sábado, 5 de dezembro de 2015

O FUTURO DE NAVANTIA, ASTANO CONSTRUIR BARCOS (LIDO NO PLENÁRIO ORDINÁRIO DO CONCELHO DE FERROL ÀS 11H00 DA QUINTA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2015) (distribuídas 300 folhas em quinta-feira, 3 de dezembro de 2015, 200 na rua Galiano e 100 na manifestação dos fachos de Navantia)

O FUTURO DE NAVANTIA, ASTANO CONSTRUIR BARCOS
O meu nome é MANUEL LOPES ZEBRAL representante da COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL cujo objetivo é a defesa da Livre Determinação, Independência e Soberania da Galiza.
1.       Manifestar a nossa solidariedade com as VÍTIMAS particularmente as mulheres da GUERRA imperialista encabeçada pelos EUA-UE e os seus aliados, a Turquia, Israel, Arábia Saudita e Qatar e condenar os desmesurados esforços que estão a fazer Hollande, para envolver na GUERRA contra a Síria de Bashar al-Assad a mais países, e sobretudo o Erdogan da Turquia para provocar uma GUERRA MUNDIAL NUCLEAR ao abater às ordens de um general espanhol, diz-que, um caça da Rússia com a que manifestamos a nossa solidariedade particularmente com os pilotos do caça abatido.
2.       Encorajamos para convocar Plenário Extraordinário para proclamar que a luta em favor da PAZ, contra a GUERRA imperialista, requer a mobilização do proletariado e dos povos das nações unidas particularmente agora em que com a excusa dos atentados do Estado Islâmico, criado e às ordens dos EUA-UE e aliados, Hollande está a desenvolver uma grande ofensiva contra o proletariado e contra as liberdades democráticas na França, na Bélgica e mesmo no Reino da Espanha que só benefíciam o fascismo.
3.       ASTANO CONSTRUIR BARCOS é uma reivindicação resultado de uma GUERRA contra o proletariado da Galiza e Portugal, encerrando ASTANO e LISNAVE, para hegemonia e MONOPÓLIO da Coreia do Sul, aliada dos EUA em GUERRA desde 1950 contra a Coreia do Norte.
4.       Os danos dessa GUERRA podem ser quantificados na perda de dezenas de milhares de postos de trabalho, só em ASTANO, dez mil. A ruína de Ferrol que perdeu população como se duma GUERRA CRUENTA se tratar. Uma imensa degradação e pobreza do modo de vida particularmente o derrotismo em que sumiu a capacidade de combate do proletariado ferrolano graças aos sindicatos e os seus «liberados» vagos.
5.       Tudo começou com o Decreto de Reconversão Naval de El-Rei João Carlos I e Felipe González com o concurso de Gácio Caeiro da UGT. Culpáveis primeiros PSOE-UGT. A resistência proletária produziu três greves gerais na Galiza durante o ano de 1984. A derrota veu porque CCOO, segundo culpável, entregou-se à indignidade de recomendar se solicitasse a rescisão/suspensão do contrato. Indignidade também da INTG-CIG, terceira culpável. Eu próprio fui despedido por El-Rei e Felipe González por me negar a solicitar se me rescindisse o contrato, aliás, franquista: obrigava a deixarmos o emprego em favor de qualquer «caballero mutilado de guerra». Deixem-me que lhes conte que para emporcar a dignidade da minha negativa a solicitar ser despedido, Dongil a representar a CCOO proclamava que eu não fora despedido, que «pedira a conta», que «me fora voluntário»…
6.       Foram anos de mobilização e de luta pela readmissão das pessoas despedidas, milhares, com vitórias, dentro da imensa derrota, como a dos ditos «seis despedidos», readmitidos em ASTANO depois de 150 dias encerrados no local do Comité de Empresa, ou a dos de AUXINI. Eram tempos em que a luta era aberta contra os sindicatos e os seus «liberados» vagos, do lado dos capitalistas contra os seus próprios companheiros de trabalho e de classe. Foram os tempos da grande indignidade e da imensa corrupção dos dirigentes sindicais, do «salve-se quem puder». Nesse quadro nos organizáramos até mais de duzentas pessoas para a luta e conseguirmos o reingresso em ASTANO e a mim me fora encomendada no SMAC a representação até atingir o ingresso em ASTANO. Eu ainda hoje conservo legalmente essa representação. Nessa luta que dura anos, tinhamos os sindicatos como primeiros e mais próximos inimigos que mesmo violavam os seus Estatutos contra nós sem nos fornecer a assistência jurídica à que tinhamos direito ou com afuzilamentos mediáticos como o de Afonso Telhado Sande a representar a INTG-CIG que através de «La Voz de Galicia» acusa Zebral de «levar os trabalhadores a um calexon sem saída» ou as insídias da corrupção da INTG-CIG de Emílio Cagião nos ouvidos das vítimas combatentes de QUEGALSA: «se deixares Zebral terás trabalho de por vida nas Companhias Auxiliares».
7.       Chegou Aznar em 1996 para intensificar a GUERRA contra nós. Decreta a desaparição de ASTANO mudando-lhe o nome e os demandantes, nós, ficamos sem a quem demandar. Continua a proibição de ASTANO CONSTRUIR BARCOS. Desde Aznar até 1 de dezembro de 2008 é uma permanente proibição mesmo com o governo PSOE-BNG na Galiza. Nessa data tinhamos apresenado queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e apresentamos a nossa Proposição de Lei de Fomento do Sector da Construção Naval da Galiza contra outra apresentada pelo BNG e aprovada para continuar a proibição de ASTANO CONSTRUIR BARCOS. O BNG não apoiou a queixa apresentada no TEDH para ASTANO CONSTRUIR BARCOS, queixa que não foi admitida porque o juiz holandês foi comprado pelo Reino da Espanha.
8.       Desde 1 de janeiro de 2015, tivemos cerca de um ano para sabermos que o governo espanhol e galego continuam a proibir ASTANO CONSTRUIR BARCOS com o concurso de partidos, sindicatos, Comités de Empresa de Navantia e alcaides que não reivindicam ASTANO CONSTRUIR BARCOS. Estão conformes com que ASTANO, ocupado pela eólica marinha que impede construir barcos em ASTANO, continue a ser uma insignificante oficina auxiliar de Bazan. ReivindicamCARGA DE TRABALHO, dique flutuante… tudo exceto o que importa ASTANO CONSTRUIR BARCOS e mobilizam, o mínimo, para tudo continuar a pior, o pior para o operariado. Não temos nem III nem IV Convénio, carchuto do Natal, sim, nem convénio só para a Ria de Ferrol, temos o salário reduzido porque a lei orçamentária proibe aumentar o salário, não temos jornada de 35 horas, nem fuso horário português, nem jubilação aos 60 anos (40 cotizados) com o 100 %... A conclussão é óbvia: em termos democráticos, temos o direito e o dever de exercermos o direito à INSURREIÇÃO para a derrocada dos governos do PP de Feijó e Rajoy que enviam os seus representantes, Revuelta, Conde, de Guindos a Ferrol, à Galiza a escarnecer-nos…

9.       Jorge, tu te atribues a representação do povo de Ferrol, representação maior do que a dos presidentes dos Comités de Empresa de Navantia. Como te dizia em 5 de agosto, reune os alcaides de Ferrol-Eume-Ortegal para grande mobilização em favor de ASTANO CONSTRUIR BARCOS. Exerce a tua representação para defender os intesses de Ferrol e a Galiza, reune os alcaides de Vigo, a Ponte Vedra, A Crunha, Compostela e mais, reune os presidentes das Deputações Provinciais, A Crunha, a Ponte Vedra, Lugo, reune-os na terça-feira, 1 de dezembro para grande mobilização na Galiza em sábado, 19 de dezembro para a derrocada do PP em dia 20, nesse domingo dando a batalha que derrote a fraude eleitoral do PP e adláteres. Pensa que Portugal tem proibido construir barcos e que tem um governo de esquerdas do PS, BE, PCP, PA que deverias convidar para virem a Ferrol no Alfapendular em cinco horas desde Lisboa. Na França e na Europa acontece parecido. Lembra que o dirigente da CGT francesa proclamou que o operariado da Europa está a sofrer as mesmas políticas para ter desemprego, redução de salário, etc. que a luta contra o capital é europeia e a coordenação dos sindicatos urgente para mobilização unida do proletariado europeu. Em vez de empregar dinheiro em financiar a Semana Santa, emprega-o em celebrar em Ferrol a Semana da Democracia, dos direitos civis e políticos, dos direitos económicos, sociais e culturais, da Carta dos Direitos Humanos em cujo preámbulo se reconhece o direito à INSURREIÇÃO.                   
Em Ferrol, quinta-feira, 26 de Novembro de 2015

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