segunda-feira, 6 de novembro de 2006

A GALIZA MASSACRADA

Desde o 20 de Julho de 1936 até 1965, a Galiza viveu uma guerra irregular de resistência popular armada a uma tirania imposta pelo ataque, invassão e ocupação peninsular dos potências nazi e fascistas, Alemanha, Itália, Portugal, para a derrocada da República espanhola e a substituir por um regime títere: o de Franco.
Durante a década de 1936-46, a Galiza, nomeadamente Ferrol, foi uma base nazista governada diretamente pelo III Reich no seu objectivo de dominar o mundo, sendo clamorosamente certo que a II Guerra Mundial começou em Julho de 1936 como muito bem sabia André Malraux.
Durante essa década, particularmente nos três primeiros anos, o massacre e o genocídio da população galega foi impossível de quantificar e ainda hoje, setenta anos depois, os juizes e os governos espanhóis se negam a abrir as valas comuns nos cimitérios eclesiásticos, a maioria na Galiza, porque ora fazem parte do regime títere ora mantêm as suas patranhas. Dezenas?, Centenas? de milhares de seres humanos, a sua identidade, biografia, as suas propriedades, os seus bens, os seus projectos políticos colectivos, etc, tudo, foi-lhes espoliado, sobretudo a República Federativa da Galiza e Portugal.
Embora a responsabilidade do massacre e o genocídio foi, É, da Alemanha, a Itália e Portugal, também a França tem as sua por violar em Domingo, 19 de Julho de 1936, o tratado comercial e de defesa com a República espanhola negando-lhe os aviões que no Domingo seguinte, 26 de Julho, desde Berlim, decidem enviar Göering e Blomberg a para assassinar os cabos republicanos ferrolanos da Armada que derrotaram os oficiais conspiradores e o golpe planeado por Mola com concurso nazi e comandavam os vasos de guerra que isolavam Franco no estreito de Gibraltar. A responsabilidade da Grã Bretanha não é menor nem a dos Estados Unidos de América, particularmente da família Bush, proprietária da Texaco Oil que fornecia Franco através dos nazis petróleo pago duas vezes.
Graças à convição, o combate e a vida de muitos galegos na Resistência é que a França foi libertada do nazismo mesmo integrando a Divissão Le Clerc que entrou em París.
Se o Tribunal Militar Internacional de Nürermberg julgou e condenou Hitler e mais 21 vivos por Crimes contra a Paz, Crimes de Guerra e Crimes contra a Humanidade, as atrocidades perpetradas pelo III Reich desde Setembro de 1939 até Março de 1945, considerando os casos da Austria e a Checoeslováquia, atacadas, invadidas e ocupadas antes dessa data, por que é que não se consideram as atrocidades cometidas pelo III Reich para EXTERMINAR a populaçõ galega, a espanhola e as suas Repúblicas?
Setenta anos depois do acontecido, aquando na França e na Holanda começa a ser ilegal negar o genocídio arménio, ou continuamos a patranha nazista ou assumimos reponsabilidades. Assumir responsabilidades perante as VÍTIMAS galegas os países envolvidos no massacre e o genocídio, significa reconhecer, pedir perdão, ressarcir, exumar, quantificar, identificar, biografia individual, etc. e, sobretudo, o principal ressarcimento às vítimas galegas é promover através da União Europeia a constituição da República Federativa da Galiza e Portugal.
Strasbourg, quinta-feira, 26 de Outubro de 2006
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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