VITÓRIA DO CAPITALISMO, com certeza, aliás, uma
OBVIEDADE que qualquer pessoa confirmará exceto os sindicalistas e os seus sindicatos.
A coisa porém é mais complexa, frisarão na sua defesa sindicalistas e
sindicatos no seu labor de lugar-tenentes, promovendo e organizando a DIVISÃO
do proletariado para CAPITALISTAS UNIDOS ganharem a GUERRA MUNDIAL iniciada,
promovida e mantida por eles contra o PROLETARIADO, as classes trabalhadoras,
os povos oprimidos e os países pobres particularmente contra a Galiza e
Portugal cujos sindicatos, Confederação Intersindical Galega e Confederação Geral de Trabalhadores
Portugueses–Intersindical, que no nome muito se parecem mas também, muito
divergem, nomeadamente na União Operária Galaico-Portuguesa e nos princípios
que inspiraram a sua fundação em Tui há 111 anos, princípios de URGENTE
aplicação, quer dizer, AGORA É URGENTE, NATURAL, IMPRESCINDÍVEL, PRIORITÁRIA A
UNIÃO OPERÁRIA GALEGO-PORTUGUESA e não apenas. É urgente a UNIÃO DO
PROLETARIADO de TODOS os países da Europa e do mundo. Tarefa mais difícil
quanto maior a RESISTÊNCIA de sindicalistas e sindicatos para a realizar. Vejam
que Moncho G. Boão, a dirigir o Departamento de Relações Internacionais e
Cooperação da CIG e a representar o sindicato na Comunidade Sindical dos Países
de Língua Portuguesa, publica um artigo em www.galizacig.org para analisar o
movimento sindical europeu diagnosticando que a resposta sindical é muito
«frouxa», reconhecendo o papel dinamizador que a CGTP-IN de Portugal e a
corrente sindical grega PAME estão a ter na «conformação dum IMAGINÁRIO
mobilizador social no continente. Como há que reconhecer, também, que são considerações
de ordem política e não sindicais as que limitam as repercussões das
mobilizações promovidas pelo sindicalismo nacionalista basco e ainda em muito
maior medida, as que a CIG promove na Galiza; estas limitações, não obstante,
não ocultam nem anulam as MÚLTIPLAS COINCIDÊNCIAS na análise sindical e nas
respostas dadas nos respetivos territórios».
E interroga-se «Saberá o sindicalismo responder
com eficácia apostando (sic) por ações UNITÁRIAS combinando planos locais e
EUROPEUS? E a seguir fornece uma cronologia, não exaustiva, das mobilizações
operárias na Europa desde 15 de Novembro de 2011 até ao 29 de Março de 2012.
E os próprios factos lhe respondem: o
sindicalismo sabe mas NÃO QUER! Vejam: na Bélgica, 4 vezes se mobilizaram os
sindicatos UNIDOS contra medidas governamentais de AUSTERIDADE contra o
proletariado impostas pelo TRIPÉ do capitalismo (FMI, BCE, UE); Portugal, 4
vezes, uma delas, 11 de Fevereiro com mais de 300.000 pessoas em Lisboa,
coincidindo com a Grécia; Europa, 4 vezes, uma delas na defesa do Setor
Siderúrgico; na defesa do Setor Naval, ASTANO, NÃO! Grécia, três vezes; Itália,
3 vezes; Bulgária, 2 vezes; Hungria, Lituânia, Irlanda, Inglaterra, França,
Reino da Espanha, Galiza, Euskal Herria e Chipre, 1 vez. O caso de Chipre é de realçar
porque a convocatória de 15 de Dezembro foi em TODA a Ilha, também na parte
ocupada pela Turquia: não sabemos se reivindicaram a REUNIFICAÇÃO de Chipre,
derrubar a fronteira que DIVIDE o proletariado ilhéu. A IMENSA maioria das
convocatórias foram UNITÁRIAS contra medidas governamentais de AUSTERIDADE
contra o proletariado europeu impostas pela troika ultrapassando mesmo a UE,
alastrando a países que foram socialistas, Bulgária, Hungria e Lituânia. Os
sindicatos sabem mas não querem GREVE GERAL NA EUROPA, o que TODO o
proletariado europeu quer. Obriga-los, força-los, PERSUADI-LOS é o que cumpre,
na nossa opinião.
Não entendemos as considerações que limitam as
repercussões das mobilizações bascas e galegas que não ocultam nem anulam as
MÚLTIPLAS COINCIDÊNCIAS na análise sindical e nas respostas dadas nos
respetivos territórios. Percebemos, SIM, que a CIG, contra natura, preferiu
Euskal Herria a Portugal, a Galiza Sul, na data de Greve Geral embora as
MÚLTIPLAS COINCIDÊNCIAS do proletariado galego do Norte com o do Sul,
português, e das MÚLTIPLAS DIVERGÊNCIAS do proletariado galego (Norte-Sul) com
o basco, o qual não tem nada a ver com as MÚLTIPLAS COINCIDÊNCIAS NA ANÁLISE
SINDICAL. Vejam bem que, segundo um dirigente da CIG, o operariado basco tem
uma média salarial superior um 40 % à do operariado galego (Norte) e a metade
do desemprego.
Entendemos, sim, que a CIG podia ter registado
em 17 de Fevereiro a solicitação de Greve Geral para dia 22 de Março
coincidindo com a convocatória da CGTP em Portugal feita e publicada em 16 de
Fevereiro; entendemos que os sindicatos bascos podiam ter feito o mesmo e ainda
entendemos que os TRÊS sindicatos podiam ter-se posto de acordo numa data, A
MESMA DATA, como tinham acordado, OS TRÊS, a meados de Outubro de 2011 em
Compostela. E também entendemos que se a CGTP em 17 de Fevereiro enviou uma
mensagem a CCOO-UGT de solidariedade com o «CONJUNTO dos trabalhadores de
Espanha» pela mobilização do 19 de Fevereiro, não entendemos e CRITICAMOS que
não envie a mesma solidariedade para a CIG e sindicatos bascos pela
convocatória de Greve Geral para dia 29 de Março e ainda entendemos menos e
CRITICAMOS que NÃO INSTE, anime, acorde, avise, empurre a malta de CCOO-UGT
para Greve Geral, TODOS UNIDOS CONTRA O CAPITAL. E ainda temos que CRITICAR A
CIG porque não utiliza a Comunidade Sindical dos Países de Língua Portuguesa
para pôr em prática o de «proletários de todos os países, UNI-VOS!».
Numa palavra, os sindicalistas e os sindicatos
sabem mas não querem convocar Greve Geral na Europa e assim como o Comité de
Empresa de Navantia anima para enviar e-mail, sms, etc. nós encorajamos o
operariado galego, português, basco, espanhol, europeu e mundial para fazer o
mesmo exigindo a convocatória URGENTE de Greve Geral na Europa e INSURREIÇÃO.
Em Ferrol, Quarta-Feira, 29 de Fevereiro de 2012
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO
NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
Sem comentários:
Enviar um comentário