terça-feira, 7 de outubro de 2014

CARTA ENVIADA À FUNDAÇÃO BAUTISTA ALVÁREZ E AO SERMOS GALIZA PARA A SUA PUBLICAÇÃO POR VOLTA DO 29 DE JULHO DE 2014. FOI CENSURADA.


Caras amigas e amigos da Fundação Bautista Alvárez:

QUEM NOS DERA!

A Galiza com categoria de Observador Associado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa como afirma João Costa Casas na página 184 do Terra e Tempo nº 171 «Cinquenta perguntas, cinquenta argumentos para a soberania da Galiza» num seu artigo intitulado «Qual seria a relação com Portugal? [da Galiza]

Quem nos dera a Galiza como Observador Associado à CPLP porque teríamos vencido a IMENSA força que exerce o COLONIZADOR espanhol sobre nós próprios, a Galiza, sobre Portugal, sobre TODOS os países que a integram (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e o Timor-Leste) e sobre a CPLP.

IMENSA força exercida pelo Reino da Espanha que EVITOU a presença e reconhecimento da Galiza ou de organizações da Galiza no seio da CPLP embora as iniciativas e trabalho realizado por alguns de nós, algumas organizações e do próprio governo galego, iniciativas e trabalho que no nosso caso são anteriores à criação da CPLP em 17 de julho de 1996 em Lisboa.

Pode-se afirmar que o que singularizou, caracterizou ou significou à CPLP desde antes da sua criação foi o SILÊNCIO ou a CENSURA imposta em tudo o relativo às iniciativas e trabalhos visando para a Galiza ou organizações galegas terem presença na CPLP com a categoria de Observador Associado ou Observador Consultivo.

Embora tentássemos contactos com o Sr. Aparecido de Oliveira, embora fossemos oficialmente convidados pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sr. Jaime Gama, quatro ex-operários de ASTANO, e depois recebidos pelo presidente, secretário executivo e secretário executivo adjunto da CPLP, embora Manuel Lopes [Zebral] pela Galiza e Ramos Horta pelo Timor-Leste fossemos «convidados especiais COM VOZ» na Reunião do Conselho de Ministros da CPLP realizada em 17 e 18 de julho de 1997 em Salvador da Bahia.

Embora em 1998, na Cimeira Internacional de Ministros Responsáveis pela Juventude entregássemos em mão ao Secretário-geral da ONU, Kofi Annan, duas petições de Resolução da ONU que reconhecesse o direito de livre determinação, independência e soberania à Galiza, tudo graças a Portugal e ao Brasil; embora acompanhássemos em Oslo Ramos Horta e o bispo Ximenes Belo na entrega e cerimónias do Prémio Nobel da Paz.

Embora outras iniciativas e trabalhos de outras entidades e mesmo do governo do Tourinho, TUDO FICOU NO SILÊNCIO E NA CENSURA da própria CPLP imposta pela Espanha; mesmo a CIG integrante de pleno direito da Comunidade Sindical dos Países de Língua Portuguesa fica OCULTA na relação de Observadores Consultivos da CPLP, categoria que tem a CSPLP.

Numa palavra, todas iniciativas e trabalhos, nossos ou doutros durante cerca de duas décadas FICARAM ABAFADAS, OCULTAS E CENSURADAS no seio da CPLP, para a opinião pública galega, portuguesa e a dos países da CPLP.

Pode-se afirmar, também, que desde a Galiza, desde as pessoas, entidades e instituições da Galiza, as iniciativas e trabalhos foram só de uma MINORIA da que fomos pioneiros e combatidos e desprestigiados por defendermos duas ideias, aliás, aprovadas na Assembleia Nacionalista de Lugo das Irmandade da Fala da GALIZA (…) e PORTUGAL [significantes e significados estes (TERRITÓRIOS) SEMPRE CENSURADOS]: 1.- Português, língua da Galiza e 2.- Galiza e Portugal nação ÚNICA.

Pode-se afirmar que o governo de Tourinho (PSOE-BNG) SILENCIOU a sua iniciativa de SOLICITAR integrar à Galiza com a categoria de Observador Associado à CPLP e que se submeteu à negativa do Moratinos, Ministro de Exteriores de ZP, a autorizar a operação.

Pode-se dizer que o posicionamento do Terra e Tempo através de Carlos Callon Torres e João Costa Casas e das pessoas a integrarem o Padroado da Fundação Bautista Alvárez chega com cerca de duas décadas de retraso e com o ERRO, grosso, da Galiza Observador Associado à CPLP (quem nos dera!) MAS como entendemos que vai na direcção correcta e envolve, assim o consideramos, à União do Povo Galego e porventura ao BNG e ao dito nacionalismo e não apenas, ao proletariado e ao povo galego, PROPOMOS a Bautista Alvárez e à Fundação convocar pessoas, entidades e instituições da Galiza e da CPLP para INFORMAR, DEBATER E APROVAR o que cumpre para a Galiza se integrar na CPLP e esta defender o seu direito à autodeterminação como defendeu o do Timor-Leste. QUEM NOS DERA!

E peço licença para encorajar dizendo que o que aconteceu o 22 de julho de 2014 na Cimeira de Díli com a integração da Guiné-Equatorial com moratória da pena de morte, com a concessão da categoria de Observador Associado ao Japão que em 26 de junho de 2014 aplicou a pena de morte, candidatou-se em 4 de julho e 18 dias depois recebe a concessão, à Turquia que aboliu a pena de morte embora Erdogan proclame para a restaurar e que se candidatou em 3 de março de 2014 e outras cousinhas ENCHEM-NOS de razões, ENCHEM de razões à Galiza para nos chantar no Palácio de Penafiel da rua de S. Mamede em Lisboa e nos MANIFESTAR com o apoio do povo lisboeta, português e as suas organizações EXIGINDO a Galiza na CPLP com ou sem autorização do governo espanhol.

Em Ferrol, terça-feira, 29 de julho de 2014

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