Aliança Social Galega não pode ser a SOGA do povo
galego. Não pode convocar esta mobilização sem defender o direito de
autodeterminação da Galiza. A dirigência de CCOO-UGT não pode ignorar, ninguém
ignora, que a Galiza está reconhecida como NACIONALIDADE HISTÓRICA na
Constituição espanhola e no Estatuto de Autonomia. Ninguém ignora que uma
NACIONALIDADE HISTÓRICA é uma NAÇÃO com muita história, no caso da Galiza,
tanta, que poderiamos falar de muitos séculos de história mesmo de história
COMUM da Galiza com Portugal.
A dirigência de CCOO-UGT, com militância no PCG e no
PSOE, não ignoram que a Galiza tem o direito a decidir, o direito à
autodeterminação que inclui a SEPARAÇÃO mesmo que a Confederação de Repúblicas
Ibéricas foi um ponto do programa não só desses dous partidos, também de muitos
outros. Não ignoram que uma das Repúblicas desse projeto de Confederação seria
a República da Galiza e Portugal.
A dirigência de CCOO-UGT não ignora a existência da
Organização Internacional do Trabalho nem da Organização das Nações Unidas nem
que está lhe reconhece às nações como a Galiza o direito à autodeterminação.
A dirigência de CCOO-UGT não ignora a existência dos
Pactos Internacionais pelos Direitos Civis e Políticos nem a dos Pactos
Internacionais pelos Direitos Económicos, Sociais e Culturais e que ambos os
Pactos foram ASSINADOS E RATIFICADOS pelo Reino da Espanha portanto FAZENDO
PARTE DA LEGALIDADE ESPANHOLA.
A dirigência de CCOO-UGT não ignora que nesses Pactos,
LEGALIDADE ESPANHOLA, se reconhece o direito à autodeterminação e que não se
pode PRIVAR a nenhum povo dos seus próprios meios de subsistência (ASTANO).
A dirigência de CCOO-UGT não pode ignorar, como finge
ignorar Rajoy, que esses Pactos OBRIGAM o Chefe do Estado, El-Rei, o presidente
do governo, ele próprio e Feijó a PROMOVER O EXERCÍCIO desse direito, do
direito à autodeterminação da Galiza.
A dirigência de CCOO-UGT não pode fazer como Rajoy ou
Feijó, fingir que não conhecem a lei para a VIOLAR. Virão alguém que jura cumprir
e fazer cumprir a lei que a não conheça? Rajoy e Feijó...
A dirigência de CCOO-UGT, El-Rei, Rajoy e Feijó SABEM
que os poderes públicos do Reino da Espanha estão OBRIGADOS POR LEI a promover
o exercício do direito à autodeterminação que inclui a SEPARAÇÃO portanto a
promover a CONSULTA na Catalunha, ao povo catalão, não ao espanhol. Um tipo
como Rajoy que afirma numa solene sessão do Parlamento espanhol «nadie puede,
ni yo», fingindo ignorar a lei para a VIOLAR, só pode ser derrocado com a lei
na mão que prevê o exercício do direito à INSURREIÇÃO CONTRA A TIRANIA. Pode
ser presidente da Galiza um TIRANO como Feijó SUSPEITO DE NARCOTRÁFICO?
A Aliança Social Galega tem que lhe reconhecer à Galiza
o que a lei lhe reconhece, ser uma NACIONALIDADE HISTÓRICA e ter o direito à
autodeterminação. A Aliança Social Galega não pode reconhecer-lhe à Galiza
MENOS do que lhe reconhece a lei porque estaria, está de feito, a VIOLAR A LEI.
A Aliança Social Galega tem de incluir no seu
programa-manifesto a defesa do direito à autodeterminação do povo galego para,
ampliando-se, se transformar na Assembleia Nacional da Galiza, denominação que
EXPRIME E REPRESENTA muito melhor a soberania nacional encabeçada pelo
proletariado galego, a IMENSA maioria do povo galego.
Manifestamo-nos hoje, dentre outras cousas, em favor
dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres (manifestemo-nos em
ginecologia hospitais públicos e bispados Igreja católica) e não nos
manifestamos em favor do direito das mulheres, que junto com os homens integram
o povo galego, à sua livre determinação, ao seu direito a decidir que não é
outro que o direito de autodeterminação da Galiza? Como é possível semelhante
aberração?
A Assembleia Nacional da Galiza, que nós defendemos,
integrada por pessoas, entidades e instituições, sem excluir ninguém, tem de
ser a alavanca DEMOCRÁTICA para acabar com a TIRANIA DO PP, derrocando os seus
governos, TODOS, a meio do legal e democrático exercício do direito à
INSURREIÇÃO.
Em
Ferrol, quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
COMISSÃO
PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
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