quinta-feira, 18 de março de 2010

DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO

Tudo começou em Quinta-Feira, 21 de Janeiro de 2010, aquando a Praça do Obradoiro de Compostela se enchia de pessoas, cinquenta mil, a exigirem dos governos racistas e delinquentes (a galego-fobia é RACISMO e o racismo um crime mesmo para a ONU que também estabelece o delito de LINGUICÍDIO) quer da Junta do PP quer do Ministro espanhol, Angel Gabilondo, a proclamar que o castelhano está perseguido na Galiza, cinquenta mil pessoas a exigirem aos governos galego e espanhol que a ÚNICA língua a defender, promover e proteger na Nossa Terra é o GALEGO. Os racistas ficaram na estacada CONTUNDENTEMENTE DERROTADOS.
Tudo abalou de repente: a Aznar faltou-lhe tempo, dezanove horas depois de cantarmos o Hino Galego, para aparecer na TVE do instalado por Zapatero franquista Oliart, AMEAÇANDO com que a Espanha se «deshilacha» e «alguns Estatutos foram longe de mais», como o galego que eles, o PP, têm travado (...) Duas horas antes retiraram, cobardes e envergonhados por cumprirem a lei, um dos símbolos mais oprobiosos contra a VIDA, a Galiza e a Humanidade: a estátua de um indivíduo denominado Milhão Astrai que passou à História por dar VIVAS À MORTE.
Cientes do grave perigo para a estabilidade da monarquia, José Blanco acude a socorrer o PP anunciando às 14 h. do Sábado que o governo vai recorrer a Lei de Caixas do Parlamento galego e que criará a Junta de Coordenação dos Aeroportos galegos contra o de Sá Carneiro do Porto.
O Sr. Fernández Ordonhez, Governador do Banco de Espanha, chega à Galiza para ocultar, mais ainda, a CONTUNDENTE DERROTA dos delinquentes do PP em dia 21, sem dizer mais babosadas das que acostuma dizer. Nada disse de quais as finanças do narcotráfico em Caixa Nova, porventura a razão principal da NEGATIVA dos seus directivos e Abel Caballero à fusão das Caixas. Nada disse de que Feijó antes de se posicionar em favor da fusão tinha pactuada a absorção de Caixa Galicia por Caja Madrid presidida por Rato que por roer, roubar e espoliar durante três anos o Fundo Monetário Internacional foi demitido; nada disse do património pessoal de R. Rato em dinheiro branco e dinheiro azul da camisa «nueva» ao sol como a cara (...) Nada disse do volume de negócio do narcotráfico não apenas nos estaleiros navais da Ria de Vigo, em Vigo, na província da Ponte Vedra mas também na Galiza toda e no Reino; nada disse da quota volumosa do PP nesse volume de negócio nem do património pessoal de Feijó, A. Rueda, Agostinho Hernández ou a Dinastia dos Baltar em dinheiro como o do Rato. Nada disse de se Feijó aceitou a fusão para ele dirigindo-a, OCULTAR tudo o que lhe pudesse prejudicar, porque para que Rato e Caja Madrid se comam a Caixa galega fusionada, haverá tempo, cuidou Feijó. Assim se passaram a Segunda e a Terça-Feira.
A Quarta rebentou com duas explosões; uma de Abel Caballero, o substituto no «papel» de F. Vázquez, ao convocar manifestação em Vigo contra a fusão das Caixas; a outra, a de Gabilondo, Angel exterminador do galego que persegue o castelhano reunindo o Pacto em favor do ensino que garanta o uso do castelhano perseguido: os quarenta mil processos, que diz que se conservam, da Suprema Inquisição a perseguir e torrar hereges, estão escritos no perseguido castelhano para condenar os porcos que além disso falam português. Incluirá o estudo dos Autos de Fé nos curriculuns Angel-dulce-companhia?
A Quinta foi uma explosão nuclear; a de José Blanco, apoiando instalar armazens nucleares (ATC) em Palas de Rei e a do Ministro de Indústria que lhe recrimina à Catalunha receber mais energia da que produz e a Castilha-La Mancha por receber muitos milhões de todos os espanhóis: e a Galiza que recebe? A ESPOLIAÇÃO dos seus recursos graças a ele e outros que [des]governam com ele mesmo desde a Europa, como Almúnia, que ameaça para URGIR a fusão das Caixas galegas. E tudo para silenciar que os galegos queremos galego; daí que a Ministra de Cultura, a galhega Sinde, determine celebrar em Barcelona a prevista para Compostela reunião dos Ministros de Cultura da UE, não vaia ser que aproveitem para se manifestar trezentas mil em favor dos seus direitos civis, políticos, económicos, incluindo o direito ao Desenvolvimento, sociais, culturais, linguísticos; imaginam o que aconteceria se a manifestação do dia 21 o fosse em favor desses nossos direitos?
Eis aí que em Sexta-Feira emerge poderoso A. Rueda acusando de «castigo político a Galicia», radical como a «ultragem, atentado à Galiza» de Jorquera, o governo espanhol recorrer a Lei de Caixas no entanto Rajoy apoia a fusão e Feijó desde Lisboa em perseguido castelhano: «Galiza e Portugal exigirão da Espanha (...) A República Federativa da Galiza e Portugal? Não! A agenda do Trem de Grande Velocidade (...) A metamorfose da canalha galegófoba em campeões defensores dos direitos da Nação que a Galiza é, consuma-se apenas uma semana depois da Espanha «deshilachada».
O Sábado, 30, chegou o Dia da Vitória da Dinastia da Casa de Baltaria que Feijó define: «é uma vitória que nos serve para PRESSUMIR e poder dizer que na Banda Facínora há democracia interna»; PRESSUMIDOS facinorosos! E o sétimo descansou; o que não descansa é Aznar do que nos chega o tam-tam: «nadie hizo tamto danho en tam poco tiempo», «excepto yo!» faltou-lhe acrescentar.
Não queremos falar do aumento da idade de jubilação, da jornada laboral, do desemprego, dos ERE, do preço do combustível, dos preços, da riqueza, da pobreza, etc. Só queremos falar do AUMENTO DO COMBATE do povo galego que embora a dirigência, emperrada em o DIMINUIR, atingirá a dimensão da REVOLTA, da INSURREIÇÃO organizada pela Assembleia Nacional da Galiza para o que podes contribuir assinando o manifesto SOLIDARIEDADE E DEFESA DOS DIREITOS DA GALIZA em
www.peticao.com.pt/direitos-da-galiza.
Em Ferrol, Quarta-Feira, 2 de Fevereiro de 2010
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL GALIZA E PORTUGAL

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