer a mobilização do proletariado e dos
povos das nações unidas particularmente agora em que com a excusa dos atentados
do Estado Islâmico, criado e às ordens dos EUA-UE e aliados, Hollande está a
desenvolver uma grande ofensiva contra o proletariado e contra as liberdades
democráticas na França, na Bélgica e mesmo no Reino da Espanha que só benefíciam
o fascismo.
3.
ASTANO
CONSTRUIR BARCOS é uma reivindicação resultado de uma GUERRA contra o
proletariado da Galiza e Portugal, encerrando ASTANO e LISNAVE, para hegemonia
e MONOPÓLIO da Coreia do Sul, aliada dos EUA em GUERRA desde 1950 contra a
Coreia do Norte.
4.
Os
danos dessa GUERRA podem ser quantificados na perda de dezenas de milhares de
postos de trabalho, só em ASTANO, dez mil. A ruína de Ferrol que perdeu
população como se duma GUERRA CRUENTA se tratar. Uma imensa degradação e
pobreza do modo de vida particularmente o derrotismo em que sumiu a capacidade
de combate do proletariado ferrolano graças aos sindicatos e os seus
«liberados» vagos.
5.
Tudo
começou com o Decreto de Reconversão Naval de El-Rei João Carlos I e Felipe
González com o concurso de Gácio Caeiro da UGT. Culpáveis primeiros PSOE-UGT. A
resistência proletária produziu três greves gerais na Galiza durante o ano de
1984. A derrota veu porque CCOO, segundo culpável, entregou-se à indignidade de
recomendar se solicitasse a rescisão/suspensão do contrato. Indignidade também
da INTG-CIG, terceira culpável. Eu próprio fui despedido por El-Rei e Felipe
González por me negar a solicitar se me rescindisse o contrato, aliás,
franquista: obrigava a deixarmos o emprego em favor de qualquer «caballero mutilado
de guerra». Deixem-me que lhes conte que para emporcar a dignidade da minha
negativa a solicitar ser despedido, Dongil a representar a CCOO proclamava que
eu não fora despedido, que «pedira a conta», que «me fora voluntário»…
6.
Foram
anos de mobilização e de luta pela readmissão das pessoas despedidas, milhares,
com vitórias, dentro da imensa derrota, como a dos ditos «seis despedidos»,
readmitidos em ASTANO depois de 150 dias encerrados no local do Comité de
Empresa, ou a dos de AUXINI. Eram tempos em que a luta era aberta contra os
sindicatos e os seus «liberados» vagos, do lado dos capitalistas contra os seus
próprios companheiros de trabalho e de classe. Foram os tempos da grande
indignidade e da imensa corrupção dos dirigentes sindicais, do «salve-se quem
puder». Nesse quadro nos organizáramos até mais de duzentas pessoas para a luta
e conseguirmos o reingresso em ASTANO e a mim me fora encomendada no SMAC a
representação até atingir o ingresso em ASTANO. Eu ainda hoje conservo
legalmente essa representação. Nessa luta que dura anos, tinhamos os sindicatos
como primeiros e mais próximos inimigos que mesmo violavam os seus Estatutos
contra nós sem nos fornecer a assistência jurídica à que tinhamos direito ou
com afuzilamentos mediáticos como o de Afonso Telhado Sande a representar a
INTG-CIG que através de «La Voz de Galicia» acusa Zebral de «levar os
trabalhadores a um calexon sem saída» ou as insídias da corrupção da INTG-CIG
de Emílio Cagião nos ouvidos das vítimas combatentes de QUEGALSA: «se deixares
Zebral terás trabalho de por vida nas Companhias Auxiliares».
7.
Chegou
Aznar em 1996 para intensificar a GUERRA contra nós. Decreta a desaparição de
ASTANO mudando-lhe o nome e os demandantes, nós, ficamos sem a quem demandar.
Continua a proibição de ASTANO CONSTRUIR BARCOS. Desde Aznar até 1 de dezembro
de 2008 é uma permanente proibição mesmo com o governo PSOE-BNG na Galiza.
Nessa data tinhamos apresenado queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos
e apresentamos a nossa Proposição de Lei de Fomento do Sector da Construção
Naval da Galiza contra outra apresentada pelo BNG e aprovada para continuar a
proibição de ASTANO CONSTRUIR BARCOS. O BNG não apoiou a queixa apresentada no
TEDH para ASTANO CONSTRUIR BARCOS, queixa que não foi admitida porque o juiz holandês
foi comprado pelo Reino da Espanha.
8.
Desde
1 de janeiro de 2015, tivemos cerca de um ano para sabermos que o governo
espanhol e galego continuam a proibir ASTANO CONSTRUIR BARCOS com o concurso de
partidos, sindicatos, Comités de Empresa de Navantia e alcaides que não
reivindicam ASTANO CONSTRUIR BARCOS. Estão conformes com que ASTANO, ocupado
pela eólica marinha que impede construir barcos em ASTANO, continue a ser uma
insignificante oficina auxiliar de Bazan. ReivindicamCARGA DE TRABALHO, dique
flutuante… tudo exceto o que importa ASTANO CONSTRUIR BARCOS e mobilizam, o
mínimo, para tudo continuar a pior, o pior para o operariado. Não temos nem III
nem IV Convénio, carchuto do Natal, sim, nem convénio só para a Ria de Ferrol,
temos o salário reduzido porque a lei orçamentária proibe aumentar o salário,
não temos jornada de 35 horas, nem fuso horário português, nem jubilação aos 60
anos (40 cotizados) com o 100 %... A conclussão é óbvia: em termos
democráticos, temos o direito e o dever de exercermos o direito à INSURREIÇÃO
para a derrocada dos governos do PP de Feijó e Rajoy que enviam os seus
representantes, Revuelta, Conde, de Guindos a Ferrol, à Galiza a
escarnecer-nos…
9.
Jorge,
tu te atribues a representação do povo de Ferrol, representação maior do que a
dos presidentes dos Comités de Empresa de Navantia. Como te dizia em 5 de
agosto, reune os alcaides de Ferrol-Eume-Ortegal para grande mobilização em
favor de ASTANO CONSTRUIR BARCOS. Exerce a tua representação para defender os
intesses de Ferrol e a Galiza, reune os alcaides de Vigo, a Ponte Vedra, A
Crunha, Compostela e mais, reune os presidentes das Deputações Provinciais, A
Crunha, a Ponte Vedra, Lugo, reune-os na terça-feira, 1 de dezembro para grande
mobilização na Galiza em sábado, 19 de dezembro para a derrocada do PP em dia
20, nesse domingo dando a batalha que derrote a fraude eleitoral do PP e
adláteres. Pensa que Portugal tem proibido construir barcos e que tem um
governo de esquerdas do PS, BE, PCP, PA que deverias convidar para virem a
Ferrol no Alfapendular em cinco horas desde Lisboa. Na França e na Europa
acontece parecido. Lembra que o dirigente da CGT francesa proclamou que o
operariado da Europa está a sofrer as mesmas políticas para ter desemprego,
redução de salário, etc. que a luta contra o capital é europeia e a coordenação
dos sindicatos urgente para mobilização unida do proletariado europeu. Em vez
de empregar dinheiro em financiar a Semana Santa, emprega-o em celebrar em
Ferrol a Semana da Democracia, dos direitos civis e políticos, dos direitos
económicos, sociais e culturais, da Carta dos Direitos Humanos em cujo
preámbulo se reconhece o direito à INSURREIÇÃO.
Em Ferrol, quinta-feira, 26
de Novembro de 2015
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