domingo, 11 de março de 2012

DIA DA CLASSE OPERÁRIA DA GALIZA (distribuídas 1.500 folhas; 500 às 5h30 da Sexta-Feira, 9 de Março na porta da Bazan, 500 em 10 de Março na manifestação da CIG e 500 em 11 de Março de 2012 na manifestação CCOO-UGT em Ferrol)

Amador e Daniel e o proletariado da Bazan ferido em Ferrol em 10 de Março de 1972 não foram VÍTIMAS de abusos policiais como pretende a filosofia de um decreto do governo basco, instalado na fantasia da PATRANHA, para ressarcir dezenas de pessoas não pertencentes a ETA, assassinadas pelo franquismo. Amador e Daniel foram VÍTIMAS DO FRANQUISMO e aquando se juntam TODAS elas desde o 17 de Julho de 1936 temos que concluir que foram VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA.
O caso de Ferrol é paradigma franquista ainda hoje. Podemos pensar que toda a repressão que se abateu sobre o proletariado e o povo galego (Ferrol, Vigo e a Galiza) foi dirigida pelo almirante Carrero Blanco, justiçado por ETA no seguinte ano, acompanhado do basco coronel Sanmartin, condenado por golpista em 23-F: todos os movimentos de unidades navais, tropas da Marinha, etc. Podemos pensar que a polícia franquista estava às ordens da autoridade militar porque a dita autoridade civil estava subordinada a ela igual que os que encerraram a Bazan como fizeram depois do 20 de Julho de 1936 em que a Marinha a «requisou» para o segundo comandante do Canárias, capitão de navio José Maria González Llanos Caruncho a pôr ao serviço de Hitler.
Carrero Blanco e o basco Sanmartin criaram um arquivo cuja documentação permanece SECRETA a dia de hoje. Nos arquivos da PIDE relativos ao PC espanhol, onde qualquer clandestino panfleto deitado em Vigo ficou guardado, NÃO há nada no que diz respeito ao que se passou em Ferrol, Vigo e Galiza em 10 de Março de 1972 e datas posteriores exceto a condena a prisão de Pepe Chão e Vicente Couce. A desaparição e SECRETO dos arquivos da Sociedade Espanhola de Construção Naval impede saber, ainda hoje, muita coisa e o translado a Madrid dos arquivos da Bazan justo aquando nos quisemos pesquisar impede saber quem ORDENOU ao Ministro da Gobernación que ordenasse ao governador civil que desse ordem à polícia de atirar contra o proletariado ferrolano, assassinando Amador e Daniel.
A base naval de Ferrol e a Galiza inteira ao serviço de Hitler para cometer as suas atrocidades durante a década de 1936-46 está documentado embora pouco como está documentado nada menos que por Resolução de 12 de Dezembro de 1946 dos povos das Nações Unidas que o regime franquista é fascista e foi organizado e implantado em grão parte graças à ajuda de Hitler e Mussolini aos que prestou uma ajuda muito considerável. Vejam bem que as atrocidades cometidas por Hitler e os seus lacaios em Europa foram julgadas e condenadas pelo Tribunal Militar Internacional de Nuremberga que as qualificou de crimes de planejar a GUERRA, crimes de GUERRA, crimes contra a PAZ e crimes contra a HUMANIDADE que NUNCA prescrevem como o GENOCÍDIO resultante. As atrocidades cometidas por Hitler, Mussolini e os seus lacaios Franco e Salazar na Galiza, Portugal e nos outros territórios submetidos a Franco NUNCA foram julgadas; se se julgassem, NUNCA PRESCREVEM, o genocídio resultante cometido por Hitler acabaria em 1945, o de Franco NÃO, continuou até a data da sua morte, quer dizer, às VÍTIMAS DO GENOCÍDIO DE HITLER, MUSSOLINI, FRANCO cometido durante a década 36-46 continuam as VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA até a morte de Franco e mesmo depois, caso Fraga a governar a Galiza e outros franquistas como Suevos.
Daí que Amador e Daniel foram VÍTIMAS não de abusos policiais mas DO GENOCÍDIO FRANQUISTA QUE NUNCA PRESCREVE como o hitleriano (o partido, o sindicato e as organizações nazis, o Estado, os banqueiros, o empresariado, Krupp, etc.) em todos os territórios da Europa e África e de todos os seus lacaios não alemães mesmo nos EUA a ajudar e promover nazis genocidas como Artur Rudolph, Von Braum e outros na NASA, Pentágono e governo; como o japonês em todos os territórios ocupados desde o Timor Leste até às Kuriles. Sabemos do que estamos a falar? Sabemos. Sabemos a dimensão mundial de uma questão a colocar na ONU. Sabemos que a ONU homenageia as vítimas de Fukushima mas não as VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA. Sabemos que instada por Aznar-Rajoy a ONU condenou ETA como autora do atentado do 11 de Março de 2004. Sabemos que estamos a falar da superioridade QUALITATIVA E QUANTITATIVA DAS VÍTIMAS DO FRANQUISMO SOBRE AS VÍTIMAS DE ETA. As «vítimas» de ETA como Carrero Blanco, Melitón Manzanas, o alemão Cônsul Behil eram NAZISTAS torturadores e assassinos que teriam que haver sido julgados, condenados e enforcados, no TMI de Nuremberga, pelas atrocidades que cometeram antes e depois de se criar o dito tribunal. Das cerca de mil vítimas de ETA algumas eram inocentes mas muitas outras não, pertenciam à Confraria dos que sequestram, torturam e assassinam pagos com dinheiro de «todos los españoles» como os VITIMÁRIOS DAS VÍTIMAS do dito «Caso Almeria» e não só, vítimas que pagaram impostos vivos e mortos.
As inúmeras VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA, as da década 1936-46, as da guerrilha antifranquista 1936-65, as da 1970-81 e as das 1982-2012, o proletariado, as classes trabalhadoras, os povos e as nações submetidas ao Rei imposto em Estado de Guerra e por Franco designado «saltandose la cadena sucesória», são de uma QUALIDADE infinitamente superior à maioria das vítimas de ETA, a dos que combatiam a Hitler e os seus mais mil anos de CAPITALISMO e a dos que o ajudavam e defendiam. Pensem em Pujol o espião que enganou o próprio Hitler para os aliados desembarcarem na Normandia; sem irmos tão longe, a nossa Mercedes Nuñez e os INOCENTES, TODOS, defensores da República com as armas na mão ou sem elas, a IMENSA maioria da população que em 1931 a proclamou e a IMENSA maioria da população que hoje em 2012 a quer recuperar. Portanto DEFENDER AS VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA face as vítimas de ETA é um dever de qualquer pessoa, entidade ou instituição que tenha amor pela VERDADE e não pela perene PATRANHA dos franquistas e os seus descendentes no PP a governar o Reino. Sabemos que Amador, Daniel e o proletariado da BAZAN ferido são VÍTIMAS DO GENOCÍDIO FRANQUISTA, como as do AMIANTO, e que a ÚNICA ALTERNATIVA REALISTA é a derrocada em 29 de Março dos governos de Feijó, Rajoy e a sua monarquia a meio da INSURREIÇÃO.   
Em Ferrol, Sexta-Feira, 9 de Março de 2012
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

Sem comentários: