quarta-feira, 24 de agosto de 2016

FESTEJAMOS POR CIMA DAS NOSSAS POSSIBILIDADES Distribuídas 400 folhas na rua Galiano em Ferrol, às 11h00-12h00 da quarta-feita, 17 de agosto de 2016, a oitenta anos do massacre do Jaime Quintanilha Martínez e outros.

FESTEJAMOS POR CIMA DAS NOSSAS POSSIBILIDADES
Que festejamos em Ferrol? Festejamos a ESCRAVATURA, A TRATA NEGREIRA do Ramón Plá e Monge, do Marquês de Amboage. Nas festas de Ferrol festejamos o São Ramón porque é o dia do «santo» do Marquês. E a sua Fundação. Que perante a mínima Auditória rebentaria em infinitos vermes da CORRUPÇÃO de mais de um século.
Mais de meio milhão de Euros pagados com os nossos impostos vai investir o Concelho de Ferrol num programa de festas com Fogos de São Ramón sem sabermos quantos milhares de Euros se queimarão no dia 31. Não temos para pão e queimamos notas de quinhentos Euros. Imaginam uma pessoa queimando notas de 500 €? Isso faz o Concelho de Ferrol em dia 31 de agosto para celebrar a TRATA NEGREIRA! Não pode haver maior INDIGNIDADE! E em pleno XXI século…
«Loquilho» e muitos outros de Madrid levarão para a capital do Reino de UNA, GRANDE E LIVRE boa parte do meio milhão de Euros dos nossos impostos. Quantas estrelas do rock, soul, reggae e outras imperiais inglesadas teríamos em Ferrol se cada ano investíssemos meio milhão de Euros em criar canteira com música nos programas regrados de ensino até na Universidade, em escolas municipais de música, de canto ou aumentando o Conservatório. E a nossa SECULAR TRADIÇÃO MUSICAL? É que nunca tal se viu! Milhares e milhares de poemas musicados, uns perduda a música, as ditas CÂNTIGAS MEDIEVAIS galego-portuguesas, PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE, como é que não fazem parte dos programas de festas e do estudo OBRIGATÓRIO em Conservatórios e Escolas? Como é que o Concelho de Ferrol e o de Neda não invistem um Euro em ressucitar os «sete caralhos franceses» de Fernão de Esquio com os ossos na beira-mar de Neda, olhando, indignados, para o «Loquilho» Ferrol? Sabem para que serve o «Loquilho»? Para matar a VIDA que poderiam dar sete «sete caralhos franceses» à Galiza, a Portugal e à Humanidade. Sabem para que servem mais de sete mil votos ao Jorge Soares? Para o exercício da sua TIRANIA mesmo FESTEJANDO-A por cima das nossas possibilidades. FEIRA MEDIEVAL SIM. CÂNTIGAS MEDIEVAIS COMO NÃO? Por que não celebramos em Ferrol a Festa do São Jorge e o Dragão? Por que não pagamos música «preta» contra a ESCRAVATURA da Pç de Amboge? É galega!
E se falarmos das festas de A Crunha, pior. Já sabem que A Crunha bonita e alegre, Ferrol feio e triste. Os orçamentos festeiros das sete cidades da Galiza dariam para tanto que nem excitamos a sua imaginação. E as ditas FESTAS PATRONAIS da sedução da Nava Castro? O franquismo nunca descansa e a sua CORRUPÇÃO quer campear sempre. Festas RELIGIOSAS em honor de patrão ou patroa com MISA SOLENE. Eis o eixo da sedução turística e rústica da Nava Castro. Patrão ou patroa CATÓLICA, vaticana, que mata o topónimo secular: Santiago MATA Compostela. Santa Marinha MATA O Vilar. Comissão de Festas auto-eleita, sem qualquer controlo democrático, a COACIONAR dinheiro LAICO para pagar festas RELIGOSAS. É frequente pessoas a integrarem Comissões de Festas terem opiniões com esta: «Fazia falta outro TEJERO». Afamada orchestra em alegres espanholadas a queimarem, profanarem o templo musical da juventude galega, infinitamente mais alegre e combativo e, sobretudo mais harmonioso. E em harmonia com o franquismo da Nava Castro, fogos, ruídos e provocação de incêndios embora a proibição legal de lançar foguetes, queimando milhares de Euros. Para quê? Para nos ouvirem bem os da parrochia do lado. Uma grande e ruidosa parrochia a nossa! Viva a nossa parrochia!
Em definitiva, a GALIZA QUEIMADA, A GALIZA DIVIDIDA em face de GALIZA UNIDA! A juventude estonteada e reprimida com álcool e variadas drogas em face de juventude revolucionária dona da sua sexualidade-felicidade. Festejamos por cima das nossas possibilidades pela infelicidade que nos produz a EXPLORAÇÃO COLONIAL, A GUERRA COLONIAL espanhola à que somos submetidos, com que a Espanha submete à Galiza.
E o volume de NEGÓCIO que criam festas como as de Compostela, A Crunha, o São Froilão em Lugo? Negócio para quem? Para os pobres não é. É para os ricos! E os duros ferreiros que as forjam. Na Maré das festas que nos alaga, nós dizemos: MORRAM AS FESTAS! VIVA A FELICIDADE de uma Galiza LIVRE a meio da INSURREIÇÃO. 
Em Ferrol, 17 de agosto de 2016, a oitenta anos do massacre do Jaime Quintanilha Martínez e outros.

COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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