Se na Galiza 653.934 pessoas votaram o PP e
2.040.043 o não votaram eis que a Cospedal, o Feijó, Carlos Negreira e o PP
concluem e proclamam que a cidadania apoiou os «recortes». Eis a vontade
popular e o povo é quem mais ordena para o PP. É o mesmo conto que o referendo
do Estatuto de Autonomia em que quatro de cada cinco votantes galegos não lhe
deram o SIM. A democracia na Galiza para o PP é o governo da MINORIA, quer
dizer, a TIRANIA FRANQUISTA. Tirania que se manifesta uma e outra vez; desta
feita tentando encarcerar pessoas que em 9 de Fevereiro de 2009 saíram a
defender a nossa língua contra RACISTAS INTERIORES DO PP E FORÂNEOS, como a
Rosa Díez a emular os Camisas Pardas de Hitler, em manifestação contra nós e a
nossa IDENTIDADE, RACISTAS que tinham que estar todos presos e os seus partidos
ILEGALIZADOS.
É uma vergonha que nenhuma análise política
sequer colocasse a questão de quantos votos logrou o PP restar ao PSOE e BNG ao
rebentar o Concelho de Ourense com a demissão do alcaide e outros concelheiros
graças à concertada ação da juíza Pilar de Lara e o seu «amado esposo»,
dirigente provincial do PP em Lugo, JUSTO ANTES DA CAMPANHA ELEITORAL. Eis a
singularidade da Galiza em termos de agressão do fascismo que não pode tolerar
qualquer governo que não seja o do PP. Aconteceu no Pais Basco um ataque contra
o Concelho de Donosti presidido por Bildu, ou contra qualquer outro presidido
pelo PNB? Acontecerá tal na Catalunha agora que está próxima a campanha
eleitoral?
No entanto o CAPITALISMO FINANCEIRO espanhol de
mãos dadas com o catalão e o basco representados pelo PP-PSOE-CiU-PNB
excrementam pela boca do Mas o seu RACISMO POLÍTICO contra a Galiza reduzindo-a
a uma categoria inferior à nação basca e a catalã mesmo comparando-a com Murça
e Castela-Leão, tentando vãmente tirar-lhe os seus direitos, os mesmos que os
da nação basca e catalã, que como NACIONALIDADE HISTÓRICA, uma nação com muita
história, lhe correspondem.
Levamos três eleições autonómicas em que a
agressão contra a DEMOCRACIA na Galiza é de grosso calibre sem que uns e outros
(PSdG-PSOE, BNG, AGE, CCOO, UGT, CIG) não façam outra coisa que não seja
promover o DIVISIONISMO permanente do POVO GALEGO e as suas organizações. Não
querem UNIR O POVO GALEGO na Assembleia Nacional da Galiza, preferem a Aliança
Social Galega, reduzindo a Galiza ao que Mas excrementava. Nem sequer o
mimetismo da Catalunha lhes leva a imitar a Assemblea Nacional Catalana que
mobilizou dous milhões de pessoas em 11 de Setembro em favor dos seus direitos
nacionais.
Na Galiza, graças ao PNB e CiU e outros que
apoiaram a reforma franquista, NUNCA houve DEMOCRACIA; levamos suportando
franquismo desde 1936 até 2012; tudo devido a que na Galiza qualquer concessão
DEMOCRÁTICA, a qualquer governo DEMOCRÁTICO se lhe coloca de IMEDIATO a questão
de Portugal e a sua UNIDADE com a Galiza.
Eis onde reside, na nossa opinião, a chave que
explica TUDO o relativo a nós em termos políticos, financeiros, económicos e
sobretudo militares (vejam a necessária SOLIDARIEDADE com a nação catalã contra
qualquer espanhola intervenção militar): na EXISTÊNCIA da República portuguesa,
na existência da Galiza Sul LIVRE integrada na Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa que defendera a Autodeterminação do Timor Leste, hoje um país com
VOZ E VOTO NA ONU.
Eis é onde reside o HISTÓRICO perigo português,
em que desde a Assembleia Nacionalista de Lugo em Novembro de 1918 proclamaram
que a Galiza e Portugal são NAÇÃO ÚNICA e que o Galego é a mesma língua que o
Português, questões assumidas pelo Partido Comunista no seu Congresso de 1932
em Sevilha e que ninguém hoje pode obviar em termos DEMOCRÁTICOS: a união
nacional galego-portuguesa.
LEMBRANÇAS para que uns e outros que agora
estão a afirmar grandiloquências com alegria e pesar, COMBATIVAMENTE APLIQUEM
UNIDOS E UNINDO À GALIZA contra o fascismo na Assembleia Nacional da Galiza e
que em 14 de Novembro a Greve Geral seja a tomada do poder pelo proletariado e
as massas trabalhadoras europeias a meio da INSURREIÇÃO.
Em Ferrol, Quinta-Feira, 25 de Outubro
de 2012
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E
PORTUGAL
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