domingo, 14 de março de 2010

AS PATRANHAS DO MANIFESTO « GALEGO, PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE»

Folha distribuída em 14 de Julho de 2009 na reunião celebrada no Museu do Povo Galego em Compostela para continuar a anterior convocada pela Mesa junto com a proposta de Assembleia Nacional da Galiza. Assistimos cerca de cem pessoas, menos que na do dia 7, para ver como Carlos Outeiro que uns dias antes aparecera na TVG representando a Mesa numa reunião com o Conselheiro de Educação, votou FRAUDULENTAMENTE representando-se a si próprio para impor a proposta excluínte da Mesa-CIG-BNG, o mesmo que Rubem Cela que fora Director da Juventude com o BNG o governo da Junta da Galiza. Depois da votação que refrendava a constituição da Plataforma Queremos Galego como a entendiam Mesa-CIG-BNG, representantes de NÓS-UP e outra entidades abandonaram a reunião deixando o campo livre às posições mais excluíntes e menos combativas o qual na nossa opinião foi um erro.
Em qualquer caso achamos de muita importância realçar a NEGATIVA da Mesa-CIG-BNG para criarmos a Assembleia Nacional da Galiza que houvesse dado mais e melhor resposa a todas e cada uma das agressões do PP e não só ao povo galego e à Galiza na questão da língua, na fusão das Caixas, na de ASTANO, etc.

1 «O idioma galego era merecente dunha especial atención por parte dos poderes públicos»: PATRANHA; a verdade é que os poderes públicos exercidos pelo ex-ministro franquista, Fraga, e os seus governos PERSEGUIRAM, REPRIMIRAM E PUNIRAM pessoas, entidades e instituições que se significaram na defesa dos direitos linguísticos da população galega nomeadamente as que defendiam a IDENTIDADE de galego e português. As RACISTAS e DESGALEGUIZADORAS leis que esses poderes públicos promulgaram foram sistemática e cientificamente VIOLADAS para erradicar o galego da juventude de vilas e aldeias do rural nomeadamente através do sistema educativo violando as crianças galego-falantes obrigando-as a aprender espanhol e impondo o exclusivo espanhol na Universidade mesmo Meilan Gil rompendo os estudos de galego-português na Universidade de A Crunha.
2 «Un idioma que foi SEMPRE o das maiorias populares pero que tamén estivo sempre discriminado e proscrito»: PATRANHA; a verdade é que o GALEGO FOI O IDIOMA ESPANHOL EM OS SEUS PRIMEIROS TEMPOS, parafraseando a Menendez Pidal, e não SEMPRE discriminado e proscrito [a população galega ESCRAVA, sim] porque durante séculos, talvez mais de SETE, foi a língua da Corte de Oviedo, da de Leão e até 1480 a língua do Cabido Compostelano e foi a língua da maior parte do território peninsular, também da Corte de Castela até Afonso X o Sábio e Afonso XI, a língua em que o povo castelhano era COMPETENTE nos tempos do dito Afonso X e mais adiante, com certeza, segundo a experiência do montanhês Marquês de Santillana que escreveu «NÃO HÁ MUITO TEMPO quaisquer DIZEDORES E TROVADORES destas partes [Santander], agora fossem CASTELHANOS, andaluzes ou da Estremadura, TODAS as suas obras compunham em LÍNGUA GALEGA OU PORTUGUESA [IDÉNTICA]». Quanto a «que foi SEMPRE o das maiorias populares», não é certo em RIGOR porque foi o idioma de pobres e ricos durante séculos e não apenas do território actual da Comunidade Autónoma e Portugal. Cumpre-nos NEGAR com firmeza AS PATRANHAS do RACISMO da superioridade CASTELHANO-ESPANHOLA sobre o galego dos Menendez Pidal, Menendez Pelaio e continuadores mesmo as suas afirmações relativas às glosas emilianenses e silenses como berço do castelhano.
3.«Salvo[Excepto] nos períodos en que Galicia e España gozaron de democracia»: PATRANHA; nem sequer durante a República espanhola em que a sua grande obra ALFABETIZADORA [em espanhol] o fosse na nossa língua para VIOLÊNCIA CONTRA AS CRIANÇAS GALEGAS como denunciava Castelão com o de «quantos anhos tiene usté».
4.«Galicia é unha sociedade na que se falan duas línguas»: PATRANHA; a Galiza não é uma «sociedade», a Galiza é uma NAÇÃO com UMA língua, submetida ao poder espanhol que a quer fazer desaparecer nomeadamente a sua língua IMPONDO-LHE à força uma língua estrangeira como acontece desde 1977 e antes com Franco e antes (...): o português não é uma língua estrangeira na Galiza e está PROSCRITO.
5.«Esa é a letra e o espírito da Constituição, o Estatuto de Autonomia e a Lei de Normalização Linguística»: PATRANHA; nem letra nem espírito; a letra é o DEVER da população galega de SABER espanhol, a letra IMPÕE O DEVER de saber espanhol. A letra não IMPÕE o dever de saber galego. O espírito é a superioridade RACIAL do espanhol sobre o galego que confirmam a letra do Estatuto de Autonomia e a Lei de Normalização Linguística que DIVIDE o nosso idioma estabelecendo duas categorias, a espanholizada do «galego existente» superior à do «galego seseante», inferior e aportuguesada, ambas as duas inspiradas no espírito RACISTA e propositadamente ignorante da superioridade do espanhol para NEGAR, primeiro, e EXTERMINAR depois o que existe de PORTUGUÊS na fala ORDINÁRIA da população galega.
6. [O PP] «Gañar unhas eleccions»: PATRANHA ESTRATÉGICA QUE NEGA A FRAUDE a meio da qual o PP obteve mais votos do que os outros; FRAUDE PÚBLICA, CLAMOROSA, PROCLAMADA que dura desde o 15 de Junho de 1977, acentuando-se desde antes do 19-28 de Junho de 2005 devida à REBELIÃO SOCIAL DA GALIZA em favor de se dotar sem FRAUDE da sua representação política [recenseamentos SECRETOS e sem depurar, acarretamento de votos, votos de mortos, recenseamentos ilegais de votantes nas moradas de alcaides do PP, 70 no caso de Ares, pessoas galegas incluídas sem o saberem nas listagens do PP no País Basco pelo alcaide de Ogrove, IMPUNE, Baltar contrata 299 na Deputação de Ourense das quais mais de 50 trabalham exclusivamente nas eleições, hotéis de Compostela cheios de PPs espanhóis durante a campanha eleitoral para 1 de Março, sabem o BNG e o PSdeG-PSOE se os votos que perderam foram votos para eles atribuídos FRAUDULENTAMENTE a outras formações? No caso de Junqueira de Ambia [ÚNICO que sai à opinião pública] os dirigentes do BNG PSdeG-PSOE nem caso fazem dos seus próprios! etc.].
7 Uma língua não é base de convivência, apenas é código que responde à necessidade de seres humanos se comunicarem só que no nosso caso para além de ser o sinal que melhor nos identifica, a nossa língua, tem história, literatura, LÉXICO, FONÉTICA e, sobretudo, ORTOGRAFIA, tudo desde o século XV PROSCRITO E PROIBIDO porque o linguicídio acompanhou o GENOCÍDIO perpetrado durante o século XVII em que é exterminado um terço da população galega, os copistas espanhóis FALSIFICAM tudo o relativo a nós para criar a PATRANHA ESPANHA excepto os monumentos do RACISMO espanhol de que somos objecto galegos e portugueses.

8. «A sociedade galega que sinte aprecio pela sua língua»; PATRANHA; é o povo galego, as classes populares, as classes trabalhadoras as que AMAM não apenas a sua língua mas também os recursos naturais da Galiza, as suas riquezas que os do PP querem ROUBAR E/OU DESTRUIR portanto o que o povo galego tem que reclamar do PSdeG-PSOE e BNG, de pessoas, entidades e instituições, é a criação da ASSEMBLEIA NACIONAL DA GALIZA para a derrocada de Feijó e o governo do PP da Junta e NOVAS ELEIÇÕES SEM FRAUDE.

9. «O PP impulsou políticas de afirmação positiva para o galego»: NUNCA! GRANDISSIMA PATRANHA que só busca MASCARAR a face nacional-socialista, nazi-fascista, franquista, RACISTA, LINGUÍCIDA DO PP.

10. O idioma da Galiza antes do que PATRIMÓNIO da Humanidade é o idioma para satisfazer o direito da população da Galiza (TODA) a ser ALFABETIZADA nele particularmente as crianças portanto, antes do que custodiar e garantir como meio de comunicação e criação é ALFABETIZAR, ESTUDAR, FORMAR, GRADUAR, DOUTORAR, MESTRAR a população galega toda na sua língua e na sua CULTURA para acabar com o ANALFABETISMO na nossa língua e cultura e acabar de uma PUTA vez com a FALSIFICAÇÃO DA NOSSA HISTÓRIA-ESTORIA, história COMÚM com Portugal que, desde a criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e através dela, nos UNE COM OITO REPÚBLICAS de língua oficial, a nossa, distribuídas por África, América, Ásia e Europa. Eis o nosso futuro e a nossa língua e cultura UNIVERSAL. Em Compostela, Terça-Feira, 14 de Julho de 2009
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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