domingo, 11 de novembro de 2012

DEMOCRACIA NA GALIZA? (distribuídas 500 folhas às 5h30-6h55 da Quinta-Feira, 25 de Outubro de 2012 na porta da Bazan rua Taxonera)

Se na Galiza 653.934 pessoas votaram o PP e 2.040.043 o não votaram eis que a Cospedal, o Feijó, Carlos Negreira e o PP concluem e proclamam que a cidadania apoiou os «recortes». Eis a vontade popular e o povo é quem mais ordena para o PP. É o mesmo conto que o referendo do Estatuto de Autonomia em que quatro de cada cinco votantes galegos não lhe deram o SIM. A democracia na Galiza para o PP é o governo da MINORIA, quer dizer, a TIRANIA FRANQUISTA. Tirania que se manifesta uma e outra vez; desta feita tentando encarcerar pessoas que em 9 de Fevereiro de 2009 saíram a defender a nossa língua contra RACISTAS INTERIORES DO PP E FORÂNEOS, como a Rosa Díez a emular os Camisas Pardas de Hitler, em manifestação contra nós e a nossa IDENTIDADE, RACISTAS que tinham que estar todos presos e os seus partidos ILEGALIZADOS.

É uma vergonha que nenhuma análise política sequer colocasse a questão de quantos votos logrou o PP restar ao PSOE e BNG ao rebentar o Concelho de Ourense com a demissão do alcaide e outros concelheiros graças à concertada ação da juíza Pilar de Lara e o seu «amado esposo», dirigente provincial do PP em Lugo, JUSTO ANTES DA CAMPANHA ELEITORAL. Eis a singularidade da Galiza em termos de agressão do fascismo que não pode tolerar qualquer governo que não seja o do PP. Aconteceu no Pais Basco um ataque contra o Concelho de Donosti presidido por Bildu, ou contra qualquer outro presidido pelo PNB? Acontecerá tal na Catalunha agora que está próxima a campanha eleitoral?

No entanto o CAPITALISMO FINANCEIRO espanhol de mãos dadas com o catalão e o basco representados pelo PP-PSOE-CiU-PNB excrementam pela boca do Mas o seu RACISMO POLÍTICO contra a Galiza reduzindo-a a uma categoria inferior à nação basca e a catalã mesmo comparando-a com Murça e Castela-Leão, tentando vãmente tirar-lhe os seus direitos, os mesmos que os da nação basca e catalã, que como NACIONALIDADE HISTÓRICA, uma nação com muita história, lhe correspondem.

Levamos três eleições autonómicas em que a agressão contra a DEMOCRACIA na Galiza é de grosso calibre sem que uns e outros (PSdG-PSOE, BNG, AGE, CCOO, UGT, CIG) não façam outra coisa que não seja promover o DIVISIONISMO permanente do POVO GALEGO e as suas organizações. Não querem UNIR O POVO GALEGO na Assembleia Nacional da Galiza, preferem a Aliança Social Galega, reduzindo a Galiza ao que Mas excrementava. Nem sequer o mimetismo da Catalunha lhes leva a imitar a Assemblea Nacional Catalana que mobilizou dous milhões de pessoas em 11 de Setembro em favor dos seus direitos nacionais.

Na Galiza, graças ao PNB e CiU e outros que apoiaram a reforma franquista, NUNCA houve DEMOCRACIA; levamos suportando franquismo desde 1936 até 2012; tudo devido a que na Galiza qualquer concessão DEMOCRÁTICA, a qualquer governo DEMOCRÁTICO se lhe coloca de IMEDIATO a questão de Portugal e a sua UNIDADE com a Galiza.

Eis onde reside, na nossa opinião, a chave que explica TUDO o relativo a nós em termos políticos, financeiros, económicos e sobretudo militares (vejam a necessária SOLIDARIEDADE com a nação catalã contra qualquer espanhola intervenção militar): na EXISTÊNCIA da República portuguesa, na existência da Galiza Sul LIVRE integrada na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que defendera a Autodeterminação do Timor Leste, hoje um país com VOZ E VOTO NA ONU.

Eis é onde reside o HISTÓRICO perigo português, em que desde a Assembleia Nacionalista de Lugo em Novembro de 1918 proclamaram que a Galiza e Portugal são NAÇÃO ÚNICA e que o Galego é a mesma língua que o Português, questões assumidas pelo Partido Comunista no seu Congresso de 1932 em Sevilha e que ninguém hoje pode obviar em termos DEMOCRÁTICOS: a união nacional galego-portuguesa.

LEMBRANÇAS para que uns e outros que agora estão a afirmar grandiloquências com alegria e pesar, COMBATIVAMENTE APLIQUEM UNIDOS E UNINDO À GALIZA contra o fascismo na Assembleia Nacional da Galiza e que em 14 de Novembro a Greve Geral seja a tomada do poder pelo proletariado e as massas trabalhadoras europeias a meio da INSURREIÇÃO.        
Em Ferrol, Quinta-Feira, 25 de Outubro de 2012

COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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