AVANTE O «DEMÓNIO»
DA LUTA DA MULHER PROLETÁRIA
E
cada coisa no seu sítio. É uma falácia falar de igualdade em havendo
latifundiárias e capitalistas (Igreja, militares, Bancos). O capitalismo do ano
2018 continua a ser um sistema social para produzir riqueza com duas classes
fundamentais, a burguesia e o proletariado que produz a riqueza toda. Falar de
igualdade e de igualdade mulher-homem é uma falácia se não se está a falar de
acabar com o capitalismo para construir uma sociedade socialista e uma
sociedade sem classes, comunista. Falar de igualdade e de igualdade
mulher-homem sem querer tomar o poder para a implementar é a mesma falácia.
O
contido de classe do 8 de março e a sua comemoração é nitidamente proletário
porque foram proletárias, mulheres, as massacradas pelo patrão, homem e
burguês; e porque o dia de luta internacional fora instituído por Clara Zetkim,
Rosa Luxemburgo e Alexandra Kolontai no contexto de reunião internacional do
marxismo revolucionário para a Revolução Socialista Mundial.
Estas
verdades básicas não podem ser ocultadas para favorecer os diferentes disfarces
da burguesia, dos capitalistas, cujo feminismo só é para beneficiar a burguesia
e a exploração capitalista. E como estamos num contexto concreto, a Galiza,
todas as alegadas «sensibilidades» feministas das mulheres do PSOE, e dos
homens encabeçados por F. González, só serviram para o que já padecemos, o
aniquilamento da classe operária muito particularmente o das mulheres
pertencentes a essa classe e muito mais particularmente a Galiza onde à
exploração capitalista soma-se a espoliação colonial. O tripé que esmaga a
mulher galega: capitalismo-colonialismo-homem. As feministas do PSOE
reivindicam mais mulheres nos Conselho de Administração, mas não querem
reivindicar cinco mil e um empregos para mulheres em ASTANO A CONSTRUIR BARCOS
com dez mil empregos. Isso é que não. Na própria reivindicação do PSOE fica
nítido o carácter de classe burguês e não negamos a contradição homem-mulher na
burguesia capitalista. Podemos imaginar as operárias a fazerem greve para mais
mulheres no Conselho de Administração da empresa onde são exploradas? O
feminismo na Galiza leva quarenta anos sem ter um carácter de classe nítido,
esclarecido, evidente, porque estavam e estão muito longe das massas
trabalhadora galegas, do ingente número de mulheres que trabalha na economia
[RE] productiva e ao estarem tão longe não podem ver que o trabalho reproductivo
das mulheres capitalistas o realizam mulheres proletárias cujos interesses como
mulheres burguesas e proletárias SÃO ANTAGÓNICOS porque não pode haver
igualdade entre a LATIFUNDIÁRIA-CAPITALISTA (Ana Botin, Koplovitch) não apenas
com as mal ditas trabalhadoras «domésticas» como também com as empregadas,
proletárias, dos seus bancos, empresas e terras.
Reivindicar
República Feminista para ocultar República Socialista é favorecer o
capitalismo. Ir contra o machismo para ocultar que a essência da violência
machista reside justamente no Estado em que se organizam as capitalistas e o
Patriarcado é ocultar o inimigo de classe e o Patriarcado que não é um
abstracto. E no nosso contexto, um Reino da Espanha criado durante séculos na
mais assanhada fúria violenta contra mulheres pobres, contra pobres em geral,
contra as nações como a galega Domada e Castrada, ainda hoje, é DESPISTAR a
luta pela democracia socialista e a igualdade mulher-homem. Porque o nosso
contexto é o de TIRANIA FRANQUISTA NARCOTRAFICANTE TERRORISTA encabeçada por
Rajoy-Feijó-Farinha cujo alvo principal é o proletariado e as nações submetidas
particularmente contra as mulheres trabalhadoras: uma política permanente cujos
resultados são inúmeros assassinatos, violações, vejações, humilhações,
exploração de mulheres pobres ou proletárias. Crimes calculados, favorecidos,
promovidos, executados pelos aparelhos coercitivos do Estado monárquico para as
permanentes campanhas de intoxicação mediática com resultados demolidores no
estado de ánimo da população, que a inibem da luta e favorecem o fascismo.
Não
nos cansaremos de repetir que, em nossa opinião, o feminismo proletário tem de
estar com as proletárias onde elas estão, onde trabalham, no trabalho do fogar,
nos Centros de Saúde e hospitais para o aborto ser realizado no seu hospital de
referência, nos quarteis, nos Arsenais, nos centros militares, nas escolas,
liceus, universidades para a educação afectivo, sexual, reproductiva e de
igualdade mulher-homem ser uma questão clara como a luz do dia. Numa palavra, o
feminismo proletário tem de ser de massas, mas não de livraria. O feminismo
proletário tem de fazer combate ideológico permanente contra as teóricas do
feminismo burguês de língua inglesa: autoras a negarem mesmo a luta das classes
e muitas outras ideias próprias do nazi-fascismo. E no nosso caso concreto, a
Galiza, a UNIÃO das operárias galegas e portuguesas tem de ser uma tarefa urgente
e permanente para conquistarmos a igualdade, a liberdade e a fraternidade na
UNIÃO nacional da Galiza e Portugal, acabarmos com a exploração capitalista e
colonial a meio da INSURREIÇÃO.
Em Ferrol,
quinta-feira, 8 de março de 2018
COMISSÃO PARA A
REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
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