quinta-feira, 30 de julho de 2015

P O R T U G A L (distribuídas 2000 folhas às 12h00 do sábado, Dia da Pátria, 25 de julho de 2015 na manifestação em Compostela)



«O território galego segue DIVIDIDO POLITICAMENTE pela fronteira que separa Portugal de Hespanha» escreveu Castelão há 75 anos. Passados 75 anos podemos escrever o mesmo? «Assim, também é seguro que a Galiza e Portugal se juntarão algum dia». Portugal é Pátria Galega? Para Castelão e galeguistas, era. Para «Hirmandade da Fala en Galicia e nas Colónias gallegas d'América e Portugal», era. É-o para nós? Passados 75 anos se pode afirmar que nenhuma organização tem no seu programa «RESTAURAR A UNIDADE da Galiza, juntar os nacos deslocados [da Galiza], UNIR AS DUAS GALIZAS DESLOCADAS».

Aquando nos manifestamos no Dia da Pátria consideramos Portugal Pátria Galega? No último meio século em âmbitos ditos nacionalistas não só não se considerou como também se COMBATEU, e com sanha, a ideia da UNIDADE da Galiza e Portugal e a praxe pertinente-coerente: a nossa. Combateu-se com campanhas INAUDITAS de desprestígio pessoal permanente coincidentes com as do inimigo colonialista espanhol. Durante um quarto de século mantivemos e mantemos o facho acesso: O DA UNIÃO PROLETÁRIA E NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL. Não podemos nem queremos presumir de nada. Nada somos. Apenas constatar que «o nosso caso é muito mais SIMPLES que o dos bascos e catalães», afirmou Castelão há 75 anos, pela existência de Portugal e a possibilidade de «um convénio, um pacto» entre a Hespanha e Portugal para UNIR as duas Galizas. Hoje, o nosso caso, UNIR as partes da nação DIVIDIDA, é muito mais FÁCIL do que o dos bascos e catalães pela existência da República portuguesa e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) cuja ação política e diplomática determinou a Independência do Timor Leste sob os auspícios da ONU. Contribuiria para a da Galiza se não fosse impedido por Fraga-Aznar-Alonso Dezcallar no seio da CPLP em 1997 com a indiferença, passividade e mesmo contrariedade do dito nacionalismo. Essa contrariedade, seja qual for o dito nacionalismo, continua a ser um TRAVÃO de primeira ordem que está a IMPEDIR A UNIÃO OPERÁRIA E NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL. A UNIÃO do proletariado galego e português é reivindicar, organizar e mobilizar por ASTANO-LISNAVE CONSTRUIR BARCOS para EMPREGO, aumento de salários, jornada de 35 h/semanais, fuso horário português na Galiza, jubilação aos 60 anos (40 pagos) com 100 %, SALÁRIO SUFICIENTE, nada de mínimo. A UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL É DEMOCRACIA. Não há democracia sem reconhecer e implementar o direito  à Autodeterminação e Independência da Galiza e do Portugal esmagado pelo FMI, pela troika. Portugal não pode ser um protetorado, uma colónia portanto.

Todas as proclamas de UNIDADE, «vamos junt@s», «nação galega», conjunturais e despistadas ou mal-intencionadas, não contemplam, o «compostelanismo» de funcionariado não quer ver o proletariado, o de Ferrol, o de Vigo, o da Galiza, a imensa maioria da população. E para continuarmos no submetimento em UNIDADE, substitui a palavra-conceito Galiza por «nação galega» com bandeira incluída. «Vamos junt@s» porque «o país está roto» [a Galiza derrotada]? Não! O diagnóstico continua a ser «o território galego segue DIVIDIDO POLITICAMENTE pela fronteira que separa Portugal da Galiza» e o remédio: COMBATE com todas as forças das que dispomos, Portugal e a CPLP, um exército de 250 milhões de pessoas, SUPERIORES à dos bascos e catalães, para UNIR AS DUAS GALIZAS, para UNIÃO PROLETÁRIA E NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL. Independência, Socialismo e Feminismo? Abstrato. Concreto: UNIÃO proletária, SOCIALISMO. UNIÃO de mulheres proletárias, FEMINISMO. UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL, INDEPENDÊNCIA.

«Nação galega» referencia a UNIDADE na Plataforma Cidadã Nunca Mais. Nós levamos tempo utilizando-a como referência mas para criarmos algo superior, melhor, para UNIR a Galiza PERMANENTEMENTE, as duas Galizas, a ASSEMBLEIA NACIONAL DA GALIZA, pessoas (notáveis ou não), entidades (qualquer organização) e instituições (concelhos, deputações...) para a meio do combate, da luta, não pelo amanhado voto, DERROCAR O FRANQUISMO que aninha no PP, derrocar os amigos de narcotraficantes, Feijó-Rajoy, para DEMOCRACIA, para a Galiza LIVRE determinar a UNIÃO com Portugal.

Neste quadro de franquismo ladrão e narcotraficante IMPUNE, em 15 de julho de 2015 tornamos ao franquista Decreto 1433/75 de 30 de maio para ensino das línguas «vernacúlas». O franquista Bahamonde, a representar o franquismo que aninha no PP, aliado com o BNG e outras organizações para MATAREM, mais uma vez, a língua da Galiza, o Português. Um ano atrás, em 25 de julho, Dia da Pátria, BNG proclamara os benefícios de conhecermos e utilizarmos o Padrão Internacional da nossa língua, o Português e mesmo nos incluía, a Galiza, na CPLP.

O proletariado e o povo galego organizado e mobilizado na Assembleia Nacional da Galiza para a derrocada do Feijó-Rajoy e a sua monarquia franquista, tornará a Galiza LIVRE para determinar UNIÃO COM PORTUGAL. Comecemos por uma GRANDE MANIFESTAÇÃO NACIONAL CONTRA OS INCÊNDIOS na Alameda de Compostela, às 12h00 do domingo, 9 de agosto de 2015. E se a lograrmos, INSURREIÇÃO.           
Em Compostela, sábado, 25 de julho de 2015
 
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
 

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