Henrique
Monte-Agudo descobre um agudo monte e desgastadas moreias de GALEGO ESCRITO,
ORTOGRAFADO, talvez em Ferrol e com certeza FALADO na vila, na Galiza, em
Portugal e porventura nos «satélites» nas Cortes dos Reinos e as Províncias da
Coroa de Castela, galego falado e escrito que permaneceu depois da escola
lírica galego-portuguesa; escola que os pobres não tinham embora tivessem a
língua, lírica que os pobres também não tinham embora tivessem a ÉPICA da luta
contra a ESCRAVATURA da primeira INSURREIÇÃO IRMANDINHA, também lavrada em
Ferrol como os «instrumentos notariais» de 1432-35 da descoberta com o
Cancioneiro ALEGADAMENTE do Afonso Paez.
Sem que nos
seja fornecida qualquer informação acerca dos «instrumentos notariais lavrados
em Ferrol» reparem que entre 1388 e 1411 foi escrita na Ponte de Eume, UTILIZANDO A ORTOGRAFIA DA NOSSA LÍNGUA
GALEGO-PORTUGUESA, a Crónica Troiana, PROSA esta da mesma língua e ORTOGRAFIA
em que PROSAVA em Lisboa Fernão Lopes desde 1419 em diante para CRONICAR os
reis Pedro I, o da galega Inês de Castro, Dom Fernando, o do galego Joham
Fernadez de Andeiro e o Joham I de boa memória, este o Mestre de Avis nascido
em Lisboa de Dona Tareija, natural da Galiza, e criado por Nuno Freire de
Andrade, natural da Ponte de Eume e Mestre de Cavalaria da Ordem de Cristo em
Portugal. A mesma língua e ORTOGRAFIA em que escreviam (porque estavam
ALFABETIZADOS) todos eles, homens e mulheres, quer fossem naturais da Galiza
quer de Portugal. Desconfiamos do alegado castelhano do basco Pero Lopez de
Ayala, cronista de Pedro I dito o Cruel, e fonte histórica das crónicas do
Fernão Lopes.
A mesma língua
e ORTOGRAFIA do Cancioneiro compilado por Joham Afonso FROM Baena (Córdova)
[dito Cancioneiro de Baena, Cancioneiro dito CASTELHANO a reproduzir a PATRANHA
PARA CENSURAR O GALEGO, GALEGO-PORTUGUÊS OU PORTUGUÊS DE 1380-1430] em que
escreveram Afonso Alvarez de Vila Sandino, PREDILETO de Henrique II e Joham I,
Tras-Tâmaras, (1369-79-90), poeta galego-português nascido em 1345, em Vila
Sandino (Burgos) e a morar em Ilhescas (Toledo), Garci Fernandez de Gerena,
andaluz de Gerena (Sevilha), Gonçalo Rodriguez, Pero González de Mendoça, os
galegos Macias o Namorado e o Arceiano de Touro; TODOS ESCREVERAM antes de 1407
segundo o Cancioneiro do «marrano» de Baena. Cancioneiro compilado para El-Rei
Joham II (Touro, 1405-1454; ao que lhe levantou Ata Notarial Pedro Padrão em
Samora em 18 de Janeiro de 1432 para justificar a INSURREIÇÃO IRMANDINHA que
começa em Ferrol) por sua vez pai de Isabel dita a Católica e ele próprio poeta
«cancioneiril». Cancioneiro de Baena cuja ÚNICA CÓPIA CONHECIDA NÃO SE
CORRESPONDE com a que deveu de entregar o Afonso ao João II de Tras-Tâmara,
cópia, aliás, feita por cinco copistas diferentes que copiavam o que lhes
parescia.
Cancioneiro da
Ajuda, Pergaminho Vintel, Cancioneiro da Vaticana, Cancioneiro da Biblioteca
Nacional, Cancioneiro de Resende e outros muitos cancioneiros para além do de
Baena não lhe chegam ao agudo monte para parir um ratinho e concluir com todos
os académicos e académicas da Real Academia dita Galega e não apenas
encabeçados pelo Susinho contra o LUSITANO que a nossa língua tem uma e ÚNICA
ORTOGRAFIA, antes e agora, em que escreveram galegos, portugueses e «satélites»
nas Cortes dos Reinos e as Províncias da Coroa de Castela.
Cancioneiro
ALEGADAMENTE do Afonso Paez, achádego histórico? E a Crónica Troiana?
Apagamento da lírica galego-portuguesa em 1350? E o burgalês de Vila Sandino a
escrever lírica galego-portuguesa em 1407? Que língua falava o povo castelhano
de Vila Sandino em Burgos em 1345? E o de Ilhescas em Toledo? E os da Seabra,
Talaveira, Sevilha, Burgaleses, Guilhade, Taveirós, Aboim, Baião, Santiago,
Briteiros, Porto Carreiro, Touro, Samora, Leão, Palença, Salamanca, Astúrias,
Estremaduras, Astúrias, Folhante, Andeiro, Andrade? Que língua se falava nas
Cortes castelhanas até ao João II de Tras-Tâmara?
O achádego
histórico seria que
a Real Academia dita Galega e não apenas deixassem de COBRAR POR FALSIFICAR a
nossa língua e cultura, deixassem de MATAR A ORTOGRAFIA da nossa língua galega
com a ortografia do espanhol e o Susinho usar a RAZÃO HISTÓRICA para a usar e
alfabetizar nela. O achádego histórico seria que o dito Susinho e a RAG
deixassem de COBRAR por ir contra o «LUSITANISMO», que deixassem de fomentar a
PATRANHA da origem LUSA da língua portuguesa para a fazer diferente da língua
galega, que deixassem de trabalhar em favor da monarquia e o fascismo-racismo
espanhol e não apenas para DIVIDIR a língua, a cultura, o povo galego-português
e a UNIDADE galego-portuguesa.
O
achádego histórico seria que ALFABETIZASSEM o povo galego na sua própria língua
e cultura, no TESOURO UNIVERSAL que possuímos, apenas difundindo o IMENSO
património, propriedade do povo galego que a RAG tem. Que qualquer pessoa possa
ler com facilidade um fac-símile do Cancioneiro de Baena ou ler, como leu
Castelão, Menendez Pelaio, sequestrado mesmo na Universidade de A Crunha.
Aliás
que tem de EXTRAORDINÁRIO que o «cultivo» do galego permanecesse depois de 1350
na Galiza, Portugal e nas Cortes de Castela se as cortes e o povo castelhano
eram competentes em língua galega, era a sua língua? Que tem de EXTRAORDINÁRIA
a descoberta do que Castelão deixou escrito no Sempre em Galiza antes de 1947,
o galego deixou de ser língua peninsular a começos do XV século? Que tem de
EXTRAORDINÁRIO que em Portugal não haja quase poesia desde 1350 até cerca de
1450 num país permanentemente atacado, invadido e ocupado pelas forças
castelhanas para IMPEDIR A UNIDADE da Galiza e Portugal? A GUERRA É O
ORDINÁRIO: entrada de Dom Fernando na Galiza em 1369; vitórias de Aljubarrota e
Valverde em 1385; Tratado de João I de Portugal e João II de Castela em 1411;
ratificação do mesmo em 1432, ano da primeira revolução irmandinha.
A
poesia, a literatura e a língua não se podem explicar afastadas da história
política dos povos nomeadamente do povo galego. O que tem uma grande
importância para toda a história LITERÁRIA peninsular é explicar esta através
da história POLÍTICA peninsular da luta das classes particularmente a história
política, militar e diplomática da LUTA PELA UNIDADE NACIONAL DA GALIZA E
PORTUGAL. Temos que começar a questionar os «dizeres e dizedores» do Marquês de
Santilhana e mesmo as «coplas» de Jorge Manrique para termos certeza de como e
quando o galego deixou de ser língua peninsular, conhecendo, em termos de
massacre e genocídio, a língua GRAMATICADA acompanhou o Império...
E
por fim o nosso agudo INVESTIGADOR confessa os cancioneiros refletirem o GALEGO
DA ÉPOCA sem dizer uma palavra dos territórios em que era falado embora muito
agudamente acrescenta que o grosso do «cancioneiril» chegou-nos através do
Portugal de 1350, tão LUSITANIZANTE que assassina à galego-portuguesa Inês de
Castro em 1355 por ser cabeça de um partido galego-português, com o gago rei
Pedro, tudo o qual é muito pior do que a «DETURPAÇÃO» DO GALEGO dos cancioneiros
ditos por ele castelhanos, a reproduzir a PATRANHA, ele.
Numa
palavra, na Galiza, Portugal e na Península TEMOS QUE ACABAR COM A FALSIFICAÇÃO
E COM OS FALSIFICADORES. Temos que utilizar a nossa secular e sequestrada
ORTOGRAFIA sobretudo no Parlamento sequestrado pelo amigo do narcotraficante ao
que temos que derrocar a meio da INSURREIÇÃO.
Compostela,
Dia das Letras, Sexta-Feira, 17 de Maio de 2013
COMISSÃO PARA A
REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
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