quarta-feira, 19 de março de 2014

A SOGA DO POVO GALEGO (distribuídas 800 folhas às 20h00 da quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014 na manifestaçao em Ferrol de ASOGA)


 

Aliança Social Galega não pode ser a SOGA do povo galego. Não pode convocar esta mobilização sem defender o direito de autodeterminação da Galiza. A dirigência de CCOO-UGT não pode ignorar, ninguém ignora, que a Galiza está reconhecida como NACIONALIDADE HISTÓRICA na Constituição espanhola e no Estatuto de Autonomia. Ninguém ignora que uma NACIONALIDADE HISTÓRICA é uma NAÇÃO com muita história, no caso da Galiza, tanta, que poderiamos falar de muitos séculos de história mesmo de história COMUM da Galiza com Portugal.

A dirigência de CCOO-UGT, com militância no PCG e no PSOE, não ignoram que a Galiza tem o direito a decidir, o direito à autodeterminação que inclui a SEPARAÇÃO mesmo que a Confederação de Repúblicas Ibéricas foi um ponto do programa não só desses dous partidos, também de muitos outros. Não ignoram que uma das Repúblicas desse projeto de Confederação seria a República da Galiza e Portugal.

A dirigência de CCOO-UGT não ignora a existência da Organização Internacional do Trabalho nem da Organização das Nações Unidas nem que está lhe reconhece às nações como a Galiza o direito à autodeterminação.

A dirigência de CCOO-UGT não ignora a existência dos Pactos Internacionais pelos Direitos Civis e Políticos nem a dos Pactos Internacionais pelos Direitos Económicos, Sociais e Culturais e que ambos os Pactos foram ASSINADOS E RATIFICADOS pelo Reino da Espanha portanto FAZENDO PARTE DA LEGALIDADE ESPANHOLA.

A dirigência de CCOO-UGT não ignora que nesses Pactos, LEGALIDADE ESPANHOLA, se reconhece o direito à autodeterminação e que não se pode PRIVAR a nenhum povo dos seus próprios meios de subsistência (ASTANO).

A dirigência de CCOO-UGT não pode ignorar, como finge ignorar Rajoy, que esses Pactos OBRIGAM o Chefe do Estado, El-Rei, o presidente do governo, ele próprio e Feijó a PROMOVER O EXERCÍCIO desse direito, do direito à autodeterminação da Galiza.

A dirigência de CCOO-UGT não pode fazer como Rajoy ou Feijó, fingir que não conhecem a lei para a VIOLAR. Virão alguém que jura cumprir e fazer cumprir a lei que a não conheça? Rajoy e Feijó...

A dirigência de CCOO-UGT, El-Rei, Rajoy e Feijó SABEM que os poderes públicos do Reino da Espanha estão OBRIGADOS POR LEI a promover o exercício do direito à autodeterminação que inclui a SEPARAÇÃO portanto a promover a CONSULTA na Catalunha, ao povo catalão, não ao espanhol. Um tipo como Rajoy que afirma numa solene sessão do Parlamento espanhol «nadie puede, ni yo», fingindo ignorar a lei para a VIOLAR, só pode ser derrocado com a lei na mão que prevê o exercício do direito à INSURREIÇÃO CONTRA A TIRANIA. Pode ser presidente da Galiza um TIRANO como Feijó SUSPEITO DE NARCOTRÁFICO?

A Aliança Social Galega tem que lhe reconhecer à Galiza o que a lei lhe reconhece, ser uma NACIONALIDADE HISTÓRICA e ter o direito à autodeterminação. A Aliança Social Galega não pode reconhecer-lhe à Galiza MENOS do que lhe reconhece a lei porque estaria, está de feito, a VIOLAR A LEI. A Aliança Social Galega tem de incluir no seu programa-manifesto a defesa do direito à autodeterminação do povo galego para, ampliando-se, se transformar na Assembleia Nacional da Galiza, denominação que EXPRIME E REPRESENTA muito melhor a soberania nacional encabeçada pelo proletariado galego, a IMENSA maioria do povo galego.

Manifestamo-nos hoje, dentre outras cousas, em favor dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres (manifestemo-nos em ginecologia hospitais públicos e bispados Igreja católica) e não nos manifestamos em favor do direito das mulheres, que junto com os homens integram o povo galego, à sua livre determinação, ao seu direito a decidir que não é outro que o direito de autodeterminação da Galiza? Como é possível semelhante aberração?

A Assembleia Nacional da Galiza, que nós defendemos, integrada por pessoas, entidades e instituições, sem excluir ninguém, tem de ser a alavanca DEMOCRÁTICA para acabar com a TIRANIA DO PP, derrocando os seus governos, TODOS, a meio do legal e democrático exercício do direito à INSURREIÇÃO.                                                                                                                       
Em Ferrol, quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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