quinta-feira, 30 de julho de 2015

GUERRA CONTRA A GALIZA (distribuídas 1000 folhas às 12h00 da sexta-feira, 17 de junho de 2015 na manifestação do leite em Compostela)


Galiza leva mais de quarenta anos a sofrer uma guerra nacional e de classe que não tem comparação no mundo. A Galiza não são seis letras. São cerca de três milhões de pessoas organizadas para PRODUZIR RIQUEZA a meio do seu trabalho. Riqueza que ESPOLIAM quatro capitalistas forâneos, estrangeiros, não galegos, sediados em Madrid, Barcelona, Bilbau e Caracas.

O caso do leite não é só o caso do leite. É o caso do queijo e os derivados do leite. Indústria transformadora. O caso do leite é o caso das Pescas. É o caso de ASTANO. É o caso da energia elétrica que produzimos e o gás que consumimos. É o caso do capital financeiro que produzimos com os nossos salários aforrados: 70.000 milhões de Euros de ativos que se REGALARAM ao Escotet de Banesco para acentuar a GUERRA ECONÓMICA contra o povo galego e venezuelano, este porque se fez dono do seu petróleo e das rendas que produz para as investir em bens sociais para o povo. É o caso da cultura que criamos e a que não criamos porque no-la ESPOLIAM ao PROIBIR, UNÁNIMES, a nossa língua particularmente a nossa secular ORTOGRAFIA, a do português. É o caso dos intermináveis e provocados INCÊNDIOS que destruem VIDAS, flora e fauna.

Durante quarenta anos a GUERRA CONTRA A GALIZA teve episódios como a Maré Negra do Prestige: e a Galiza reagiu contra essa agressão brutal [a mesma que está a sofrer a nação canária] das «ratas» internacionais das grandes petroleiras. A Exxon Mobil, a Shell, a Total e os senhores da GUERRA a encherem o mundo de GENOCÍDIOS com milhões de VÍTIMAS. A Galiza organizou-se e mobilizou-se contra essa agressão. SÓ CONTRA ESSA. Daí o nome míope de Plataforma Cidadã Nunca Mais. O que se requeria na altura, durante quarenta anos e agora é a NAÇÃO UNIDA, A GALIZA UNIDA para ser LIVRE, para a derrocada do poder representado pela monarquia franquista e narcotraficante. A GALIZA UNIDA, A NAÇÃO UNIDA não é a «Maré Galega» nem a «Unidade Popular» na boca da Iolanda Dias & Cia, é a ASSEMBLEIA NACIONAL DA GALIZA para a Galiza ser LIVRE. Assembleia Nacional porque representa a DEMOCRACIA DA NAÇÃO denominada a Galiza. Porque representa a soberania nacional. Porque a democracia é o direito da Galiza à autodeterminação, independência e soberania. Sem isto não há DEMOCRACIA. A ASSEMBLEIA NACIONAL DA GALIZA representa o proletariado e o povo galego em concreto. Portanto pessoas, qualquer pessoa, NOTÁVEL ou não. Qualquer entidade ou organização, sindicatos, vizinhança, cultural, desportiva, partidos, as organizações de que se dota o povo galego. Qualquer instituição, Concelhos, Deputações e o que houver. Tudo UNIDO NA ASSEMBLEIA NACIONAL DA GALIZA e SEM EXCLUIR ninguém. O funcionamento DEMOCRÁTICO tem de ser o eixo da MOBILIZAÇÃO DA GALIZA INTEIRA PARA SER  LIVRE. Para governar-se a si própria. Para termos um PODER POLÍTICO que seja o NOSSO PODER POLÍTICO. Para TOMARMOS O PODER. Tem de ser concebida desde o primeiro momento CONTRÁRIA a qualquer MANIPULAÇÃO DE HEGEMONIA como foi a Plataforma Cidadã Nunca Mais pelo BNG que não pode evitar criá-la e como se lhe ia das mãos, MATÁ-LA. Tem de funcionar por UNANIMIDADE com voz e voto para pessoas, entidades e instituições. Tem de funcionar horizontalmente com Comissões de Trabalho, nada de Coordenadoras e outros Cimos de controlo hegemónico. Tem de DAR VOZ ÀS VÍTIMAS, aos SEM-VOZ, nada de porta-vozes e outras miseráveis trampas de protagonismo não democrático. As «guerritas» entre nós têm de se acabar, a difamação, o desprestígio de uns para outros. A SOLIDARIEDADE entre nós tem de ser a base do relacionamento e do funcionamento. O AMOR entre umas e outras pessoas pela nossa condição de VÍTIMAS por sermos galegos e galegas, objeto de RACISMO espanhol e internacional, a ESCUSA PARA NOS ESPOLIAR sobretudo o poder político, decidirmos nós. Tínhamos de vir ao mundo não com o Aka baixo o braço mas com os maiores conhecimentos nas modernas técnicas de guerra particularmente GUERRA AERO-NAVAL.

De que servem tantos apelos à UNIDADE? Galiza, grupo parlamentar próprio, onde? Em Madrid, baixo a égide dos usurpadores católicos reis, um imperialista catalão, a outra a falar galego para o MATAR? Por que não em Lisboa, na Assembleia da República da Galiza Sul? Por que não há apelos à UNIDADE proletária para aumento de salário e outras coisinhas como fuso horário português? Ou ASTANO CONSTRUIR BARCOS? De que servem blocos independentistas para o Dia da Pátria? Para o 25 de julho? E os seguintes dias? Criamos um bloco para nos manifestar contra os incêndios em domingo, 9 de agosto em Compostela? Conseguiu-se algo na Cimeira Portugal-Espanha a respeito dos incêndios? Chega? Não! A Galiza o que precisa é UNIDADE PERMANENTE para a luta, a batalha e a VITÓRIA e isso só poderá ser criando a ASSEMBLEIA NACIONAL DA GALIZA todo o proletariado, o povo galego e as suas pessoas, organizações e instituições. Erradicar a linguagem e os conceitos do inimigo: «transição, rotura democrática»? Não! Guerra Nacional e de Classe do franquismo local aliado ao banditismo internacional. Franquismo e banditismo têm rosto, nomes e apelidos na Galiza, em Madrid, na Catalunha, no País Basco, na Venezuela e não apenas. Chamemos-lhe às cousas pelo seu nome. Digamos que a organização e mobilização do proletariado e do povo galego não precisa do referente catalão nem do basco, tão burguês, espoliador e racista contra nós, precisa dos NOSSOS PRÓPRIOS REFERENTES e estes CLAMAM E PROCLAMAM agora e ao longo da história da Guerra Nacional e de Classe a NECESSIDADE E INEVITABILIDADE DA UNIÃO PROLETÁRIA E NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL. Quem negar isto está CONTRA a liberdade da Galiza, não quer a Galiza LIVRE. Está a FALSIFICAR, portanto MENTIR, o pensamento de Castelão, o galeguismo das Irmandades da Fala da Galiza... e Portugal e a negar a história. Nós queremos GALIZA LIVRE COM ASSEMBLEIA NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL A MEIO DA INSURREIÇÃO.    
Na Galiza, sexta-feira, 17 de julho de 2015

COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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