segunda-feira, 13 de outubro de 2008

EXÉRCITOS DE OCUPAÇÃO, FORÇAS ARMADAS COLONIAIS (distribuídas 200 folhas às 13 h. da Segunda-Feira, 6 de Outubro de 2008 na porta Taxonera da Bazan)

Muito se tem escrito e opinado acerca do conceito de OCUPAÇÃO COLONIAL [Fanon, Sartre] sempre insuficiente na Galiza a teor das ideias que regem no âmbito alegadamente patriota, anticolonialista, anti-imperialista aquando se encontra com a realidade concreta que cada dia serve a ESPOLIAÇÃO COLONIAL nomeadamente em Ferrol, centro de gravidade em termos militares da OCUPAÇÃO COLONIAL da Galiza. Insuficiência devida, na nossa opinião, à CENSURA que se pratica neste e noutros âmbitos do estudo do conhecimento da história COMUM da Galiza e Portugal, da história das lutas de libertação pela sua Independência e Reunificação das duas Galizas deslocadas, da história da luta das classes na Península, da história da ESCRAVATURA no nosso contexto e sobretudo da importância decisiva dos republicanos militares galegos dentro dum exército de OCUPAÇÃO COLONIAL, ESCRAVISTA, MONÁRQUICO para ser proclamada a República Federal em 1873, a não Federal em 1931 e a derrota do plano golpista de Mola em 1936.
Comecemos pelo mais evidente, um clássico do cinema universal, « O Coiraçado Potenkim» que integrava as Forças Armadas Czaristas de OCUPAÇÃO COLONIAL das colónias próximas (interiores) e das de longe (exteriores): os colonizados integrados na Força de Ocupação Colonial libertaram o vaso de guerra depois de uma luta a morte das classes que o integravam: os colonizadores czaristas (os mandos) contra a tropa de pobres procedentes das nações colonizadas integrados nas forças de ocupação para passar menos fome.
Os colonizadores do mundo sempre prontos a rapinar, de sofisticada e malvada inteligência, empregam os colonizados como carne de canhão nos seus exércitos de ocupação colonial, contra os seus irmãos colonizados sobretudo contra os seus próprios familiares. O exército de ocupação colonial francês no Viet Nam, empregou os colonizados argelinos como força ocupante de choque para os vietnamitas perderem a cabeça e não apenas na guilhotina. Os colonizados vietnamitas de sofisticada e GENEROSA inteligência apanhavam-nos prisioneiros, explicavam-lhes a VERDADE anticolonialista e da luta mundial das classes e muitos argelinos das forças francesas de choque regressavam à Argélia para se integrarem na FNL e lutarem contra o exército de OCUPAÇÃO COLONIAL francês do seu país.
Se falarmos do exército colonial dos galegos do sul, portugueses, encontraremos nos dirigentes e nos movimentos de libertação africanos a mesma fina e GENEROSA inteligência para os galegos do sul, dentre eles os «Capitães de Abril», que integravam para lhes cortar a cabeça a força de OCUPAÇÃO COLONIAL, generosa inteligência que foi chave para em 25 de Abril de 1974 termos Revolução dos Cravos que não se estendeu para Norte devido ao desconhecimento da história COMUM dos pobres da Galiza e Portugal cuja libertação requer organização e luta COMUM, em COMUNIDADE.
Luta comum, em comunidade, dos colonizados dirigidos pelo fogueiro Sanchez Moya e o tenaz republicano (galego de Ferrol?) Gonçalo Moreira que por sugestão da triunfante Revolução na Galiza Sul, SUBLEVARAM-SE na noite do 1 para o 2 de Agosto de 1911 na fragata Numancia para proclamar uma República como a revolucionária República portuguesa, sublevação lavrada durante uma visita do vaso de guerra espanhol a Lisboa e derrotada pelas insuficiências endémicas que perduram a dia de hoje.
Sanchez Moya e Gonçalo Moreira, émulos dos colonizados integrados na força de ocupação colonial, brigadeiro Poças e capitão reformado Montejo que na manhã do 11 de Outubro de 1872 dirigiram um levantamento no Arsenal que se estendeu a Ferrol para proclamar a República Federal, têm continuadores anónimos, clandestinos, desconhecidos que durante vinte anos lutaram para que em 1931 fosse proclamada a República Federal, libertar a Galiza e a UNIR com Portugal. E a sua luta continua durante a República sempre baixo a mesma forma: MANDOS, Cuerpo General, COLONIZADORES, ESCRAVISTAS, ESPANHA UNA, GRANDE, LIBRE, contra tropa, colonizados galegos e não só. Monárquicos, escravistas, feudalistas, imperialistas, colonialistas, genocídas, terroristas, clandestinos, o ÓDIO DE MORTE dos integrantes do Cuerpo General da Armada determina a reunião do dois de Julho de 1936 na Feira do Dous em Serantes dos colonizados cabos republicanos galegos cujos acordos implementados derrotaram o plano golpista de Mola para depois terem de combater, e morrer, contra o melhor da força aeronaval de Hitler e Mussolini e serem derrotados pela confabulação mundial da PATRANHA da Não Intervenção coligada com o nazi-fascismo para garantir mais mil anos de imperialismo e colonialismo. Só que para eles nem Cantares de Gesta nem documentários ou filmes como «O Coiraçado Pontenkim», embora o nosso empenho; luta com VÍTIMAS contra o imperialismo e o colonialismo que continuou com episódios no silêncio e na censura e outros que pela sua força a romperam como o do navio Santa Liberdade com o cabo Sotomayor e o capitão Galvão integrando senhos exércitos de ocupação colonial; e para além disso a míope incompreensão no âmbito patriota, anticolonialista, anti-imperialista: o desenvolvimento do acontecido na fragata Extremadura é mais um episódio desta luta a morte dos mandos da Armada contra os colonizados da tropa; ao Almirantado, ao Comandante, ao Chefe de Máquinas que morressem Francisco Castrillón e Eric Noval nada lhes importava nem que estalasse a fragata toda e se levasse por diante muro e cidade da colónia, e uma vez consumado o CRIME, têm que se garantir IMPUNIDADE determinando em menos de 24 horas, com os cadáveres ainda quentes, que os colonizados morreram em desgraçado «ACIDENTE» devido à «FADIGA DO MATERIAL», PATRANHA que o cabo Jorge Gago Chão e outros colonizados denunciam e o ÓDIO dos integrantes do Cuerpo General emerge: reúnem-se clandestinamente em restaurantes conhecidos, conspiradores, para aniquilar o colonizado que se rebela; a mesma actividade golpista que estamos cheios de conhecer e à que nunca lhe pomos remédio, como se o cinza, o bmorralha, não se pudesse fazer desaparecer com água que, aliás, dilui o álcool que contem. Tráfico de drogas no «Patinho», gasóleo roubado, venda de exames de ascenso... Tudo na IMPUNIDADE. O cabo Gago somos NÓS.
Em Ferrol, Segunda-Feira, 6 de outubro de 2008
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

Sem comentários: