quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A PLATAFORMA CIDADÃ «NUNCA MAIS» E A ACTUALIDADE (Distribuídas 320 folhas às 13,30 horas da quarta-feira, 21 de Novembro de 2007 na porta da Bazan)

Hoje cumprem-se cinco anos da constituição da Plataforma Cidadã «Nunca Mais», nascida para mobilizar e organizar a cidadania contra os que causaram e as consequências da maré negra do «Prestige». A tarde do 21 de Novembro de 2002, Compostela viu nascer a Plataforma, aberta, que integrava pessoas, entidades e instituições, como nós proclamáramos seis dias antes; os representantes de CCOO e UGT, Dongil e Golpe???, tentaram rebentá-la na própria reunião de constituição moderada por A. Quintana e Beiras sem o conseguir. O trabalho IMEDIATO da Plataforma foi convocar a manifestação do Domingo, 1 de Dezembro de 2002 que, segundo Le Monde, juntou em Compostela 300.000 pessoas, e outras mobilizações que somadas às contrárias à guerra do Iraque, foram determinantes para expulsar dos governos espanhóis e galego, os conspiradores, sabotadores e golpistas do PP encabeçados por Aznar. O nosso humilde trabalho de denúncia através de uns centos de panfletos apelando para a solidariedade internacional dou resultado IMEDIATO, com a chegada dos PRIMEIROS voluntários que vinham de Portugal e da Bélgica. O envolvimento de Portugal sobrevoando o petroleiro e contando a VERDADE à Galiza e ao mundo, foi determinante para desmascarar perante a opinião pública a CENSURA e as MENTIRAS de Aznar, Rajoy, Fraga, A. Cascos, Fdez. de Mesa e Diaz del Rio, etc. Só nós colocamos a reivindicação de ASTANO público construir petroleiros de casco duplo para ser assumida pela Plataforma como assim foi; tivemos um êxito que mesmo se poderia qualificar de UNIVERSAL com a Resolução do Parlamento Europeu de 23 de Setembro de 2003 cuja implementação mudaria o planeta e mesmo contemplava a construção de petroleiros de casco duplo nas zonas afectadas pelas marés negras... Só lhes faltou escrever ASTANO!!!
Contamos todo isto para realçar os maravilhosos efeitos da MOBILIZAÇÃO da cidadania da Galiza UNIDA através da PCNM em contraste com a DESMOBILIZAÇÃO que aos poucos foram impondo os dirigentes do BNG dentro dela e os seus desastrosos efeitos para a Galiza deixando-nos inermes: Bush coloca Durão Barroso à cabeça da UE para matar todo o conseguido a meio da mobilização da Galiza. No Reino a primeira investida chegou-nos da «partia, doblã, analfabetã e soberbiã» Ministra de Fomento que em exercício de racismo qualifica de «mierda» o conseguido a meio da mobilização cidadã, o «Plan Galicia»; a segunda, Mª Teresa Fernández de la Vega e ZP, diligentemente, aos três meses de entrarem no governo, 30 de Julho de 2004, decretam, como Aznar, militarizar ASTANO e reduzi-lo à nada; os Ministros de Indústria e Trabalho, silêncio e passividade absoluta, excepto as MENTIRAS da reconversão naval, agora tornadas nazistas pela sua dimensão e qualidade. A chegada do BNG ao governo galego significou um desaforado intento de romper e privatizar ASTANO, supomos que como preço a pagar pelo investimento do 8 % do PIB e por as seis ou sete transferências que maravilhosamente eliminado Jordi Sevilha, a Salgado e Rubalcava, sobre o silêncio de ZP, burlaram ao Vice-presidente A. Quintana que agora não mobiliza a cidadania como outrora. «Em Espanha não existe IMPUNIDADE», Rubalcava dixit, excepto para o franquismo assassino e ladrão, acrescentamos nós, e vejam quantos dos que causaram a maré negra do «Prestige» estão presos, passado um lustro...
Nós pensamos que estamos a viver uns momentos particularmente graves definidos pelas televisivas declarações do que tem o mando efectivo das forças armadas espanholas, general Félix Sanz, nas que nega qualquer hipótese golpista dos integrantes das forças sob o seu mando. Em toda a dilatada história do golpismo espanhol e universal, os golpistas sempre negaram, antes, durante e depois, o próprio golpe: negar o golpe é garantia da surpresa inicial, condição sine qua non; negar o golpe durante o desenvolvimento é garantia de êxito; negá-lo depois é garantia da consolidação e estabilidade do regime imposto pelo golpe.
Nós pensamos que os conspiradores, sabotadores e golpistas do PP e todo o que representam estão abertamente nestas actividades, ajudados pelo governo de ZP mais e mais virado para a direita, tanto que a parafernália fascista da UNIDADE DA ESPANHA, condição política imprescindível para a ESPOLIAÇÃO E PILHAGEM de nações, povos e pessoas, caminha sobre a pata popular e a pata socialista.
Exercermos o contido do artigo 7.3 da Constituição portuguesa é o remédio: Portugal reconhece o direito dos povos à Autodeterminação e Independência e ao Desenvolvimento, também como contra toda forma de opressão, o direito de INSURREIÇÃO. Em Ferrol, quarta-feira, 21 de Novembro de 2007
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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