DIA DAS LETRAS GALEGAS: COMEMORAÇÃO OU CENSURA?
Nós dedicamos este Dia das Letras Galegas ao proletariado viguês, de «galego seseante», EM LUTA. Para além da RETÓRICA GALEGUISTA, NACIONALISTA, a comemoração do Dia das Letras Galegas é a GUERRA contra as pessoas, entidades e instituições que proclamamos na teoria e na prática a ESSÊNCIA da população da Galiza, quer dizer, a sua IDENTIDADE E UNIDADE com Portugal, a IDENTIDADE E UNIDADE do Galego e o Português. É a guerra contra a UNIÃO NO PORTUGUÊS NA GALIZA, contra a GALIZA UNIDA NA UNIDADE ESTRATÉGICA COM PORTUGAL. Comemora-se para censurar, ocultar, o fulcro do pensamento estratégico e a prática de muit@s que para além de INDIVIDUALIDADES «destacadas», agiram colectivamente, organizadamente, representavam os interesses, pensamento e projectos de futuro da IMENSA maioria da população galega. É a CENSURA do fulcro do pensamento estratégico de Castelão e do Partido Galeguista: «Portugal (a Galiza do além-Minho)», pâg. 231, SeGZ, Akal; do projecto de futuro de Castelão, do PG e da Frente Popular: A REPÚBLICA FEDERATIVA DA GALIZA E PORTUGAL. É a censura da premissa fundamental dos vultos da nossa literatura que UNÂNIMES consideram a Galiza com Portugal, nação ÚNICA e o Galego e o Português como UM e o MESMO idioma: Castelão, António Vilar Ponte, Murguia, Francisco Tettamancy, Vicente Risco, Otero Pedraio, João Vicente Biqueira que deixara escrito «o Galego tem-se que ESCREVER COM A ORTOGRAFIA DO PORTUGUÊS», de Eduardo Pondal, de cujo poema que dá letra ao Hino Nacional é CENSURADO o verso que apela para a UNIÃO da Galiza e Portugal, ainda hoje: «verbo da grão Camões, fala de Breogão», etc. CENSURA-SE A LITERATURA GALEGA dita medieval, a Literatura Galego-Portuguesa, uma das mais SINGULARES E VITAIS do mundo, e a sua ORTOGRAFIA é assanhadamente APAGADA, apenas porque mostra a UNIDADE E IDENTIDADE da Galiza e Portugal. CENSURAM-SE as pessoas que integram as populações de VASTAS áreas da Galiza actual cuja fala natural, o «galego seseante» do Decreto Filgueira, é puro e simples Português e individualidades como o ferrolano ERNESTO GUERRA DA CAL de dimensão e reconhecimento LUSÓFONO E UNIVERSAL, sairá na TVG?. O próprio Decreto 173/1982 de 17 de Novembro, o anti-obreiro Decreto Filgueira, CENSURA E PROÍBE a nossa língua e condena ao mais abjecto ANALFABETISMO toda a população da Galiza como se vem demonstrando nestes últimos 24 anos. Derrogar este Decreto é um direito e, sobretudo, UM DEVER da população, das suas organizações e instituições. Censuram-se as entidades surdidas nestas últimas décadas e a história recente do COMBATE da população da Galiza em favor dos seus direitos individuais e colectivos, singularizado pela ECLOSÃO da demanda de Português, língua da Galiza ou instituições como a República portuguesa e a sua Constituição ou a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que representa todo o mundo lusófono incluída a Galiza (200 milhões de pessoas). Censura-se a presença e o reconhecimento como lusófona da Galiza no Acordo Ortográfico da Lusofonia em 1990, a presença, combate e reconhecimento da Galiza na reunião da ONU na Copenhaga em 1995, a presença e reconhecimento à Galiza, através do proletariado VÍTIMA da Reconversão de Astano, na constituição da CPLP em 1996, a presença da Galiza CONVIDADA ESPECIAL COM VOZ no Conselho de Ministros da CPLP em 1997, a demanda de Autodeterminação da Galiza colocada a Kofi Annan e recolhida na Declaração de Lisboa de 12 de Agosto de 1998 a implementar pela ONU, as campanhas com apoio EXPLÍCITO, assinado, de milhares de pessoas mesmo cargos públicos, votados por centenas de milhares delas em favor de uma Resolução da ONU que reconheça o direito de Livre Determinação, Independência e Soberania da Galiza; silencia-se a luta UNIDA da Galiza e Portugal em favor da Independência do Timor Leste depois da VITÓRIA do referendo de 1999 auspiciado pela ONU; à censura e silenciamento acrescenta-se o apartheid e o veto dos esperáveis colegas «REINTEGRACIONISTAS» e não apenas que condenam e abandonam a luta da Galiza nos termos que se desenvolve nos foros internacionais. Censura-se que a iniciativa pública de COMBATE na Galiza em 15 de Novembro de 2002 contra a maré negra do Prestige foi em língua portuguesa, que Portugal foi a VERDADE informativa face a PATRANHA da Espanha e de Portugal chegaram as primeiras Brigadas de SOLIDARIEDADE, a presença, reconhecimento e combate da Galiza na 59ª Sessão da Comissão dos Direitos Humanos e no Alto Comissionado para os Direitos Humanos da ONU em 2003 e na 61ª Sessão da CDH da ONU em 2005 para, dentre outras coisas, o Português, língua da Galiza, ser língua OFICIAL da ONU porque é de justiça. Censura-se a história COMUM da Galiza e Portugal, o «Manual Galego-Português de História» de Manuel Lopes Zebral, por que a Conselharia de Cultura não compra trezentos exemplares para distribuir pela Galiza?. O significante Portugal está interdito na boca d@s polític@s galeg@s se não é para se somar à incontinência racista dos média (TVG) contra a Galiza do além-Minho e contra o Portugal do aquém-Minho. F. Rodríguez e Beiras UNIDOS no silêncio e a censura aquando em foros públicos é-lhes colocada a questão da UNIÃO da Galiza e Portugal tão bem arrazoada no SeGZ sob o qual prometeram... Nós levamos décadas proclamando a necessidade e urgência da UNIÃO galego-portuguesa na República Federativa da Galiza e Portugal, simplesmente repetindo o que o Movimento de Libertação Nacional vem afirmando durante séculos particularmente desde Novembro de 1918 em Lugo. A negativa do governo galego a SOLICITAR o ingresso da Galiza na CPLP, para além de continuar a Fraga, furta-lhe à população galega IMENSOS BENEFÍCIOS de toda ordem mesmo económicos. Nesta COMBATIVA E IMPRESCINDÍVEL manifestação, censuram-se pessoas que levamos décadas sofrendo a REPRESSÃO por razão de língua até nos reduzir à INDIGÊNCIA, sem emprego, sem ingressos, sem casa; exemplo: Fiscal-Chefe de Ferrol, Alberto Rodrigues Fernandes, sem ter COMPETÊNCIA, PREVARICANDO, age para encarcerar Manuel Lopes Zebral (MLZ) pelo crime de INJÚRIAS por qualificar de RACISTA a juiza Saborit que no exercício das suas funções nega-se a cumprir a lei para galeguizar nome e apelidos, a casar em galego, etc.; outro exemplo: Oscar Mateo Sancho, Representante e Chefe de Obra em Ferrol de MAESSA, empresa de Florentino Perez, exige-lhe a MLZ falar espanhol e perante a negativa «TU NUNCA VAS A TRABAJAR EN ESTA EMPRESA!!!»; apresentada queixa por DISCRIMINAÇÃO, RACISMO e vulneração de direitos (artigo 314 do Código Penal sp) fica reduzida a julgamento de FALTAS por COACÇÕES. Perante tudo isto, o que fazer? Submeter-nos à CENSURA OU ROMPER A CENSURA? Romper a censura, com certeza. Como?: ALFABETIZANDO-NOS E ALFABETIZANDO com a nossa secular ORTOGRAFIA, a do Português; seguindo o exemplo de LUTA do proletariado viguês ultrapassando os profissionais do sindicalismo nacional-socialista espanhol e o dito galego e exercendo os nossos direitos reconhecidos no artigo 7.3 da Constituição da Galiza do além-Minho: «Portugal reconhece o direito dos povos à Autodeterminação e Independência e ao Desenvolvimento bem como, contra toda forma de opressão, o direito de INSURREIÇÃO». (Na Galiza, Dia das Letras Galegas, quarta-feira, 17 de Maio de 2006)
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL
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