sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O RACISMO CONTRA NÓS QUE NÃO CESSA

O racismo contra as PESSOAS galegas ultrapassa fronteiras e ideologias. Vimos DENUNCIANDO racismo e racistas cada vez que se produz um caso cuja dimensão pode ser mesmo mundial. Numa sociedade onde os média «são mais perigosos do que as bombas e as metralhadoras», segundo o nosso Vladimir Ilich, ou onde «a opinião pública é a opinião publicada» (no contexto do Reino da Espanha, publicada em El Mundo, La Razón, ABC, COPE, etc.) são os média o veículo utilizado pelos RACISTAS para os seus daninhos e contundentes exercícios de RACISMO contra a Galiza cujos objetivos são sempre políticos e económicos, quer dizer, USURPAR a nossa soberania, a vontade popular e ESPOLIAR, roubar as nossas riquezas e recursos naturais. Nestes dois campos é onde melhor se podem DIMENSIONAR as consequências desse AVILTADO, BRUTAL E IMPNUNE RACISMO contra nós.
Nestes últimos e «democráticos» anos tivemos exemplos avondosos na TVG e noutras TVs, em RNE com a Rã Lucas em audiências de milhões, na SER com mais audiência, em El País (o reiterado «Gallegos en la Escalera»), em Gara («está el gallego en la luna» de António Alvarez-Solis no meio de outros); um capítulo de maior intensidade é o racismo INSTITUCIONAL concretado em Rosa Diez e Inhaqui Gabilondo com «gallego en sentido peyorativo» para insultar nem mais nem menos que ao presidente do governo, Sr. Zapatero, por uma parlamentária espanhola sem que nem presidente nem parlamento reagissem em sintonia com a onda de justa INDIGNAÇÃO que se levantou e não só na Galiza; o racismo de nada menos que um presidente da Generalitat em exercício das suas funções, o Sr. Montilha, que pediu desculpas sem se demitir nem que Generalitat e Parlament tivessem uma palavrinha de SOLIEDARIDADE connosco. Agora assistimos a uma campanha POLÍTICO-INSTITUCIONAL, a campanha para eleger parlamentares, governo e presidente do governo do Reino da Espanha, que os média afirmam será Rajoy, «el gallego» Rajoy; ponto primeiro: «Rajoy es gallego», não espanhol como ele se proclama; ponto segundo: «Rajoy como BUEN GALLEGO no se FIA (SER)», o confiado é MAL galego; «como muchos gallegos Rajoy dice una cosa y hace la opuesta», publicado em The Guardian e emitido na SER. Para medir a hipocrisia dos racistas contra nós, substituam na frase de The Guardian o qualificativo de «gallegos» pelo de «negros, ciganos ou mulheres» e verão os grandes e os pequenos da Espanha «se levantarem em armas» contra o racismo, a xenofóbia e o machismo. Esta dimensão INTERNACIONAL do racismo contra nós acrescenta a do «gallego» Manolito, abjeto personagem de Mafalda que dou várias voltas ao mundo ou a do dito «teatro bufo» na Cuba socialista onde se ridiculiza «gallegos» e negros.
Reparem que «el gallego» Rajoy, Feijó, Agostinho Hernández e TODO O PP e não apenas, são FIRMES defensores de uma «nación» com 500 anos de história, a quarta de Europa (melhor AVE A Crunha-Madrid do que A Crunha-Ourense e coisas assim do Agostinho) e FIRMES contrários a uma outra nação, a Galiza, que tem 1.600 anos de história (411-2011) e reconhecimento legal na CE e no Estatuto de Autonomia: a Galiza é uma nacionalidade histórica. Defendem uma «nação» fundada pelos que descaradamente presidem com grandes efígies o Parlamento espanhol: os intitulados Reis Católicos e vejam como Maquiavelo retratou o «pai de todos os espanhóis», Fernando, rei de Aragão, conde de Barcelona e ele próprio catalão: «um príncipe do nosso tempo, que não convém nomear, não fala doutra coisa senão de Paz e de Fé e de uma e outra e mui grande INIMIGO – e uma e outra se as tivesse observado lhe teriam DIMINUÍDO o seu prestígio e os seus Estados» (o nosso dentre eles). Vejam como o referente, o modelo, o melhor de todos os ESPANHÓIS diz uma coisa e faz a oposta, diz PAZ e faz GUERRA, diz FÉ e faz a coisa oposta. O modelo inspirador de Rajoy e de Feijó, como eles, serviu-se do Vaticano e do Papa, da religião como pretexto para começar os 500 anos de história de ROUBAR, INCENDIAR E ASSASSINAR a nome de Deus pelo mundo todo nomeadamente na Galiza.
Fernado o Catalão, apoiado pelo, também catalão, Rodrigo Bórgia, vice-chanceler do Vaticano que toma partido em 1472/3 em favor da aliança castelhano-catalã que DERROTA a aliança galego-portuguesa (Afonso V – Joana a «Beltraneja») impedindo a UNIÃO da Galiza com Portugal, submentendo-a à «DOMA E CASTRAÇÃO», criando o Tribunal da Suprema Inquisição que nos aplicam com todo rigor «aos marranos que falam português». O «tandem» catalão Fernando-Rodrigo desenvolve-se com sucesso e em 11 de Agosto de 1492, seis meses depois da tomada de Granada, Rodrigo é elegido Papa baixo o nome de Alexandre VI que, a instâncias de Fernando, em 3 e 4 de Maio de 1493, assina as TRÊS bulas baseamento do Tratado de Tordesilhas de 7 de Junho de 1494 em que os catalães Rodrigo e Fernando COMPRAM Portugal PAGANDO-LHE a metade do mundo em troca da Galiza. Para esquecer e não reivindicar a UNIÃO com a Galiza, deram-lhe a Portugal a METADE DO MUNDO! Assim se fez Portugal, sem a Galiza, e a ACUMULAÇÃO ORIGINÁRIA DE CAPITAL, o começo do CAPITALISMO, que Marx atribue a Espanha e Portugal e que, em rigor, a nosso ver, haveria que atribuir aos catalães Fernando e Rodrigo e a Portugal. Dois anos depois, o Papa Alexandre VI, o catalão Rodrigo Bórgia, a presidir o Colégio de Cardeais, outorga a Fernando e Isabel o título de Reis Católicos «pelas singulares obras e grandes benefícios do rei Fernando para a dilatação da religião cristã, as suas excelentes virtudes, a conquista de Granada e a sua grande prudência ao expulsar os Judeus» [os marranos que falam português].
O paradigma do espanhol «que diz uma coisa e faz a oposta» que The Guardian atribue a «muchos gallegos» como Rajoy é o paradigma de Feijó que defende o que defendia Rodrigo Bórgia, o Papa catalão: «o desenvolvimento da TIRANIA que aumenta progressivamente a CORRUPÇÃO dos costumes» e «Roma formiga de bandidos e malfeitores». Como hoje Compostela, só que bandidos e malfeitores formigam no governo da Junta capitaneados por Feijó. Tudo o qual em termos de alianças para acumular forças contra a monarquia espanhola nos leva a concluir que «vale mais um galego pobre podre de sete dias do que todos os ricos burgueses catalães no $plendor da primavera»: desculpem o exagero, tem fins pedagógicos.
Com todos estes elementos nós reiteramos o apelo para GREVE GERAL INDEFINIDA NA GALIZA em dia 18 para em dia 20 IMPEDIR A VITÓRIA DA FRAUDE ELEITORAL DO PP e com a GREVE GERAL EM PORTUGAL em dia 24, galegos e portugueses, JUNTOS PARA A DERROCADA dos governos respetivos, exercermos o DEMOCRÁTICO direito à INSURREIÇÃO.

Ferrol, Terça-Feira, 15 de Novembro de 2011

COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL

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