O caso de
Ferrol é paradigma franquista ainda hoje. Podemos pensar que toda a repressão
que se abateu sobre o proletariado e o povo galego (Ferrol, Vigo e a Galiza)
foi dirigida pelo almirante Carrero Blanco, justiçado por ETA no seguinte ano,
acompanhado do basco coronel Sanmartin, condenado por golpista em 23-F: todos
os movimentos de unidades navais, tropas da Marinha, etc. Podemos pensar que a
polícia franquista estava às ordens da autoridade militar porque a dita
autoridade civil estava subordinada a ela igual que os que encerraram a Bazan
como fizeram depois do 20 de Julho de 1936 em que a Marinha a «requisou» para o
segundo comandante do Canárias, capitão de navio José Maria González Llanos
Caruncho a pôr ao serviço de Hitler.
Carrero Blanco
e o basco Sanmartin criaram um arquivo cuja documentação permanece SECRETA a
dia de hoje. Nos arquivos da PIDE relativos ao PC espanhol, onde qualquer
clandestino panfleto deitado em Vigo ficou guardado, NÃO há nada no que diz
respeito ao que se passou em Ferrol, Vigo e Galiza em 10 de Março de 1972 e
datas posteriores exceto a condena a prisão de Pepe Chão e Vicente Couce. A
desaparição e SECRETO dos arquivos da Sociedade Espanhola de Construção Naval
impede saber, ainda hoje, muita coisa e o translado a Madrid dos arquivos da
Bazan justo aquando nos quisemos pesquisar impede saber quem ORDENOU ao
Ministro da Gobernación que ordenasse ao governador civil que desse ordem à
polícia de atirar contra o proletariado ferrolano, assassinando Amador e Daniel.
A base naval
de Ferrol e a Galiza inteira ao serviço de Hitler para cometer as suas
atrocidades durante a década de 1936-46 está documentado embora pouco como está
documentado nada menos que por Resolução de 12 de Dezembro de 1946 dos povos
das Nações Unidas que o regime franquista é fascista e foi organizado e implantado
em grão parte graças à ajuda de Hitler e Mussolini aos que prestou uma ajuda
muito considerável. Vejam bem que as atrocidades cometidas por Hitler e os seus
lacaios em Europa foram julgadas e condenadas pelo Tribunal Militar
Internacional de Nuremberga que as qualificou de crimes de planejar a GUERRA,
crimes de GUERRA, crimes contra a PAZ e crimes contra a HUMANIDADE que NUNCA
prescrevem como o GENOCÍDIO resultante. As atrocidades cometidas por Hitler,
Mussolini e os seus lacaios Franco e Salazar na Galiza, Portugal e nos outros
territórios submetidos a Franco NUNCA foram julgadas; se se julgassem, NUNCA
PRESCREVEM, o genocídio resultante cometido por Hitler acabaria em 1945, o de
Franco NÃO, continuou até a data da sua morte, quer dizer, às VÍTIMAS DO
GENOCÍDIO DE HITLER, MUSSOLINI, FRANCO cometido durante a década 36-46
continuam as VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA até a morte de Franco e mesmo
depois, caso Fraga a governar a Galiza e outros franquistas como Suevos.
Daí que Amador
e Daniel foram VÍTIMAS não de abusos policiais mas DO GENOCÍDIO FRANQUISTA QUE
NUNCA PRESCREVE como o hitleriano (o partido, o sindicato e as organizações
nazis, o Estado, os banqueiros, o empresariado, Krupp, etc.) em todos os
territórios da Europa e África e de todos os seus lacaios não alemães mesmo nos
EUA a ajudar e promover nazis genocidas como Artur Rudolph, Von Braum e outros
na NASA, Pentágono e governo; como o japonês em todos os territórios ocupados
desde o Timor Leste até às Kuriles. Sabemos do que estamos a falar? Sabemos.
Sabemos a dimensão mundial de uma questão a colocar na ONU. Sabemos que a ONU
homenageia as vítimas de Fukushima mas não as VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA.
Sabemos que instada por Aznar-Rajoy a ONU condenou ETA como autora do atentado
do 11 de Março de 2004. Sabemos que estamos a falar da superioridade
QUALITATIVA E QUANTITATIVA DAS VÍTIMAS DO FRANQUISMO SOBRE AS VÍTIMAS DE ETA. As
«vítimas» de ETA como Carrero Blanco, Melitón Manzanas, o alemão Cônsul Behil
eram NAZISTAS torturadores e assassinos que teriam que haver sido julgados,
condenados e enforcados, no TMI de Nuremberga, pelas atrocidades que cometeram
antes e depois de se criar o dito tribunal. Das cerca de mil vítimas de ETA
algumas eram inocentes mas muitas outras não, pertenciam à Confraria dos que
sequestram, torturam e assassinam pagos com dinheiro de «todos los españoles»
como os VITIMÁRIOS DAS VÍTIMAS do dito «Caso Almeria» e não só, vítimas que
pagaram impostos vivos e mortos.
As inúmeras
VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA, as da década 1936-46, as da guerrilha antifranquista
1936-65, as da 1970-81 e as das 1982-2012, o proletariado, as classes
trabalhadoras, os povos e as nações submetidas ao Rei imposto em Estado de
Guerra e por Franco designado «saltandose la cadena sucesória», são de uma
QUALIDADE infinitamente superior à maioria das vítimas de ETA, a dos que
combatiam a Hitler e os seus mais mil anos de CAPITALISMO e a dos que o
ajudavam e defendiam. Pensem em Pujol o espião que enganou o próprio Hitler
para os aliados desembarcarem na Normandia; sem irmos tão longe, a nossa
Mercedes Nuñez e os INOCENTES, TODOS, defensores da República com as armas na
mão ou sem elas, a IMENSA maioria da população que em 1931 a proclamou e a IMENSA
maioria da população que hoje em 2012 a quer recuperar. Portanto DEFENDER AS
VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA face as vítimas de ETA é um dever de qualquer
pessoa, entidade ou instituição que tenha amor pela VERDADE e não pela perene
PATRANHA dos franquistas e os seus descendentes no PP a governar o Reino. Sabemos
que Amador, Daniel e o proletariado da BAZAN ferido são VÍTIMAS DO GENOCÍDIO
FRANQUISTA, como as do AMIANTO, e que a ÚNICA ALTERNATIVA REALISTA é a
derrocada em 29 de Março dos governos de Feijó, Rajoy e a sua monarquia a meio
da INSURREIÇÃO.
Em Ferrol, Sexta-Feira,
9 de Março de 2012
COMISSÃO
PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
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