segunda-feira, 1 de julho de 2013

ACABEMOS COM A FALSIFICAÇÃO E OS FALSIFICADORES (distribuídas 1000 folhas às 12h00 da sexta-feira, 17 de maio de 2013 em Compostela na manifestação de Queremos Galego)


Henrique Monte-Agudo descobre um agudo monte e desgastadas moreias de GALEGO ESCRITO, ORTOGRAFADO, talvez em Ferrol e com certeza FALADO na vila, na Galiza, em Portugal e porventura nos «satélites» nas Cortes dos Reinos e as Províncias da Coroa de Castela, galego falado e escrito que permaneceu depois da escola lírica galego-portuguesa; escola que os pobres não tinham embora tivessem a língua, lírica que os pobres também não tinham embora tivessem a ÉPICA da luta contra a ESCRAVATURA da primeira INSURREIÇÃO IRMANDINHA, também lavrada em Ferrol como os «instrumentos notariais» de 1432-35 da descoberta com o Cancioneiro ALEGADAMENTE do Afonso Paez.
Sem que nos seja fornecida qualquer informação acerca dos «instrumentos notariais lavrados em Ferrol» reparem que entre 1388 e 1411 foi escrita na Ponte de Eume,  UTILIZANDO A ORTOGRAFIA DA NOSSA LÍNGUA GALEGO-PORTUGUESA, a Crónica Troiana, PROSA esta da mesma língua e ORTOGRAFIA em que PROSAVA em Lisboa Fernão Lopes desde 1419 em diante para CRONICAR os reis Pedro I, o da galega Inês de Castro, Dom Fernando, o do galego Joham Fernadez de Andeiro e o Joham I de boa memória, este o Mestre de Avis nascido em Lisboa de Dona Tareija, natural da Galiza, e criado por Nuno Freire de Andrade, natural da Ponte de Eume e Mestre de Cavalaria da Ordem de Cristo em Portugal. A mesma língua e ORTOGRAFIA em que escreviam (porque estavam ALFABETIZADOS) todos eles, homens e mulheres, quer fossem naturais da Galiza quer de Portugal. Desconfiamos do alegado castelhano do basco Pero Lopez de Ayala, cronista de Pedro I dito o Cruel, e fonte histórica das crónicas do Fernão Lopes.
A mesma língua e ORTOGRAFIA do Cancioneiro compilado por Joham Afonso FROM Baena (Córdova) [dito Cancioneiro de Baena, Cancioneiro dito CASTELHANO a reproduzir a PATRANHA PARA CENSURAR O GALEGO, GALEGO-PORTUGUÊS OU PORTUGUÊS DE 1380-1430] em que escreveram Afonso Alvarez de Vila Sandino, PREDILETO de Henrique II e Joham I, Tras-Tâmaras, (1369-79-90), poeta galego-português nascido em 1345, em Vila Sandino (Burgos) e a morar em Ilhescas (Toledo), Garci Fernandez de Gerena, andaluz de Gerena (Sevilha), Gonçalo Rodriguez, Pero González de Mendoça, os galegos Macias o Namorado e o Arceiano de Touro; TODOS ESCREVERAM antes de 1407 segundo o Cancioneiro do «marrano» de Baena. Cancioneiro compilado para El-Rei Joham II (Touro, 1405-1454; ao que lhe levantou Ata Notarial Pedro Padrão em Samora em 18 de Janeiro de 1432 para justificar a INSURREIÇÃO IRMANDINHA que começa em Ferrol) por sua vez pai de Isabel dita a Católica e ele próprio poeta «cancioneiril». Cancioneiro de Baena cuja ÚNICA CÓPIA CONHECIDA NÃO SE CORRESPONDE com a que deveu de entregar o Afonso ao João II de Tras-Tâmara, cópia, aliás, feita por cinco copistas diferentes que copiavam o que lhes parescia.
Cancioneiro da Ajuda, Pergaminho Vintel, Cancioneiro da Vaticana, Cancioneiro da Biblioteca Nacional, Cancioneiro de Resende e outros muitos cancioneiros para além do de Baena não lhe chegam ao agudo monte para parir um ratinho e concluir com todos os académicos e académicas da Real Academia dita Galega e não apenas encabeçados pelo Susinho contra o LUSITANO que a nossa língua tem uma e ÚNICA ORTOGRAFIA, antes e agora, em que escreveram galegos, portugueses e «satélites» nas Cortes dos Reinos e as Províncias da Coroa de Castela.
Cancioneiro ALEGADAMENTE do Afonso Paez, achádego histórico? E a Crónica Troiana? Apagamento da lírica galego-portuguesa em 1350? E o burgalês de Vila Sandino a escrever lírica galego-portuguesa em 1407? Que língua falava o povo castelhano de Vila Sandino em Burgos em 1345? E o de Ilhescas em Toledo? E os da Seabra, Talaveira, Sevilha, Burgaleses, Guilhade, Taveirós, Aboim, Baião, Santiago, Briteiros, Porto Carreiro, Touro, Samora, Leão, Palença, Salamanca, Astúrias, Estremaduras, Astúrias, Folhante, Andeiro, Andrade? Que língua se falava nas Cortes castelhanas até ao João II de Tras-Tâmara?
O achádego histórico seria que a Real Academia dita Galega e não apenas deixassem de COBRAR POR FALSIFICAR a nossa língua e cultura, deixassem de MATAR A ORTOGRAFIA da nossa língua galega com a ortografia do espanhol e o Susinho usar a RAZÃO HISTÓRICA para a usar e alfabetizar nela. O achádego histórico seria que o dito Susinho e a RAG deixassem de COBRAR por ir contra o «LUSITANISMO», que deixassem de fomentar a PATRANHA da origem LUSA da língua portuguesa para a fazer diferente da língua galega, que deixassem de trabalhar em favor da monarquia e o fascismo-racismo espanhol e não apenas para DIVIDIR a língua, a cultura, o povo galego-português e a UNIDADE galego-portuguesa.
O achádego histórico seria que ALFABETIZASSEM o povo galego na sua própria língua e cultura, no TESOURO UNIVERSAL que possuímos, apenas difundindo o IMENSO património, propriedade do povo galego que a RAG tem. Que qualquer pessoa possa ler com facilidade um fac-símile do Cancioneiro de Baena ou ler, como leu Castelão, Menendez Pelaio, sequestrado mesmo na Universidade de A Crunha.
Aliás que tem de EXTRAORDINÁRIO que o «cultivo» do galego permanecesse depois de 1350 na Galiza, Portugal e nas Cortes de Castela se as cortes e o povo castelhano eram competentes em língua galega, era a sua língua? Que tem de EXTRAORDINÁRIA a descoberta do que Castelão deixou escrito no Sempre em Galiza antes de 1947, o galego deixou de ser língua peninsular a começos do XV século? Que tem de EXTRAORDINÁRIO que em Portugal não haja quase poesia desde 1350 até cerca de 1450 num país permanentemente atacado, invadido e ocupado pelas forças castelhanas para IMPEDIR A UNIDADE da Galiza e Portugal? A GUERRA É O ORDINÁRIO: entrada de Dom Fernando na Galiza em 1369; vitórias de Aljubarrota e Valverde em 1385; Tratado de João I de Portugal e João II de Castela em 1411; ratificação do mesmo em 1432, ano da primeira revolução irmandinha.
A poesia, a literatura e a língua não se podem explicar afastadas da história política dos povos nomeadamente do povo galego. O que tem uma grande importância para toda a história LITERÁRIA peninsular é explicar esta através da história POLÍTICA peninsular da luta das classes particularmente a história política, militar e diplomática da LUTA PELA UNIDADE NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL. Temos que começar a questionar os «dizeres e dizedores» do Marquês de Santilhana e mesmo as «coplas» de Jorge Manrique para termos certeza de como e quando o galego deixou de ser língua peninsular, conhecendo, em termos de massacre e genocídio, a língua GRAMATICADA acompanhou o Império...
E por fim o nosso agudo INVESTIGADOR confessa os cancioneiros refletirem o GALEGO DA ÉPOCA sem dizer uma palavra dos territórios em que era falado embora muito agudamente acrescenta que o grosso do «cancioneiril» chegou-nos através do Portugal de 1350, tão LUSITANIZANTE que assassina à galego-portuguesa Inês de Castro em 1355 por ser cabeça de um partido galego-português, com o gago rei Pedro, tudo o qual é muito pior do que a «DETURPAÇÃO» DO GALEGO dos cancioneiros ditos por ele castelhanos, a reproduzir a PATRANHA, ele.
Numa palavra, na Galiza, Portugal e na Península TEMOS QUE ACABAR COM A FALSIFICAÇÃO E COM OS FALSIFICADORES. Temos que utilizar a nossa secular e sequestrada ORTOGRAFIA sobretudo no Parlamento sequestrado pelo amigo do narcotraficante ao que temos que derrocar a meio da INSURREIÇÃO.
Compostela, Dia das Letras, Sexta-Feira, 17 de Maio de 2013


COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL


 

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