quarta-feira, 14 de julho de 2010

MANIFESTAÇÃO ESPONTÂNEA

O acontecido anteontem em Madrid, segundo a vice-presidenta do governo de ZP, foi uma MANIFESTAÇÃO ESPONTÂNEA, não se pode politizar, ninguém quer politizar, embora a simbologia FASCISTA COM TOURO TESTICULAR incluído enchera até vomitar a ponta sudocidental da Europa; por ter, tivemos na TVE até a bandeira do requeté «que nos compra caramelos». Uma manifestação espontânea como a dos madrilenos a lhe pôr o peito às balas das invasoras tropas «cataleónicas»; insurge-se o povo de Madrid «em favor do absolutismo de Fernando VII de Espanha e da irmãzinha Joaquina Carlota em Portugal»: um milhão e meio, vindas de toda a parte do Reino, superam o milhão duzentas mil que se manifestaram em Barcelona, justo o dia antes do grão jogo final; um milhão e duzentas mil pessoas a proclamarem que a Catalunha é uma NAÇÃO, Som una Nació, um milhão e duzentos mil votos, ou 1,5 M de votos, em favor da Livre Determinação, a Soberania e a Independência da Catalunha num hipotético e PROIBIDO por ZP e Durão i Lheida REFERENDO como o que dou a Independência ao Timor Leste, com muita catana ensanguentada, em Agosto de 1.999 auspiciado pela ONU.
Foi uma manifestação tão espontânea e natural como a do Príncipe herdeiro (e a «coelha» da monarquia) que fez dois apelos televisados, o segundo fardado de Generalíssimo, a homenagear «a gesta dos nossos heróis», a gesta dos heróis da monarquia imposta por Franco em pleno Estado de Guerra, a gesta do Villa que cobra, quanto?, da McDonald’s, a gesta dos que cobram, quanto?, de ADIDAS, a gesta dos que cobram da IBERDROLA que, com ou sem abraço a Feijó, quer subir-lhes a luz ao milhão e meio de madrilenos justo quando se estão manifestar ESPONTANEAMENTE, refrescados pelos bombeiros que espontaneamente passavam por ali depois de sair do aeroporto das Baralhas, não se confundam com Baralha como confunde a CRTVG.
Foi tudo tão espontaneamente organizado contra a QUESTÃO DE ESTADO que é a Livre Determinação da Catalunha que uns dias antes do grão jogo final televisaram quando, como, onde chegaria ao aeroporto madrileno a VITORIOSA ARMADA ESPANHOLA: Filipe V da Espanha e I da Alemanha tinha que ter bem preparada a sucessão de um pai que não pode viajar porque NÃO LHE RESTA MUITO TEMPO DE VIDA? Tem cancro de pulmão? Estão a OCULTAR como antes da morte de Franco? O espontâneo organizador ZP, confessa que se lhe «saltaram as lágrimas», daí os telefonemas de Obama, Merkel, Sarkozy, Cameron, Berlusconi, (Ban Ki Moon?) para o consolar sem querer politizar porque um campeonato do mundo de futebol não se pode politizar; apenas melhora a economia: aumenta o PIB, o consumo de cerveja, preservativos, putas e telefonia móvel além de produtos para o cão.
E nós espontaneamente relacionamos a Filipe V fardado de Generalíssimo com a catana ensanguentada do referendo timorense porque a Independência da Catalunha, PACÍFICA e democrática nas bocas televisadas dos dirigentes de ERC soa-nos ao eterno chauvinismo nacional da nação oprimida que favorece a permanência no tempo da nação opressora, o Reino da Espanha, a esmagar operariado, povos e nações. Esse chauvinismo nacional da nação oprimida CONTRÁRIO À SOLIDARIEDADE, AMIZADE E UNIÃO dos povos para a derrocada do nacionalismo opressor: o que mobilizou anteontem um milhão e meio de madrilenos. O não relacionar a farda de Generalíssimo com a catana ensanguentada prejudica muito à Galiza, nação oprimida, genocidada e ESPOLIADA, também espoliada pela Catalunha, silenciada e desprezada pelos bascos, porque cria o sonho RADICALMENTE NEGADO PELA HISTÓRIA de qualquer Independência PACÍFICA da parte do monárquico Estado espanhol: APENAS UMA AÇÃO DE FORÇA CONTUNDENTE DO PROLETARIADO, OS POVOS E AS NAÇÕES UNIDAS é que pode deitar e EXTERMINAR a monarquia e as suas forças armadas.
A euforia dos dirigentes do BNG com o acontecido em Barcelona é uma outra manifestação do que diagnosticamos. Euforia que lhes ajuda a esquecer, ainda mais, que a Galiza está e é o Norte de Portugal e a Galiza não vive do que aconteça na Catalunha como infelizmente a história demonstra no relativo ao seu Estatuto de Autonomia durante a II República espanhola, com o «bipartido» e agora mesmo. Importa-nos, e muito, as portagens que Sócrates e o seu governo pretendem impor nas A28 e outras; importa-nos tomar exemplo da organização e luta do povo português contra as portagens nas autoestradas, o último exemplo, o da Ponte 25 de Abril, para o APLICAR contra as portagens da autoestrada galega, portagens contra as que não protestam nem o Conselheiro de Industria, Guerra, nem o empresariado da Ponte Vedra nem o Eixo Atlântico: pagar 17 € desde Ferrol até Tui é UM ATRACO fomentado e consentido pelo governo de Feijó com falta de organização e luta do BNG que se vai manifestar à Catalunha em vez de o fazer em Tui e Valença do Minho em favor da UNIÃO OPERÁRIA GALEGO-PORTUGUESA.
Em Ferrol, Quarta-Feira, 14 de Julho de 2010
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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