REVOLUCIONÁRIO ERNESTO
GUERRA DA CAL
Amanhã,
sábado, 19 de dezembro, cumprir-se-ão cento e quatro anos do nascimento em
Ferrol de ERNESTO GUERRA DA CAL. Ferrolano, galego e português, proclamou-se e
ORGULHOU-SE durante muitos anos da sua vida. A vida de um REVOLUCIONÁRIO que
mesmo defendeu com as armas na mão o ideal de uma Galiza unida a Portugal [a
sua PORTUGALIZA] como Castelão, Jaime Quintanilha e muitas outras pessoas
galeguistas, republicanas, comunistas e socialistas.
Assiste
ao assalto ao Quartel de Montanha no Madrid de 1936. Alista-se como voluntário
nas Milícias Galegas combatendo na frente de Toledo. Passa para o Serviço de
Investigação Militar (Secção Exterior) do Ministério da Guerra com a encomenda
de tarefas de responsabilidade fora de Espanha. O combate ao nazi-fascismo
franquista ocupa-lhe a vida desde 1936 até ao fim da Guerra que o surpreende em
Nova Iorque aonde tinha sido enviado antes da derrocada da frente do Ebro em
missão oficial.
Um
REVOLUCIONÁRIO que em 1959 publicou em Galaxia «LUA de alén MAR» proclamando:
«Empregamos a GRAFIA portuguesa...seguindo o conselho venerável do patriarca
Murguia, que já recomendou a UNIFICAÇÃO LINGUÍSTICA [DA GALIZA] COM PORTUGAL».
UNIFICAÇÃO
INADIÁVEL, INELUDÍVEL que ele em REVOLUCIONÁRIO ATO PROCLAMA E PRATICA. O ato
REVOLUCIONÁRIO é de tal dimensão que rompe uma prática de INCOERÊNCIA
permanente que dura um século se contarmos desde 1853 [até 1959], em que Pintos
publicou «A Gaita Gallega». Pratica INCOERENTE da maioria que defendia escrever
com a nossa secular ORTOGRAFIA, a do português, e publicaram e escreveram as
suas obras com ORTOGRAFIA espanhola.
INCOERÊNCIA
ou ANALFABETISMO CAMPEADOR presente, passado e futuro embora o venerável
conselho de Murguia, que ele não praticou, nem Rosalia, ou o conselho mais
prático de João Vicente Biqueira de estudarmos galego com gramáticas e
dicionários portugueses, há cerca de um século e por encomenda da «Irmandade da
Fala en Galicia e nas colonias gallegas d’Ámerica e en Portugal». Reparem no
tempo perdido e nas gerações de PESSOAS, crianças, ANALFABETIZADAS por não
fazermos caso do venerável Murguia ou do revolucionário psicólogo Biqueira.
O
ato REVOLUCIONÁRIO DE ERNESTO GUERRA DA CAL não é apenas um ato, é uma vida e
uma obra de estudo e conhecimento da língua, literatura e cultura da Galiza,
Portugal, Brasil e os países africanos da nossa língua, TÃO VASTO, tão
extraordinário, que o tornam um MONSTRO GIGANTESCO com tanta força e poder que
os seus inimigos na Espanha e na Galiza fogem apavorados só de ouvir o seu
nome. Daí a BRUTAL CENSURA à que está submetido em Ferrol e na Galiza. CENSURA
que alastra à imensa maioria do dito nacionalismo e independentismo que não
fazem caso do seu REVOLUCIONÁRIO EXEMPLO e continuam a cultura da ORTOGRAFIA
espanhola ou a ORTOGRAFIA do mal dito REINTEGRACIONISMO integrada no XVI século
para DESINTEGRAR A ALFABETIZAÇÃO do povo galego do XXI século.
E
a perda para o povo galego é de tal DIMENSÃO que não seria possível a definir
em termos económicos, sociais e culturais e ainda menos em termos civis e
políticos, sabem por quê? Porque se o proletariado e o povo galego tivessem
CONSCIÊNCIA DA INFINITA PERDA, já teriam exercido o seu direito à
autodeterminação e independência e ao desenvolvimento bem como o direito à
INSURREIÇÃO contra todas as formas da opressão espanhola e a Galiza UNIDA a
Portugal a CONSTRUIR SOCIALISMO não precisaria como precisa agora, o domingo à
noite se triunfar a FRAUDE ELEITORAL DO PP-C’s, de INSURREIÇÃO. Em Ferrol,
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
COMISSÃO PARA A
REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
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